ADOLESCÊNCIA E O PROCESSO DE COGNIÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO SABER.

A palavra "adolescer" vem do latim e significa crescer, atingir a maturidade. É uma fase de amadurecimento e de transformações diversas tanto corpóreas como emocionais e comportamentais, passa por diversas etapas, Adler.

Nas mesmas que se intensifica a personalidade, demonstrando uma nítida preferência pelo silêncio que parece coincidir com a busca de si mesmo, ou seja, uma tentativa de compreender o seu "eu" interior, descobrindo a verdadeira identidade mesmo sem querer, pois, parece que tais processos se tornam inevitáveis numa certa altura da vida.

Tal mecanismo passa por diversas fases, de acordo com a psicologia construtivista, pois adolescência é mesurada com a cognição construtiva do saber.

A formação é contínua em todas as etapas, a criança constrói o conhecimento, o saber elaborado vai se processando aos poucos pelo mecanismo sintético cognitivo Vygotsky.

Do mesmo modo que acontece com o adulto, o saber cumpre naturalmente seus instantes pedagógicos.

Síntese para entender a teoria do construtivismo de Piaget e Vygotsky.

No século passado, apareceram teorias nas áreas da psicologia educacional. Os dois principais autores, Piaget e Vygotsky, o pensamento epistemológico que se denomina de construtivismo.

A psicologia cognitiva propõe que o conhecimento seja construído em ambientes de interação social, e, estruturados epistemologicamente dentro de um propósito sintático em direção à análise do entendimento da elaboração da construção, a ação como sujeito elaborador e ao mesmo tempo construtor. Jussara Hoffman ação da pedagogia da mediação.

Cada aluno elabora seu próprio aprendizado num processo de dentro para fora baseado em experiências de fundo psicológico, negando em parte método o tradicional empírico.

Do mesmo modo logicamente, não aceita o que se denomina de processo de síntese, a priori, como movimento metafísico, a velha escolástica aristotélica, a proibição da negação da realidade enquanto tal, o que não é possível a um sujeito construtivo epistemológico, Vygotsky.

Os autores desta perspectiva procuram defender o comportamento humano numa lógica em que sujeito e objeto, dialetiza-se em uma dinâmica como fruto da construção e reconstrução de estruturas cognitivas, o que acontece no mundo mental da criança. As denominadas estruturas de memórias.

Nessa etimologia, o sujeito é aquele que aprende a construir o saber, não apenas ser o receptor como metodologia reprodutiva, fundamento da pedagogia clássica liberal, Anízio Teixeira.

Nesse aspecto cabe o papel fundamental da criança como sujeito.

A negação da criança como mero receptor a uma ação que vem dentro da razoabilidade como produção externa.

O professor como transmissor de um saber pronto, sem ação ao tempo histórico, do sujeito construtor da aprendizagem, sobretudo da autonomia construtiva, Paulo Freire.

Piaget de certa forma priorizou mudanças necessárias à epistemologia de Kant, isso em referência a acepção do conhecimento.

”Pelo fato que no seu entendimento não existe concepção a lógica da categoria do entendimento “a priori”“. Como de certa maneira, eram aplicadas em algumas pedagogias sintéticas conservadoras.

A ideia de tempo, espaço e a definição da lógica ao raciocínio construído pelo aluno através da ação em modificação, dialética com o ambiente substancial das diretrizes do movimento.

Vygotsky enfatiza o papel determinante cultural na formação das estruturas comportamentais, as lógicas memórias da linguagem, como pensou o grande estruturalista Frances Levi Strauss.

Existem determinantes na cultura, como comportamento padronizado, na definição do sujeito em ação, desenvolvendo também a reciprocidade do objeto, Kant.

O construtivismo defende a ideia, que o aluno como sujeito fabrica o seu conhecimento, em referência aos fatores necessários a cognição, tantos aos aspectos sociais do comportamento, como dos atos do saber e da defesa da ação do entendimento como movimento político pedagógico, Vygotsky.

