RESPONSABILIDADE HOMINAL
RESPONSABILIDADE HOMINAL
Mais que em outros tempos, o orbe tem desenganado e tornado mais difícil à vida hominal. Numa sociedade egoísta, desumana e competitiva por excelência, massificante e indiferente, tornamo-nos quase sempre embrutecidos, pessimistas e passamos a achar natural o egoísmo, o egocentrismo e o "cada um para si" e Deus para todos, como se a responsabilidade, a altivez e a ética não fossem atribuições de cada um. O homem tem seus atributos, suas ações benéficas ou maléficas, independente de raça, credo e condição social.
A sensibilidade humana anda muito aflorada, a paciência desgastada, transforma o hominal, em muitas ocasiões em animal irracional, quando na prática de atos violentos, horrendos o leva a condição de hominal para bestial. O homem quando através de atos impensados transforma a violência em atos banais, à vida para os outros é banalizada e transformada em caos. A palavra epigrafada vem do latim chaos e do grego chaós e na história, e na filosofia são condições mitológicas, cosmogônita e pré-filosófica, vazio, escuro e iluminado que precede e propicia e geração do mundo, abismo.
Pode ser também uma ocasião de grande confusão ou desordem. Comportamento praticamente imprevisível exibido em sistemas regidos por leis deterministas, e que se deve ao fato de as equações não lineares que regem a evolução desses sistemas serem extremamente sensíveis a variações, em suas condições iniciais; assim, uma pequena alteração no valor de um parâmetro pode gerar grandes mudanças no estado do sistema, à medida que este tem uma evolução temporal. Concepção de que ao princípio o Universo pode ter sido altamente irregular e heterogêneo.
Cidadão do mundo nós demoramos demais para perceber nossas reais necessidades. Nos tempos atuais almejamos a paz. Todos precisam de paz, paz de luz que brotam dos corações que amenizam espinhos dilacerantes, que sejam benéficas e reconfortantes. De esplendor "diamantizado" de sensações, a tristeza transformada em alegrias, sem sensações de desconforto e disritmias, que nos alveje a alma e o espírito. Que os rios de sangue se transformem em água abundante e sadia que venha afogar a violência tenaz, pertinaz, deletéria levando-a a condição de doce e eficaz.
Será que estamos centrados em nós mesmos? Será que estamos cultuando nosso próprio ego? Será que nossa missão é tão somente querer ver acontecer, seja que de maneira for o nosso progresso material? Porque o homem deve se preocupar com o seu progresso moral-espiritual. A tranquilidade tão almejada nos traz alívio recalcitrante, e o reverbero das palavras destoantes e sofríveis, será a unificação, a sinonímia natural e benfazeja de quem deseja alvitrar com reconforto e emoções? O orbe com todas as suas mazelas ainda é a escola da qual precisamos. Não podemos fugir da grande responsabilidade do aprendizado que temos por aqui.
Aqui seria o lugar ideal para a nossa felicidade amenizando o nosso sofrimento, sem que a injustiça prospere e nossos direitos sejam respeitados. O homem público em sua maioria tem nos decepcionados a cada minuto de nossas vidas. O mundo reflete com todas as nuanças a qualidade de seus moradores. Estabilizando as sensações de insegurança e de perseveranças viveremos um pouco melhor. A nossa paz se constrói com boas ações e estas nascem como uma criança com fortes gritos de amor.
Lastimamos a crença debilitada, mas almejada dos povos em conflitos, em grito, dores e horrores, conclamando aos reinos dos céus a bonança esperançosa. Os atos violentos de hoje são destruidores dos dissabores, dos sofrimentos ásperos, sagazes e violentos. Com uma rajada de vento seja exterminada do mundo a violência e com segurança firme e audaz que nos traga a tão almejada paz. Querida e que sare as feridas da dor e do desconforto. Do desgosto descomunal em seu lugar venha o amor fraternal.
O perdão e a caridade são antídotos da violência e fazem recrudescer a paz. Paz! Paz! Paz! Desejamos com todos os brados, com a compreensão de todos, insanos e profanos, sejamos tocados pela benemerência divina, que ensina, verte as energias fluídicas do amor, da esperança e da paz!A paz tal auferida, desejada, seja alcançada com os desígnios do senhor. Sabemos que a renúncia é uma virtude muito difícil de conquistar e de ser compreendida. Segundo a nossa estimada escritora Lourdes Carolina Gagete tudo é tão relativo.
A vida é um incessante ganhar e perder. O externo mostra de imediato nossa aceitação ou rejeição num determinado grupo. Quanto mais "maquiado" mais bem aceito. Todos gostamos de impressionar primeiro a visão e é aí que mora o perigo. O maquiado pode ser mais perigoso do que o maquiador. O "eu" externo é palpável e quase sempre sobrepuja a subjetividade do "eu" interno, pois que somos lerdos na apreciação interior. Temos que preencher nosso "eu" interior de paz de esperança e amor. Preencher todos os espaços para que não haja regaço malfeitor.
Só assim cessaremos a dor e imantaremos esperanças para que todos possam ter fé, piedade e vigilância, pois seu azimute é o amor, e a soma desses amores será resultante de um clamor atendido, a paz no tempo devido. "Eu sou a paz, a esperança e a vida, quem acredita em mim, mesmo estando "morto" viverás", disse o Mestre Jesus que mesmo sendo um Espírito Puro e de uma condição espiritual elevadíssima não escapou da violência hominal. Pense nisso!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE