FALAS D'OUTROS QUE RESPINGAM EM MIM - (RLessa/Abr/2014)

FILOSOFIANDO IDEIAS - SOBRE ENTÃO... AGENTE..

Então, a gente grita nesta rede de mais: Mas é real ou fuga esse urrar?

Então, a gente fala nesta rede de mais: Mas é diálogo ou silencio esse nada?

Então, a gente cala nesta rede de mais: Mas é vida ou servidão voluntária?

Então, a gente muda nesta rede de mais: Mas é evoluir ou cegueira andante?

Então, a gente chora nesta rede de mais: Mas é sentir ou alienação sem paz?

Então, a gente ama nesta rede de mais: Mas é agir ou inversão do sentir?

Então, a gente sente nesta rede de mais: Mas é pele ou distancia por temor?

SOBRE A GENTE QUE NÃO REAGE, POIS SEU REAGENTE TORNA-SE ADSTRINGENTE DE IDEIAS URGENTES E EMERGENTES.

OUÇO, VEJO, SINTO PLÁSTICOS QUE PASSEIAM PELAS RUAS INEXPRESSIVAMENTE SEM SE IMPORTAR COM SUAS EXPRESSÕES NATURAIS QUE DEVERIAM REACENDER VIDA DE DENTRO PARA FORA(*):

(*) - Hoje assustei-me com gente-plástico, num teatro social de inexpressões artísticas, sendo ovacionadas como arte. O poder midiático segue a nos conduzir comportamentos e valores, além de nos obrigar a receber o respingo da ausência de respaldo ao que há de mais belo de nosso lugar.

"(...) Os cães ladram e a caravana passa.(...)

FALAS D'OUTROS QUE RESPINGAM EM MIM

ANTIGOS DITADOS E VELHOS HÁBITOS

"A sabedoria popular é muito maior do que se julga. Por isto, antigos ditados e dizeres permanecem sempre atuais, já que representam o simbolismo do comportamento humano.

Nossa cultura, por ser uma enorme salada de culturas diferentes, nos privilegia e nos permite utilizar e compreender dizeres não forjados em nosso território.

Falemos então de um antigo dizer árabe: “os cães ladram e a caravana passa”.

Observe a maravilha de contradição existente no meio da afirmação. O estacionário e o evolutivo. Sabe-se que seguir adiante é da constituição das caravanas, tal qual ladrar é da constituição dos cães. Aliás, os cães apenas ladram para avisar a seus donos a aproximação de algo que não faz parte de seu habitat convencional, ou quando desejam fazer festa para algum conhecido.Também é de sua constituição manterem-se próximos aos locais onde vivem, como se fossem limitados por um círculo invisível. No primeiro caso, não importa que a caravana tenha boas notícias, nem remédios importantes, basta que não seja daquele local. No segundo, o latido é diferente, mas é latido. Mas se ambos agem de acordo com suas constituições o que há de excepcional na expressão? Exatamente o sentido de um permanecer estacionado e do outro seguir sempre em direção ao seu destino.

Assim são algumas pessoas. Fixam-se em suas posições. Não buscam. Não ousam. Não largam seus velhos hábitos. Ladram para tudo que lhes pareça não fazer parte de seu meio.

Aqui vale também uma reflexão sobre dois termos. Apesar de “hábitos” e “costumes” terem significado semelhante, quando precedidos pelo adjetivo “velho”, assumem posições diferenciadas. “Velho costume” representa a parte da cultura que permanece viva na memória popular. É ativo e coletivo. “Velho hábito”, não. É aquilo que está enraizado no indivíduo. É muito pessoal. É mania mesmo!

Então, não me assusta o ladrar de alguns que se espantam com o Conselho Comunitário de Maricá (CCM). Também é da constituição do CCM o seguir adiante, para o seu destino. Fazer o que tem que ser feito. Por isto, não nos fechamos para ninguém. Todos são bem-vindos e têm um lugar para ocupar. Basta estar disposto a seguir em boa companhia, e manter um comportamento democrático para que, juntos,possamos vencer as agruras deste deserto que é a administração pública brasileira.

Por outro lado, como não estamos fechados para ninguém, também não “fechamos” com ninguém. Pois perderíamos a condição de seguir com os próprios passos, na direção que desejamos. Isto é, deixaríamos de seguir na direção dada pelo povo para seguir aquela determinada por um indivíduo, ou por um pequeno grupo de indivíduos, ou por um partido. E isto não é democrático.

Quanto aos que estão ladrando contra o CCM, ou contra A ou B deste grupo, estão apenas cumprindo suas constituições: avisar aos donos a chegada de algo novo, mesmo que este algo venha para o bem. Se não ladrarem, podem ser descartados na primeira oportunidade, por não haverem cumprido o que se esperava deles.

Os latidos são apenas latidos. Podem até incomodar um pouco. Podem irritar. Podem provocar algumas iras contra a caravana por perturbar o sono de alguns. Mas a caravana entende o seu sentido e segue adiante.

O CCM veio para ficar. Traz em sua bagagem remédios, projetos de melhoria de vida e uma nova cultura e sabe que os cães têm que latir mesmo. Sabe também que, em breve, terão que latir fazendo festa, pois assim seus donos o desejarão.

E nós continuaremos seguindo adiante. Ficar preso a um círculo invisível é para eles, os cães...

(*) - Carioca, 58 anos, Assessor para Assuntos Classistas da Associação dos Servidores Civis da Marinha (ASCM),representante da ASCM junto ao CCM; Coordenador Geral do Conselho Comunitário de Maricá (CCM); freqüenta Maricá desde a década de 60 , tendo se fixado a partir da década de 90."

FONTE: http://www.marica.com.br/2007/2409izidroa.htm

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 19/01/2015
Código do texto: T5106598
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