Charles Darwin: A origem contínua de todas as coisas.

Posso dizer que a história do universo.

É a história de cada um de nós.

A minha história, a origem dos átomos.

Possibilitou a origem das células humanas.

No início, ainda quando o infinito era vazio.

Lá estávamos todos espremidos em potencialidade.

Na infinitude da própria origem.

No silêncio na incausabilidade da vida.

O que é magnífico, nada disso ter significado.

Entretanto, o universo, ser cheio de mistérios, incompreensíveis.

A quatorze bilhões de anos miraculosamente.

Milhões de explosões clarearam o infinito.

Naquele momento todos nós éramos apenas.

Energias dispersas prendidas em vulcões celestes.

Eu estava lá solidamente.

Sendo o próprio fogo provocado pelo big bang.

Composições de átomos quânticos.

Na solicitude da imensidão indescritível.

Melancolicamente perdido em pavorosos terremotos.

O meu corpo do mesmo modo o vosso corpo.

Lentamente foram condensados em forma prótons.

A magnitude do encanto dos mundos contínuos.

Como tudo isso nasceu do nada, incrivelmente.

A mesma fonte em que tive a minha origem.

Sei que a eternidade da matéria voltará às cinzas.

Parte, do pedacinho de cada coisa que somos.

Dos vários pontos dispersos no cosmo.

A infinitude dos universos diversos.

De cada micro matéria incompreensivelmente.

De lá saiu cada um de nós.

Do calor a materialidade do hidrogênio dos sóis.

Serviram para fundir os prótons, cada partícula.

Da nossa matéria constituída.

O que somos materialmente, apenas os universos.

Átomos desenvolvidos nas complexidades.

Dos mundos da materialidade cosmofísica.

O que devo dizer.

A realidade Astrofísica das cosmologias intermináveis.

Cada pedacinho do meu ser em particular.

Da formação de todos os seres.

Mortos e vivos resultaram inexoravelmente.

Das composições de átomos de carbono.

Cálcio, oxigênio e hidrogênio.

Elementos indispensáveis à formação da vida.

A galáxia composta de quarks, glúons, fótons elétrons.

Quando tudo isso implodiu fui atirado nessa periferia terrível.

Perdidamente profunda.

Isoladamente distinta, como se fosse outro mundo.

Vinte oito milhões de anos luz da Via Láctea.

Aqui solitariamente, esperando o mundo acabar.

Para tudo renascer de novo e continuamente.

Como pensara Nietzsche.

O eterno retorno indefinidamente de todas as coisas.

O recomeço da matéria e não do espírito.

Nos olhares pirotécnicos da interminável repetição.

Das coisas que eternamente vão e voltam.

Na constituição da nossa materialidade.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/04/2015
Reeditado em 27/04/2015
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