Apologia da História.

Marc Bloch.

Exuberante escritor francês ajudou a fundar a Escola dos Annales e da Nova História. Filósofo e historiador, crítico literário. Infelizmente foi morto pelos nazistas em 1944.

Por esse motivo, seu trabalho ficou incompleto, publicada em 1949. Foi responsável pela nova perspectiva do estudo no desenvolvimento de uma concepção crítica da historiografia. Sendo, portanto, o papel do historiador indispensável.

No seu magnífico livro expõe os elementos metodológicos, a questão da epistemologia como fundamento filosófico da disciplina História.

Procurou encontrar na mesma o objeto científico da construção do pensamento da análise.

Fortalece acepção dialética crítica. Formulou na História o papel do historiador.

No primeiro capítulo de sua obra, Bloch procura construir a ideia em que o objeto principal da História não é o estudo do passado.

Entretanto, sobretudo, o ser humano deve ser compreendido.

Desenvolveu a magnífica discussão a respeito da História como Ciência, a ideia que a História é a Ciência dos homens.

O entendimento dos mesmos no tempo, na continuidade relativa dos fatos.

O historiador não apenas pensa o ser humano, mas também a História como fundamento. Com efeito, não só como objeto, entretanto, como método, sendo a observação empírica, critério indispensável para entendimento do homem, sobretudo, suas relações econômicas.

A grande preocupação do autor, mostrar o homem como sujeito do processo histórico.

A História não era voltada para compreensão dos fatos ou relatos. Sua preocupação fundamental foi compreender por meio de uma metodologia marxista.

Portanto, as relações sociais, que acontecem através dos fatos, desenvolvendo análises dentro do contexto histórico.

Bloch desenvolve a seguinte racionalidade, a respeito da observação histórica defendendo a proposição, o estudo recente, tem maiores possibilidades para compreender os fatos fenomenológicos.

Não tanto através da valorização das falas testemunhais, dado a infinidade dos pronunciamentos.

No desenvolvimento da pesquisa histórica o pesquisador precisa entender que há dois modelos fundamentais de documentos analisados.

Primeiro lugar, os que são fabricados, segundo, quando aparece naturalmente no anonimato na reprodução de tais análises.

O que é fundamental para Bloch, o historiador deve fazer uso, apenas de documentos escritos. Entretanto, pode também trabalhar documentos não escritos em outras Ciências, especificamente na arqueologia.

O que há de novo em sua metodologia, é que o passado é contínuo, e, que de certo modo está progredindo constantemente, mudando o modo de análise e a forma do entendimento.

Portanto, a História podendo ser reescrita de forma diferente, em consonância com o entendimento do historiador. Dessa forma, a norma interpretativa corresponde com a visão do autor.

O entendimento depende sempre do corpo ideológico do leitor, estrutura mental das memórias.

A postura epistemológica de qualquer historiador deve ser de dúvida, sendo fundamental perceber as contradições, os interesses ideológicos de classes. A História real esconde a própria relevância da verdade a respeito dos fatos produzidos.

Ao longo do tempo histórico, os historiadores escreviam a História conveniente aos fatos seus interesses particulares produzindo a incerteza e os mecanismos de falsificar a realidade entendida.

O tempo histórico indiferente aos acontecimentos, os fatos eram fieis aos fundamentos da História, suas ideologizações.

A classe dominante detentora da verdade. Com efeito, até então não tinha sido elaborado o espírito crítico, entendimento da realidade pela materialidade e suas contradições.

Havia dois grandes problemas: a imparcialidade histórica e a reprodução. O cientista buscava provar tudo em consideração a sua ideologia.

Desse modo os historiadores procurava condenar os bandidos e vangloriar os heróis, ou seja, os detentores do poder econômico.

Portanto é fundamental a análise crítica das ações humanas, as motivações, interesses particulares, sendo necessário, portanto, desenvolver a leitura considerando o tempo histórico.

Dessa forma, em acordo com o pensamento do tempo e suas contradições produzidas, no uso da dialética e do materialismo histórico.

O historiador precisa escolher o período histórico, compreender suas diversidades ideológicas, selecionar o estudo crítico para análise.

Não sendo fundamental o entendimento do passado, uma vez que a História e o tempo são continuidades.

Com efeito, a fonte é ampliada constantemente na sua complexidade, desse modo diverso, sobretudo, nas análises dos períodos em estudo.

É fundamental para Bloch que o historiador tenha consciência etimológica dos conceitos clássicos aplicados a História, levando em consideração a época vivida por quem analisa os fatos.

No final de sua epistemologia, no último capítulo incompleto, desenvolve postulações de causas não pré-determinadas.

Desenvolve-se uma crítica filosófica ao positivismo, corrente epistemológica que sustenta o liberalismo econômico.

A compreensão da História tem como finalidade levar à práxis transformativa, o que deseja na essência a mudança de modelo, tanto do Estado político, como a forma de desenvolvimento econômico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 04/03/2015
Reeditado em 12/03/2015
Código do texto: T5157732
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