A Formulação da Filosofia de Heráclito como Pensamento.

Reflete Heráclito, a respeito do fundamento da natureza, tudo muda a característica fundamental das coisas, é a mudança, nada é por essência estável.

Tudo flui constantemente, nada é possivelmente permanecer a mesma coisa, a dialética da contradição é a principal lei natural.

Os contrários estão presentes em tudo, são responsáveis pela vida e a morte, nascimento e desenvolvimento, o mundo só é entendível pela força da contradição.

É impossível de certo modo entender algo através daquilo que uma coisa é, pois ao mesmo tempo em que algo está sendo, o movimento da constituição do ser, faz o mesmo depois de ser, deixar de ser.

Com efeito, não existe na natureza o que se entende pela etimologia da permanência. No entanto, Heráclito imagina que o mundo, possui um princípio organizador das contradições, dando a mecanicidade das coisas funcionamento.

Os opostos são disciplinados pelo princípio do logos, em grego é entendido como racionalidade. Com efeito, a função da razão é colocar ordem nas coisas, substancializando os opostos, pela lógica do ordenamento.

Para Heráclito o papel da razão, conjugar as tendências opostas, objetivando a funcionalidade do mundo, estabelecendo ordem no cosmo, possibilitando a mecanicidade de funcionamento.

A outra função do logos, as contradições não pertencem apenas à ordem das coisas naturais, mas, sobretudo, do pensamento construído.

Existem diversidades de formas de pensamentos, uns contraditórios aos outros.

É possível entender a natureza das coisas, por meio das complexidades opostas das razões epistemológicas.

Portanto, o logos tem como função trabalhar as diversidades de memórias, substanciando maior objetivação nas coisas da natureza.

O caminho só é possível pelo entendimento racional. Portanto, é necessário superar pelo processo de síntese no uso da metodologia dialética, as contradições morfológicas não uteis a aplicação do método empírico, ou seja, o uso dos paradigmas ao campo indutivo observacional.

Só desse modo, o homem pode desvendar o conhecimento aparente, fundamentado no mecanismo transformativo das coisas.

A evolução constante do devir, o que deixa de ser constantemente para ser outra coisa.

Portanto, o mundo é a transformação constante, nada é sua essência ao mesmo tempo. Em tal perspectiva como se deve fazer uso da razão, quando as formas não são permanentes como imaginara Parmênides.

O mundo é sua constante e interminável revolução, produzida como forma transformativa dos opostos.

A resposta dada por Heráclito a essa questão formulada por ele, não é naturalmente científica do ponto de vista da modernidade.

O conhecimento fundamental, não se efetiva pela observação exterior, por meio da experiência sensível.

Pois tal prática faz parte de uma técnica, cujo conhecimento, seria apenas aparente, com essa hipótese descarta inconscientemente qualquer possibilidade do conhecido das coisas da natureza.

Coloca como perspectiva, a esfera intuitiva em que a razão individual identifica com o logos geral, provocando conexão entre o espírito e o princípio do ordenamento das ideias certas, purificando suas complexidades opostas.

Levando, com efeito, o entendimento racional, possibilitando dessa forma, a não contradição no entendimento, compreendendo desse modo às coisas são em suas essencialidades mutantes.

Sua compreensão epistemológica só torna possível em um espírito puro, a conexão em definitiva com o logos, o pensamento teria que estar livre do corpo.

Pois o mesmo constitui entreve para o entendimento das coisas, reflexão como fruto da cultura indo europeia de influencia oriental.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/05/2015
Reeditado em 04/05/2015
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