O Alienista: Machado de Assis. Matéria de Vestibular.

Crítica social e política dos padrões de comportamento da época, o médico Simão Bacamarte. Quando retorna da Europa para sua terra natal, Itaguaí, disposto a dedicar sua profissão de médico.

Casa-se com dona Evarista, viúva mulher escolhida com a finalidade de lhe proporcionar bons filhos, perspectiva não atendida.

Em um determinado momento, Dr. Bacamarte decidiu dedicar seus estudos a psiquiatria, construindo um manicômio conhecido como Casa Verde. Tinha como objetivo colocar todos os loucos da cidade.

No início os internos eram de fato loucos, portanto atitude aceitável pela cidade. Após certo tempo, o médico passou entender a loucura desenvolvendo uma análise complexa, compreendendo boa parte da cidade.

Internando pessoas que segundo os padrões sociais da época completamente normais. O primeiro deles o senhor Costa, que perdeu seu dinheiro emprestado para outros e não recebendo. Posteriormente diversificaram as internações.

Dona Evarista, sentido muita solidão como se tivesse sido abandonada pelo marido, faz uma viagem à cidade do rio de janeiro, estava deprimida, motivo de ganhar do marido a referida viagem, imaginando que pudesse melhorar seu estado psicológico.

Todos na cidade viam no retorno de dona Evarista, a saída para as internações feitas pelo alienista. No entanto, após seu retorno, o comportamento do médico não alterou.

A cidade tensa Porfírio barbeiro, oportunista politicamente, resolveu fazer um protesto, para canalizar a insatisfação popular em benefício próprio.

O médico percebe seu plano, recusa receber salário pelo tratamento dos internos.

Com efeito, a cidade compreende que a motivação do médico era para o bem, ação de Porfírio, enfraquece. Entretanto, o barbeiro alcunhado de Canjica, articula a Revolta de Canjica.

Os revoltosos vão até a casa do médico Bacamarte, entretanto, o mesmo espertamente resolve racionalmente esvaziar o movimento, tratando todos com a mais fina educação.

A revolta do povo é controlada, no entanto, o médico percebe que foi apenas uma estratégia de manipulação política, objetivando a disputa do poder local.

A polícia da cidade tenta controlar os revoltosos, porém, em um dado momento, a mesma torna-se aliada do povo.

Porfírio sente-se todo poderoso, procura destituir a Câmara dos vereadores, nesse momento com totais poderes, convida o médico para uma reunião, surpreendentemente passa para o lado de Bacamarte as internações continuam.

Logo em seguida, os apoiadores da Revolução de Canjica são internados, o povo percebe que Porfírio era um oportunista político.

Outro barbeiro, cujo nome João Pina, tenciona outra revolução, Porfírio é deposto do poder. A farsa se repete a Casa Verde, o centro das internações continua e fortalecida.

A mulher do médico é internada após passar mal, uma noite toda sem dormir, não tinha conseguido escolher qual a roupa que iria usá-la para uma festa.

Após 75% da cidade internada na Casa Verde. O Alienista descobre que sua teoria estava errada, liberta todo mundo e resolveu reconstruir a mesma.

Percebeu que maioria tinha desvio de personalidade, não existia um padrão cultural, então os loucos eram aqueles que mantinham tais padrões, crítica velada às diversidades culturais.

As regularidades do caráter não eram normais, para uma sociedade múltipla e diversa.

Fundamentado na nova teoria, o médico começa internar outras pessoas, sendo o primeiro deles o vereador Galvão, ele tinha proposto uma lei impedindo a internação dos vereadores.

Então quando as pessoas apresentavam desvio de caráter estavam curadas.

Após algum tempo o médico Simão Bacamarte, descobre que novamente sua teoria estava errada.

Portanto, libera todos os internados da Casa Verde.

Como ninguém tinha personalidade perfeita, exceto ele, resolveu se trancar solitariamente na Casa Verde para o resto da vida.

Analise literária da obra.

Inaugura-se na literatura a fase realista de Machado de Assis, suas complexas características, tais como: análise da vida moral do povo brasileiro, o oportunismo político, manipulação dos fatos sociais em benefícios próprios.

A crítica social do comportamento brasileiro, a dubiedade do caráter como normalidade da cultura do povo, a falta de moral e ética.

Crítica da Obra.

Muitos críticos literários classificam como novela, maior preocupação com enredo e superficialidade na natureza psicológica das personagens. Entretanto, O Alienista é classificado como conto.

Preocupado em explorar o comportamento humano além das aparências, ironizando o defeito de caráter do povo brasileiro. No entanto, colocam em questão, os limites entre a normalidade e a não normalidade.

Explora a figura dos personagens, dona Evarista, ama e admira o marido, no entanto, não segue suas recomendações médicas, sente ciúmes de suas pesquisas.

A figura de Crispim Soares, botânico da cidade, admira o médico, por interesses particulares, objetivando conseguir viagens.

O barbeiro Porfírio, a figura do político oportunista que manipula o povo, com objetivo de conseguir o poder político, o que é típico da história política do Brasil.

As personagens do conto.

Dr. Simão Bacamarte, principal personagem da história, homem dedicado a Ciência.

Dona Evarista: mulher escolhida pelo médico com o propósito de lhe dar bons filhos.

Crispim Soares: boticário da cidade aproxima de Bacamarte com objetivo de obter vantagens.

Padre Lopes: Homem bom de muitas virtudes, o vigário da cidade.

O barbeiro Porfírio: representa o oportunista político manipulador do povo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/03/2015
Reeditado em 09/03/2015
Código do texto: T5159927
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