A Importância de Entender Charles Darwin.

Nasci em uma fazenda Serra da Moeda.

No município de Itapagipe Minas Gerais.

Passei por lá parte da minha infância.

Contemplando a beleza do campo.

As florestas e rios.

Saboreando as frutas do pomar.

Uma parte do tempo montado em um cavalo.

Cavalgava por meio das encostas.

O restante do tempo lia.

Todos os livros que conseguia comprar.

Recordo de todos os instantes naquela fazenda.

Posteriormente fui estudar.

E passei por diversos lugares.

Alfabetizei numa escola de fazenda.

Com muita harmonia.

Pescando, jogando futebol.

Sobretudo, contemplava a natureza.

Posteriormente fui estudar.

Em um seminário de padre.

Os padres Lazaristas do caraça.

Estudei em algumas universidades.

Tinha essencialmente uma preocupação.

Motivo de estudar com tanto fascínio.

Queria saber a origem do mundo.

Da espécie sapiens.

Por que o homem teria que ter uma alma.

Qual a razão da existência de deus.

Posteriormente, preocupado.

Com a existência da pobreza e da riqueza.

Portanto, tudo que estudava.

Tinha exatamente tais preocupações.

Não poderia morrer sem saber dessas coisas.

Com efeito, tive que estudar os fundamentos.

Da Biologia, Física, Política, Economia.

História, Teologia, Filosofia e Psicologia.

Entre outras ciências.

Percebi que tinha que estudar tudo.

Que a vida era curta.

E que não poderia desenvolver especialidade.

Em alguma ciência.

Tudo essencialmente interdisciplinar.

Esse foi o meu método de estudo.

Desesperadamente comecei a devorar livros.

Montei a minha própria biblioteca.

Foram anos e anos lendo horas intermináveis.

Imagino que tenho lido uns quatro mil livros.

Tenho mais de dois mil e quinhentos para ler.

As respostas às quais busquei encontrei.

A partir da origem mater do átomo.

Para mim foi magnífico.

Choro emotivamente por saber tais coisas.

Hoje sei que o mundo originou.

Pelo princípio da incausabilidade.

A antimatéria transformou-se em matéria.

Por meio do fenômeno do gelo.

Produzido pela temperatura negativa.

Uma revolução química permanente.

Possibilitou a origem de intermináveis.

Mundos contínuos.

Que vão e voltam.

Exaurem quando acaba a energia de hidrogênio.

Tudo é a eterna continuidade.

A eternidade é o nada.

Repetindo, acabando e reconstituído.

Das cinzas o recomeço.

Sendo que nada tem motivo para existir.

O que mais me impressionou.

Na breve vida que temos.

É que o fundamento de tudo, a inexistência.

Nada é real.

Mecanismo abstrato pelo qual se entende.

Volta-se na origem do vazio.

O que não era antes, não poderá ser depois.

Mesmo sendo.

Ausência de fundamento das coisas.

As substancialidades são inexistentes.

O que era o antes.

Apenas o vazio.

O infinitólogo, vazio, escuro e frio.

Essas quatro realidades em um tempo imemorial.

Pelo fenômeno da temperatura fria.

Desencadeou na produção do gelo.

Que por revoluções químicas intermináveis.

Constituíram na base do fundamento.

De tudo que existe hoje.

Os universos contínuos e o fenômeno da vida.

As demais coisas suas explicações.

São ideologias.

Deus, alma, céu, inferno.

A respeito da pobreza e riqueza.

Um fenômeno tão somente produzido.

Pelo Estado político.

Quando a mim em particular.

A minha essência química molecular.

Voltarei a ser apenas um átomo integrado.

Ao grande universo.

E ficarei circulando na infinitude vazia.

No interminável espaço gravitacional.

Onde ainda reina as leis da antimatéria.

Portanto, serei tão somente a minha inexistência.

Essencialmente a minha ausência.

Perdida em um universo de ficção.

Como se tivesse uma alma solta ao infinito.

As pessoas saberão que tive vida.

Pelo fundamento magnífico desse poema.

Porém, tudo que restará a minha pessoa.

Será a nominalidade literária de um belo poema.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 31/05/2015
Código do texto: T5260981
Classificação de conteúdo: seguro