Fundamento das Ciências em Aristóteles.

A teoria do conhecimento em Aristóteles incrivelmente exposta em seus trabalhos metafísicos ao mesmo tempo procurava destruir os conceitos da metafísica de Platão.

Retrabalhou a questão da alma e sua relação com o corpo na construção do sujeito epistemológico, sendo que a alma não era separada do mesmo como considerava seu antecessor e professor Platão.

Referia-se apenas ao aspecto formal do raciocínio ou a lógica da razão. Pode ser conceituada também como princípio essencial que define o substrato de todas as formas de vida.

Portanto, cientificamente, Aristóteles era materialista, ateu. Incrível como seus preceitos serviram para fundamentar a teoria metafísica da Escolástica, elaborada por Tomás de Aquino como base manipulada da construção do pensamento Medieval Feudal na utilização de um Aristóteles inexistente.

Desse modo a alma foi definida como forma, perfeição do corpo. Não há o mesmo sem a alma, ambas as realidades. Para Aristóteles nunca existiu uma alma que se dirigisse posteriormente ao paraíso divino.

Utilizou-se, por outro lado, os conceitos da metafísica com finalidade de distinguir o conhecimento sensível especificamente empírico com a finalidade de objetivar o saber racional como fundamento da experiência.

A mesma necessita da formulação do saber racional na construção do entendimento substancial como indispensável ao campo experimental.

Portanto, primeiro grande filósofo em desenvolver o mecanismo reconciliatório entre a razão e a experiência especificamente no mundo empírico.

Os sentidos são o fundamento do conhecimento e, não os aspectos da metafísica. Sob essa análise Aristóteles foi totalmente contrário à teoria de Platão em referência a reminiscência.

A alma não é uma realidade espiritual que dá continuidade à vida pós-morte. Aristóteles considerava Platão delírico por refletir de tal modo a realidade material, compreendendo como engano, a alma sendo responsável pelas origens das ideias.

Contrariamente, explica o mundo pelo mecanismo da abstração formal racionalizada a partir exatamente do campo empírico. Aristóteles, introdução do método indutivo à sistematicidade do racionalismo como fundamento.

Como realiza o mecanismo do conhecimento segundo seu entendimento epistemológico, as Ciências de modo geral, o intelecto ou a razão instrumentalizada atingem as imagens sensíveis diretamente no campo empírico, particularizando as coisas como objetos fenomenais.

A partir da indução individualizada elaboram-se conceitos universais com caráter paradigmático. Nesse aspecto há uma relação etimológica na determinação dos fatores cognitivos da análise, acepção a priori.

Os primeiros princípios são estabelecidos pela percepção fenomenológica no uso indutivo metodológico objetivando o universal pela revisão dos fatores significativos das particularidades.

Desenvolvida a primeira parte, aplica-se à indutividade o ato formal dedutivo na silogística dialética do método da não contrariedade, racionalizando as conclusões por um mecanismo que conduz inversamente, do universal ao particular. Nesse instante se estabelece o paradigma cognitivo do saber construindo as Ciências.

Magnífico Aristóteles, porém nem sempre explicado. Dessa forma elaborado, cria-se uma metodologia que possibilita chegar ao conhecimento das Ciências consistindo no mundo prático, simples adequação do conceito à coisa real epistemologizados pelo sujeito hermenêutico.

A respeito do papel da Filosofia é fundamental compreender o seu entendimento. Apesar de ser filósofo, no mundo da materialidade, a mesma resulta em segundo plano, sem perder sua importância no uso racional como fundamentação.

Parte do conhecimento sensível na procura das causas universais fenomenológicas, sob esses ângulos no sentido do paradigma usado ao ser verdadeiro ou não, utiliza-se da Filosofia como eixo no fundamento das coisas reais, independentemente das manifestações em particular, a importância da Filosofia: nada se esclarece sem o domínio do seu fundamento.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/05/2015
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