A Formação do Espírito Científico.
Gaston Bachelard.
1884 -1962.
A respeito do conhecimento científico, o real é sempre uma luz projetiva cheia de sombras. Bachelard formação científica com sustentação filosófica. A revolução desencadeada pela teoria da relatividade de Einstein possibilitou na Física uma eminente evolução sem parâmetros.
A ideia fundamental analisada, a crítica à concepção conservadora da ideia da evolução linear da epistemologia como método do fundamento epistemológico.
Portanto, o desenvolvimento científico proposto por Bachelard, realiza-se pela teoria da ruptura permanente. Desse modo, o conhecimento não se faz por meio de proposições imediatas.
Progride não linearmente, mas por meios da superação dos obstáculos epistemológicos, o que significa rupturas permanentes. As representações entram no espírito do epistemologizado.
O primeiro obstáculo a ser superado, é o que representa a opinião comum a priori, em referência ao objeto em estudo.
O segundo passo, o conhecimento científico é formado de convicções primeiras, as quais devem libertar-se, para o conhecimento poder progredir em direção a formulação do saber construindo empiricamente.
Portanto, desse modo, o conhecimento científico deve formar-se reformulando sempre. Em sua principal obra: A Formação do Pensamento Científico, Bachelard faz recurso, fenomenologicamente a psicanálise do conhecimento objetivo.
Sendo profundamente influenciado, pela Psicologia de Carl Gustav Jung. É fundamental purificar a razão das ilusões, dos mitos e até dos processos de sínteses equivocados a respeito do desenvolvimento das Ciências.
Como acontece a evolução do conhecimento científico desenvolvido por Bachelard, no século XX a Ciência está condicionada sobre as duas principais ideologias, de um lado, a teoria da relatividade, do outro o determinismo.
É nesse contexto, que Bachelard construiu o seu conceito de corte epistemológico. O que significa dizer que a Ciência não progride de forma linear, contínua, como sempre é entendido pela epistemologia conservadora.
Para Bachelard, o pensamento científico vai formulando se por grandes rupturas com as determinações anteriores, tidas antes como científicas e percebidas a posteriori como ilusões.
As superações realizam pelos cortes epistemológicos, que na prática significa a substituição dos paradigmas. Portanto, acontecem com as mudanças fundamentadas em novos contextos culturais historicamente.
Sendo, portanto, indispensáveis às mudanças tanto dos métodos como dos conceitos. Com efeito, significando, segundo Bachelard, o conhecimento na prática evolui, definindo contrário a sua anterioridade.
Sendo assim, a evolução da Ciência se faz por meio da constante recolocação, com efeito, das teorias até então aceitas.
Para Bachelard só existe um modo de fazer a Ciência que é avançar na sua construção, na permanente destruição da Ciência já elaborada. O que determina de alguma forma coerente, alterar a natureza do que já foi constituído.
O saber é destruir o que no passado de certo modo, já foi tido com certo. A Ciência não pode prender-se exatamente na constituição do seu tempo histórico.
Portanto, substancialmente a natureza da alteração, na perspectiva de buscar o que de algum modo está objetivamente mais certo ou mesmo na superação radical.
Exemplo clássico, o que aconteceu em sua radicalidade, a destruição do sistema ptolomaico, a velha física aristotélica, em benefício da teoria heliocêntrica copernicana.
Edjar Dias de Vasconcelos.