Com efeito, o aluno não é um mero produto da cultura antropológica, muito menos apenas o resultado de suas disposições psicológicas internas, em proposição, para uma pedagogia construtora do próprio movimento em defesa da ação libertaria, Paulo Freire.

O que acontece a cada dia, formula-se como determinação, a pontuação da interação entre determinantes. O aluno como sujeito e as interações do meio, a questão sócio econômica, e, outras mediações da ação psicológica cognitiva, Hoffman.

Como resultado da lógica construtivista, o conhecimento não poderá ser uma cópia fidedigna da realidade, mas, antes de tudo o esforço a uma construção do ser humano.

Não deveria a princípio contrapor as anuências sintéticas, já elaboradas, nos aspectos determinantes do aluno como sujeito da ação.

Vygotsky entende o sujeito como um ser eminentemente político e consequentemente social, na formulação da dialética marxista, o conhecimento é tão somente produto social, Karl Marx.

Motivo pelo qual sustenta que todos os processos são psicológicos e naturalmente cognitivos epistêmicos.

Defende que os mecanismos de conhecimentos construídos, linguagem, raciocínio, etc, são formulados no contexto da cultura antropológica, mimeticamente, posteriormente se internalizam em processo dialético constante.

Mais tarde transforma-se em sínteses com composto substancial na construção de novos conhecimentos, a elaboração não se desenvolve de um ponto zero na formulação do saber.

Piaget como construtivista desenvolveu uma acepção chamada de Epistemologia Genética, ou fundamento da Psicogenética, a qual na sua base sistemática, ele defende que a pessoa desde o seu nascimento, constrói o conhecimento, negando, portanto, em parte os chamados processos globais de sínteses, o que acontece posteriormente de modo empírico.

Tal preceito é aceito na sua essência como concepção construtivista da formação da inteligência construtiva.

A pessoa como sujeito tem certa relatividade no desenvolvimento do conhecimento, como formulação do saber.

Piaget enxerga o professor, na dialética da construção como um espectador que ajuda construir o saber, a serviço do desenvolvimento do mecanismo da ação do aluno, como sujeito e dono do entendimento.

Nesse sentido a pedagogia da construção não é um método que ensina, mas ajuda na fabricação do saber, Jussara Hoffman.

Conhecer é fazer se apenas a uma dinâmica da liberdade em busca relativamente do novo, ou seja, do saber construído ou reconstruído, avaliação preestabelece tais antecipações, Cipriano Luckesi.

Mas também o professor poderá ser um favorecedor dos processos de descobrimentos autônomos de conceitos, como um agente natural e que pode intervir essencialmente na assimilação do conhecimento elaborado, Paulo Freire.

Nesse sentido o conhecimento não é só construção, até porque à ação cultural é contínua e reprodutiva, não apenas nas Ciências como também nas ideologias.

A cultura é uma ação dialética, no fornecimento do conhecimento construído que se realiza pela vontade livre da fabricação do saber, e, no que foi formulado pelas sínteses anteriores, Edjar Vasconcelos.

O conceito da pedagogia e suas ações libertárias, o saber nesse aspecto tem uma pedagogia de movimento duplo na construção e do aluno como sujeito.

A epistemologia de Piaget procura dar em nossos dias uma etimologia completa para o desenvolvimento cognitivo do aluno, na ação da elaboração para a pedagogia da construção do saber.

Movimento do aluno como sujeito dono da formulação epistemológica, esse é o dado científico, que podemos assim dizer utópico da sua psicogenética, Piaget.

Em direção ao entendimento, tanto pela quantidade de fundamentos que determinam o desenvolvimento do saber cognitivo que vai do nascimento até a idade necessariamente adulta. Por outras palavras, a vida toda, não apenas uma questão cognitiva infantil.

Para Piaget influenciado pela filosofia de John Locke, percebeu naturalmente que o comportamento cultural dos homens não é inato, nem resultado do puro condicionamento.

