MENSAGEM AO DENNIS CARVALHO:
Opinião:
Com todo respeito às visões ao contrário, assisti a programação "ofício em cena" e fiquei perplexa com a avaliação que Dennis Carvalho fez, de certa forma algo simplista demais e como se todo telespectador fosse simplório e "careta", sobre a rejeição por parte da sociedade, da violência explícita na tal novela que não assisto, mas que só pelas chamadas ao público no vídeo, já deu pra perceber que do ponto de vista ARTÍSTICO é pobre e apelativa cedendo aos apelos mercantilistas do tudo de hoje, provavelmente.
Eu acredito que foi só por isso que a audiência a rejeitou, embora nós brasileiros, na minha opinião, vivamos uma verdadeira babilônia do ponto de vista social E NÃO PRECISAMOS DE OUTRA FICTÍCIA, NADA "DE MENTIRINHA", mas que não chega nem aos pés da nossa realidade.
Não concordo com o Dennis quando argumenta que quem rejeita a novela é retrógrado.
Então seria progresssita aceitar a violência apelativa como natural quando se procura arte de qualidade, ainda que seja via novelas?
Que infelicidade...
Duas mulheres se degladiando o tempo todo sem nada acrescentar de "up" ao que se chama de arte de mentirinha?
O enredo não sai daquilo...ódio que sequer movimenta o IBOPE.
O povo anestesiou por sofrimento, DENIIS, deve ser essa a causa da rejeição da novela pela violência.
Sinceramente, qualquer folhetim tem que incentivar a crítica e acrescentar algo que agregue à sociedade.
Novelas ditam comportamento sim e dizer que não... é perigosamente inverídico.
E comportamento de violência nos cansou.
Esse folhetim, a meu ver, foi uma das piores aberrações da teledramaturgia brasileira meio em crise, enredo nada inovador, arte medíocre, e eu que amo novelas, faz tempo que não encontro uma que me valha o tempo de parar para assistí-la e me deliciar com a emoção de ponta.
Saudades da GLÓRIA PEREZ que agrega em tudo, mesmo na "mentirinha realística".
Sinto muito pelo elenco de ponta que mingou submetido a isso tudo.
É Dennis, opino que nós, o povão, ficamos algo mais exigente através dos tempos tão sofridos e sabemos que o IBOPE alto significa dinheiro no bolso...e se não tem IBOPE o folhetim tem que se despedir...do que notoriamente não deu certo.
Que fique a lição para quem escreve e para quem se propõe a dirigir o que se escreve..
É preciso responsabilidade social inclusive para se fazer arte popular.