E SE ... (RLessa/Abr/2014)
Quando me meto a pensar dilacero a alma com viagens nada seguras e sequer sei aonde chegarei, assim meio que jogando palavras, surgem frases que sequer saciam o que brota em mim, pois não dão conta do que faz morada em meu pensar, assim meio que perco a noção do perigo da sanidade e opto pela compulsividade que essa inspiração nada metrificada sopra aos meus ouvidos:
Um pouco de pensamento noturno
Um pouco de diletantismo compulsivo
Um pouco de ouvido interior
Um pouco de voos nada rasantes
Um pouco de assuntos dissonantes
Um pouco de flatulências filosófica
Um pouco de fraude do pensar normótico
Questiono questões que jamais ouço em meu cotidiano, e meu cotidiano não mais me basta, meus diálogos diários nada mais são que cordialidades de uma "boa" e equilibrada interação social, mas dos poucos que acham me conhecer, um mínimo número chega a compreender parte do que sou, do que faço, do que penso. Mas:
... e se vivessemos ilusões quando acordados?
Viveríamos com isso?
... e se realmente estamos dormindo quando acordados?
Viveríamos com isso?
... e se passamos a vida toda sem nunca despertar?
Viveríamos com isso?
... e se sonhássemos com a realidade?
Viveríamos com isso?
... e se não mais conseguíssemos dormir em paz?
Viveríamos com isso?
... e se fosse-nos dado chance de realmente acordar?
Viveríamos com isso?
... e se não mais sentíssemos o sabor do verdadeiros viver?
Viveríamos com isso?
... e se fossemos desafiados a não mais dormirmos?
Viveríamos com isso?
... e se fossemos incentivados a obter nossas próprias respostas?
Viveríamos com isso?
... e se não mais temessemos o que há dentro da gente?
Viveríamos com isso?
... e se não mais nos assombrássemos com o vazio?
Viveríamos com isso?
mas...
realmente
vivemos?
NA TENTATIVA DE SENTIR/VER O QUE REALMENTE IMPORTA