Para a criança desenvolver o saber pedagogicamente, construído na dialética permanente resultado da interação entre o meio e o indivíduo.

A sua epistemológica episteme saber, logia estudo do conhecimento determinado por ótica substancial da elaboração.

O saber da criança como relação a momentos novos, com efeito, está relacionado com a diversidade da interação da pessoa com o meio, Michael Foucault, o homem como produto social.

Em análise, quanto mais for diverso essa complexidade, maior será a interação, não será tanto mais inteligente como pessoa, mas também, como sujeito e dono da construção, Hoffman.

Caminho respaldado pela liberdade. Saber é de certo modo libertar das ações opressoras da construção, o sujeito como agente, Paulo Freire.

Epistemologia genética e a relação com o meio, é o estudo de como elabora-se um conhecimento para o outro, como dialética superior.

O acúmulo dos processos de sínteses, ajuda na definição da ação do indivíduo, como ação responsabilizadora,

Interação: fundamento da ação psicológica que desenvolve a elaboração do comportamento, uma construção resultante do envolvimento do organismo com o meio em que está localizado. Vygotsky.

Esta ação valoriza tanto o organismo como o meio, caminho metodológico pelo qual deve seguir toda ação da construção.

A lógica do conhecimento construído, o que deve ser considerado. O fundamento da construção determina-se em síntese pelo entendimento como força de representação da realidade, em lógicas organizadas dos fundamentos que se relacionam entre si. Edjar de Vasconcelos.

Numa perfeita ação de construção permanente, cujo conteúdo de sustentação determina-se pelo próprio método, na sua jurisdição permanente, a liberdade da ação designa a prospecção do ato da natureza sintética do homem como sujeito.

O aluno cada vez mais se desenvolve seu ato libertário da criação, como voar a uma direção infinita atendendo as diferentes modulações, possibilitando uma substância de permanência no tempo, Edjar Vasconcelos.

Por outro lado, com veemência, conservam-se os mecanismos de memória, os quais servem ao próprio fundamento necessário ao desenvolvimento da ação construtora.

Mas ao mesmo tempo estão submetidos a processos de mudança que modificam os sistemas construídos a cada momento que vai modificar os sujeitos já determinados em novas essências mediadoras. Portanto, significa que o sujeito construído é sistemático, e, produto também do tempo histórico, Foucault.

Proposições do ato ao motor mental, teoria pedagógica elaborada pelo pedagogo Wallon.

Do motor ao ato mental teoria formulada por Wallon, apresentado pela pedagoga Heloysa Dantas.

O autor em referência compreende o ser humano, como uma estrutura orgânica, influenciado socialmente pelo mundo cultural natural, desse modo deve ser entendida a crianças em suas distintas fases, o ser como produto do próprio cérebro, Antônio Damásio, O Homem é o seu cérebro.

Sendo assim qualquer método pedagógico, o desenvolvimento cognitivo a metodologia de trabalho, o organismo é visto como pulsação permanente.

Avanços e recuos técnicos de linguagem, em alternância aos opostos. Mecanismo sintético da cognição dialética ao ato da memória define-se a lógica de cognição.

Wallon faz uso da epistemologia, para explicar a força do movimento que vai dos reflexos a procedimentos involuntários, aos atos voluntários da práxis. Procedimento possível graça a força do meio ambiente.

O mecanismo cognitivo desencadeia-se por meio do amadurecimento do cérebro. Portanto, significando em um primeiro momento, os impulsos coordenados, etapa predominantemente praxiológica.

Com efeito, desencadeiam os movimentos simbólicos ideias. Em consideração as fases fundamentais, uma criança de dois anos ainda tem o fluxo mental atrofiado.

Quanto ao desenvolvimento da lógica cognitiva do motor impregnado na memória, o gesto pela passagem da ideia, formulação do mundo de interação.

