Em uma Visão Marxista: Os Três Modelos de Estados Políticos Constituídos.

Antes de entendermos a teoria do Estado político, é necessário sabermos como é produzida a riqueza. Na sociedade contemporânea existem dois tipos de riquezas: a natural é a artificial, nenhuma riqueza natural por si mesma produz bem estar social.

A árvore é uma riqueza natural, entretanto, o bem estar é resultado quando por meio do trabalho, produz a mesa, do mesmo modo o carro, extraindo da natureza os minérios necessários a sua fabricação.

Portanto, consecutivamente o sapato, a casa, com a fabricação do tijolo e a extração do cimento. Com efeito, sem trabalho não existem riquezas.

Quando entra o Estado em tal lógica, como organização política institucional, objetiviza organizar as relações sociais, para o desenvolvimento da sociedade produtiva.

Com efeito, é o Estado que possibilita à produção das riquezas, por meio da institucionalização do mecanismo da produção, dando legitimidade a concentração da renda, o Estado cria as regras para o acúmulo do capital.

Como efetiva na pratica tal mecanismo, o operário vende a força de trabalho, pois a única coisa que tem para oferecer ao mercado liberal é a sua saúde.

O preço da força de trabalho é vendido inferiormente ao valor real da riqueza materializada na construção dos bens materiais. Fenômeno denominado de mais valia.

Exemplo na fabricação de um determinado carro, cujo valor real de custo, as matérias primas e a força de trabalho, pelo fenômeno do salário não pago, institucionalizado por forças políticas, como ação legal.

O custo da produção resultou apenas 30% em relação aos 100% em referência a sua oferta ao mercado.

A diferença da produção não paga efetiva-se a riqueza do capitalista, motivo pelo qual Rousseau refletiu, que toda forma de propriedade é um roubo. Na mesma lógica de raciocínio entende o marxismo.

Desse modo, em teoria política existem vários modelos de Estados, com suas ideologias próprias, perigosas a um povo despolitizado em relação à compreensão das mesmas.

A principal teoria, o Estado liberal, instrumento político, em mãos da burguesia para realizar todos os meios ilegítimos do pondo de vista da moral, para conduzir o enriquecimento próprio. Os meios de produção em mãos da burguesia.

Tal modelo de Estado, não objetiviza o bem social, muito menos a distribuição da renda, pelo contrário, a concentração. Thomas Piketty, em seu magnífico livro: O Capital do Século XXI formula uma análise esplendorosa.

Mostra que o Capitalismo em sua lógica liberal econômica, nunca esteve preocupado historicamente com aqueles que vendem a mais valia. Pois a natureza do Capital é defender tão somente o dinheiro.

O segundo modelo de Estado, refere-se especificamente ao socialismo de Estado, a propriedade privada pertence ao mesmo.

Portanto, desenvolve-se a política da economia planificada, os burgueses vão para as fábricas produzirem riquezas, como operários. O resultado da produção é dividido igualmente em forma de salário.

Tal modelo de Estado fracassou, pelo fato de não concentrar riquezas, a divisão especificamente igual colocam todas as pessoas no mesmo grau de pobreza, exemplo do Leste Europeu.

O terceiro modelo de Estado, o social liberal, tipicamente dos Estados do norte da Europa e o Japão. Uma junção entre o liberalismo econômico, com o socialismo planificado.

Do ponto de vista da economia, o Estado é liberal, em relação a mais valia, o Estado é Social, perfeita articulação entre o desenvolvimento econômico, com o desenvolvimento humano.

O que é importante, o cidadão comum, aquele que vende a força de trabalho como mercadoria, vive do resultado da mais valia, é necessário entender qual o verdadeiro mecanismo de funcionamento do Estado Político.

A funcionalidade do Estado do ponto de vista de sua institucionalide depende dos partidos políticos, sendo que os referidos funcionam por ideologias visando interesses próprios.

Quando um partido defende o liberalismo, toda ação do partido, visa essencialmente sustentar os interesses do capital e não tem como objetivo modificar a estrutura de classe.

No Brasil em especial todos os partidos constituídos em formas de governos são liberais. A diferença constitui no PT, partido liberal que tem sua base de sustentação eleitoral popular, entre os pobres.

Com efeito, para chegar ao poder usa do Estado, atendendo demandas sociais eleitorais, entendido pelos partidos mais a direita, como demagogia eleitoral.

Portanto, do ponto de vista da mudança do Estado político, não objetiviza ao único modelo que tem dado certo pelo menos parcialmente na Europa, O modelo social democrático.

Em referência a direita brasileira simplesmente é radical, não favorece em nada, o Estado social, a não ser proteger a burguesia e o capital.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/05/2015
Reeditado em 11/05/2015
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