Reconhece as fases do desenvolvimento da inteligência e a construção do eu. O primeiro momento, a preponderância intelectiva, marcada pelo mundo da afetividade. Posteriormente, para o mundo da cognição sintética.

Alternância das funções de memória, até a criança voltar ao mundo real, à prática das coisas fenomenais em si, as significações processuais elaboradas. As fases consecutivas dos impulsos emocionais.

De zero a um ano, a criança prende-se a construção de sua particularidade, a compreensão do seu eu. Os movimentos impulsivos, sua relação com ambiente e a natureza, os fatores sociais e mundos imbricados. Portanto, desenvolvendo as relações afetivas maternais.

Dependendo do estágio, a criança desenvolve com a mãe, dialogo Tonico, no estabelecimento de toques, voz e contatos visuais.

A fase consecutiva, do sensório motor, ate aos três anos, substancia-se no conhecimento do mundo imediato, o que se denomina de realidade externa.

Início da processualidade da linguagem, ao mesmo tempo o desenvolvimento construtivo do saber relativo ao meio.

Etapa da formulação dos elementos simbólicos. Consequentemente até aos seis anos, a criança volta para si com a finalidade de definir a si mesma, como sapiens distinto.

Inicia-se ao aperfeiçoamento da linguagem, pensamento discursivo, próprio a mimetização dos signos.

Dos seis anos até aos 11, o desenvolvimento do processo cognitivo, associado ao mundo escolar.

Portanto, formula-se com maior objetividade a abstração, entendendo com melhor afinco, as diferenças de significações.

O instante da puberdade define-se pela adolescência, a partir exatamente dos 12 anos, caracteriza pela autoafirmação, ambivalências de atitudes e sentimentos.

A construção da pessoa humana, tarefa peremptória de manter-se diferente, as realidades praxiológica, a interação ao mundo lógico dos adultos.

Elaboração formulada pelo grande pedagogo Wollon, apresentada pela professora Heloysa Dantas.

Vygotsky e o processo de formação de conceitos. Entende Vygotsky epistemologicamente, como se realiza o processo pedagógico, perspectiva social. A cultura faz parte da natureza do homem e do processo histórico, molda o funcionamento psicológico humano. A cultura se desenvolve ao longo da evolução do homem. A Teoria da Evolução de Charles Darwin.

O que é determinado pelo termo técnico, Filogenético o desenvolvimento da espécie. Por outro lado, ontogenética, ou seja, o desenvolvimento do sujeito, o que se refere especificamente ao mundo da cultura.

Desse modo o ser humano é membro de uma espécie biológica, que desenvolve no interior de um grupo de natureza cultural.

Com efeito, o homem é o resultado de uma dupla natureza: biológico e social. A dupla natureza do ser humano, segundo Vygotsky revela se pela constituição do cérebro, que foi entendido posteriormente pela neurociência, Antonio Damásio, as estruturas de memória do cérebro.

O cérebro tem uma dupla estrutura herdada geneticamente que é comum a espécie. Mas o que é genético molda se com a realidade. As experiências socioculturais dos sujeitos.

Motivo pelo qual considera a estrutura o cérebro está disposto à construção e aprendizagem. O desenvolvimento psicogenético depende do contexto sociocultural, Vygotsky.

O desenvolvimento da construção do saber depende dos instrumentos e dos sistemas simbólicos. A relação do homem com os objetos, mediada pelos sistemas simbólicos.

O aspecto psicológico humano possibilita antecipar, planejar e criar novas situações culturais.

Marta Kohl afirma que Vygotsky opera com sistemas simbólicos permitindo ao desenvolvimento da abstração, generalizando possibilita salto qualitativo, na construção do saber. O universo cultural favorece as funções Mentais.

Para o desenvolvimento da construção do saber.

Com efeito, as representações da realidade baseiam no uso dos sistemas simbólicos, ou seja, a própria realidade, construída de fora para dentro.

Num processo de internalização constante, apreensão do sujeito por meio da socialização das produções históricas culturais, resultadas do conjunto da humanidade.

Nesse mecanismo descrito, é fundamental o papel da linguagem, que proporciona a relação, entre sujeito e objeto.

A linguagem como função tipicamente Humana, apresenta dois pontos básicos: a interação social comunicação entre pessoas.

O outro aspecto generalizador, compartilhado entre usurários ao longo do processo, o desenvolvimento da formação dos conceitos, respeitando as fases constitutivas da criança.

Especificamente, os conjuntos sintéticos na formação do pensamento complexo, fundamentado em situações concretas.

A formação dos conceitos elaborados com ligações lógicas. Esse mecanismo não é linear, sofre influências do contexto histórico cultural do sujeito.

Vygotsky destaca dois tipos de conceitos: os cotidianos e os científicos. Os cotidianos são espontâneos, desenvolvido nas atividades práticas das crianças, em suas interações imediatas. Parte das experiências para o mecanismo cognitivo. Portanto, ascendente, em defesa do processo da abstração.

Os científicos são diferentes, pois são transmitidos em situações formais, pelo o mecanismo ensino construção e aprendizagem. Inicia-se com proposições verbais, expandido com leituras.

Sua definição é diferente, pois é descendente, parte de uma definição geral, Para a compreensão.

Para finalizar Marta Kohl Oliveira, apresentam duas considerações a respeito da teoria de Vygotsky, diferentes culturas produzem modos específicos, para o funcionamento do cérebro, com efeito, a instrução escolar é indispensável.

“Nesse sentido que para sociedades letradas, a criança não é tão criança, mas também não é adulto”. Essa transição física faz com que o adolescente desperte para alguns interesses, porém, na maioria das vezes ficam perdidos, e curiosos para saber o que está acontecendo, querem perguntar, não sabem como e a quem perguntar e ao mesmo tempo sentem vergonha de dizer que não sabem.

Quando se fala em adolescentes já se tem em mente "problemas", pois como são vistos em nossa sociedade, uma das etapas de grande importância e decisiva na vida do ser humano ao que se refere à sua sexualidade e a outros fatores que aí se juntam.

Desse modo é possível notar o quanto os adolescentes estão sempre buscando algo para mostrar que já não são mais crianças. O processo pedagógico construtivo tem que levar esses aspectos em consideração.

São cheios de sonhos e ideais, buscando a liberdade, o amor eterno na primeira paixão, a realização profissional, completar dezoito anos e dizer o que pensa e muitas vezes descumprir regras e leis, tudo para chamar a atenção tentando mostrar aos que estão ao seu redor o quanto sua própria opinião importa.

Segundo Rappaport (2005, p.16), “As tarefas da adolescência se referem então a todos os processos que permitirão as várias opções necessárias para se chegar à maturidade’’”.

Assim é possível visualizar o quanto a adolescência é o momento da "crise", como dizem, onde tudo está acontecendo ao mesmo tempo, incertezas, dúvidas que vão e vem, gerando total confusão no "jovem adulto", interferindo no mecanismo cognitivo na construção do saber.

Amam e odeiam com a mesma intensidade manifestando assim o seu jeito de ver o mundo e o modo de enxergar a si mesmo, suas responsabilidades e compromissos com outros, buscam a liberdade, porém, tem medo da autonomia, como mecanismo de construção do sujeito.

Por outro lado, tem a clara percepção do aumento de sua sensibilidade sendo que às vezes não se sentem com a mínima condição de controlar seus sentimentos.

Sentem-se únicos, com a certeza de que com eles nada de ruim poderá acontecer e é nesse universo onde tudo acontece ficam mais ousados e criativos,

Para eles não existe nem o certo e nem o errado, só acreditam na tão sonhada liberdade e é isso que importa, busca a construção como saber da autonomia como muito bem refletiu Vygotsky. Entretanto, dependo das circunstâncias históricas culturais, são dependentes do mundo adulto, tudo é muito relativo.

Por se tratar de um momento tão esperado e ao mesmo tempo assustador é que muitos pais também ficam confusos com toda essa modificação, sem entender a importância do meio ambiente na formação da construção do pensamento elaborado.

O adolescente é instável. Seu humor varia muito. Ele rejeita os pais e quer independência um momento, chegando a agredi-los; em outro, solicita proteção, aconchego. O direito a liberdade, como forma de manifestação do saber.

Quer guardar privacidade em relação às atividades sexuais, mas também faz questão de que os pais conheçam e aprovem seus comportamentos, (RAPPAPORT, 2005, p.15).

Em meio a toda essa confusão de pais à espera do que virá e filhos sem saber o que irá acontecer, temos a puberdade, que ocorre justamente nesse período, muitos confundem com adolescência, mas não é.

Puberdade é a mudança rápida, fisiológicas e psicológicas que acontece com o indivíduo. Crescimento físico, mudanças no corpo, rosto, pele, cabelo, aparecimento de pelos pubianos e nas axilas.

É normal sentir o corpo diferente. Tudo isso mexendo com o psicológico, aguçando as vontades e desejos que levarão o despertar da sexualidade, o mundo Psicogenético elaborado pela Filogenética construtivista tem que considerar tais padrões genéticos. Vygotsky.

Esse ciclo se completa quando o ser torna-se maduro suficiente para gerar filhos. O modo como acontece é diferente para meninos e meninas.

Nos meninos entre 12 e 14 anos com voz grossa e ejaculação é o marco e nas meninas entre 10 e 12 anos com a primeira menstruação, chamada menarca, variando de pessoa para pessoa, sendo que toda essa mecanicidade interfere no mecanismo do processo de elaboração do aluno como sujeito da construção do saber, Vygotsky.

Alguns querem saber "tudo" mesmo antes de estar acontecendo, querem saber como é, o que vão sentir, e quando tudo isso irá acontecer, não disfarçando a ansiedade, outros parecerão menos interessados, ou talvez menos curiosos enquanto isso a adolescência já se processando, sendo que a transição está acontecendo, não pára, “é uma verdadeira metamorfose", a infância ficando pra trás dando origem a outra etapa que se manterá até tornarem-se adultos.

Quando as modificações da puberdade se iniciam, surgem muitas sensações e muitos desconhecimentos a respeito de si próprios, as fases da maturação do saber epistemológico.

As ideias desenvolvidas na infância terão que se modificar, pois agora o indivíduo passa a ter um corpo com tamanho e funções adultas (RAPPAPORT, 2005, p.47).

Mas ainda é só o começo, ele precisa ganhar autonomia e sente-se incompreendido por todos. Deparam com várias opções, mas, não sabendo que caminho seguir devido a cobranças dos resultados de suas ações, que por vezes muito infantil, e outras nem tanto, pois nem tudo lhe é permitido, por isso são muito questionadores e críticos em relação a seus superiores, colocando-os em segundo plano, mas firmando laços nos grupos sociais dos quais estão inseridos, são exatamente tais laços que favorecem no processo técnico da construção do saber cognitivo, Vygotsky.

Porém a família será de grande importância na formação de sua personalidade para que não se perca se isolando, ou até mesmo tentando se fazer aparecer usando drogas, consumindo álcool ou coisas que podem ser prejudiciais a cognição, tudo por se sentirem adultos e acharem que ser adulto é isso.

Quando começa e quando termina, de um modo geral vai depender do que se estará vivendo naquele momento no meio sociocultural. Pereira (2005) diz que não existe um momento preciso para se tornar adulto, do mesmo modo que processo pedagógico do saber construído é contínuo, o mecanismo tornar sujeito autônomo.

É difícil demarcar com precisão a mudança para a idade adulta. Para alguns, o jovem se torna adulto quando se torna independente da família e estabelece compromissos com uma ocupação e um estilo de vida próprio.

No entanto, o momento em que essa transição ocorre pode variar, dependendo da duração do período de estudos do jovem, dos padrões culturais e circunstâncias históricas, políticas e sociais ao seu redor (PEREIRA, 2005, p.138).

Essas mudanças causam expectativas aumentando a ansiedade, querem liberdade para fazer tudo do seu jeito e na sua "hora", o seu "tempo" é de acordo com seus interesses e necessidades, o comportamento e o humor variam com facilidade ou quando as coisas não acontecem como gostariam.

As amizades são importantes, pois sentem seguros com pessoas que os compreendem e que tenham interesses comuns, no modo de pensar, vestir, gosto musical, o falar e agir, trocando confidencias em relação às paqueras e sexos, motivo pelo qual estão sempre em grupos, traçando metas, assumindo compromissos, compartilham descobertas e novas experiências, adquirindo aos poucos autonomia e capacidade de fazer suas escolhas, buscando diversas maneiras conquistar seu espaço, tenta mostra-se independentes agindo desse modo, construído suas maturações cognitivas do saber.

Segundo Alberti (2010) os pais na maioria das vezes se surpreendem com as mudanças repentinas de seus filhos para os pais, por sua vez, é difícil, sustentar a adolescência de seus filhos.

Por terem vivido direcionados pelos pais durante a maior parte de toda sua existência até aqui, os adolescentes conhecem não somente os pontos fortes, mas também os pontos fracos do pai e da mãe, no momento que começam a desempenhar via de separação que justamente se armam desse conhecimento para afastarem os pais, criticá-los e atingi-los no âmago, com o único fim de enfraquecê-los. (ALBERTI, 2010,p.11).

Porém os pais precisam entender que continuarão sendo pais, cuidando, colocando limites, até com uma "bronca", mas também se mostrando aberto para diálogo, respeitando-os em suas opiniões, estar sempre presente.

Portanto, sem invadir a privacidade do adolescente, todos esses aspectos referidos, o mecanismo de cognição construtivo tem que levar em consideração, objetivando o bom desenvolvimento de cognição, Vygotsky.

Entender que, o que se criou em sonhos para o filho, nem sempre irá acontecer, pois as pessoas são diferentes, tem gostos, ideais, pensamentos e vontades próprias e é preciso ter paciência para lidar com essas particularidades na fase de metamorfose. Nasio (2010) diz que essa adaptação é difícil para os pais, e ruim para os filhos, muito difícil o para mecanismo da construção do saber.

Decerto o adolescente é um ser que sofre, exaspera a família e sente-se sufocado por ela, mas é principalmente aquele que assiste à eclosão do próprio pensamento e ao nascimento de nova força; uma força viva sem a qual nenhuma obra duradoura seria realizada na idade adulta. ( NASIO.2010,P.16 ).

Ter alguém nesse momento para atendê-lo, indo de encontro a essa "força" abstrata fará toda a diferença, nessa tarefa é fundamental o papel pedagógico educacional.

O adolescente precisa seguir com segurança, chegando à fase adulta confiante, se amando, se conhecendo, valorizando suas qualidades e percebendo seus defeitos, cuidando para que tenha valor no meio em que vive motivo pelo qual é importante a construção do saber autônomo.

É difícil, mas é relevante que pais, mestres e os demais auxiliares da formação, tenham compreensão, respeito, companheirismo e muito diálogo com os adolescentes, que se destacam tanto em nossa sociedade.

O poder do diálogo, o saber ouvir e escutar, para que eles sintam-se seguros, fará total diferença.

É necessário todas essas ponderações, analisadas, necessárias ao conhecimento da criança a adolescência, até mesmo a vida adulta, para que possa ser aplicada uma determinada pedagogia, como método para o desenvolvimento cognitivo no caso especifico o construtivismo de Vygotsky.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/04/2015
Reeditado em 18/04/2015
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