Filosofia Pós Moderna e as Conjunções do Liberalismo econômico.

O pensamento pós-moderno é aplicado a intelectuais críticos ao Iluminismo clássico. Tem em comum a descrença na velha razão, significando a falência do movimento racionalista moderno.

Não tem mais sentido entender a razão como projeto político emancipadora da sociedade cível. O liberalismo não é solução para o mundo, entretanto, o seu adversário, o projeto de uma razão dialética ligada ao materialismo histórico ruiu em definitivo.

Com efeito, o que temos é uma razão alienada, medíocre, em última instância mentirosa, produto de uma linguagem a serviço da dominação e exclusão.

Diante de tal situação histórica, os novos críticos da razão, elaboram seu entendimento do fracasso da sociedade política.

Aonde chegou o liberalismo econômico? A um grande desastre social, ambiental, provocando misérias e desigualdades sociais extremas, desenvolvendo guerras, catástrofes ambientais.

O mundo não tem perspectiva com o racionalismo liberal, que fundamenta de uma falácia supostamente epistemológica. A unidade de um projeto político burguês substanciado em um substrato único de desenvolvimento.

O mais puro irracionalismo, se o socialismo não salvou o mundo, portanto, derrocaram-se os fundamentos da racionalidade materialista dialética. Não será a linguagem do racionalismo individualista que salvará.

Os grandes gênios da sabedoria perguntam para si mesmos, será que o mundo tem realmente salvação, mesmo não tendo. Não é possível silenciar diante do domínio excludente da razão Iluminista liberal.

Entre esses pensadores destacamos Adorno e Horkheimer que analisam o fenômeno da sociedade civil, absolvida acriticamente com valor os procedimentos do domínio da linguagem liberal.

Com efeito, fruto de um positivo lógico comprometido com a razão da dominação e exclusão social daqueles que não forem possuidores do capital. Em maior ou menor grau. Criando uma massa de imbecis.

A razão moderna iluminista e todos os fenômenos modernistas ligados à literatura e, ao mundo da arte.

São produtos de uma absorção cultural absolutista, totalitária, tendo como objetivo a narcotização das consciências por meio do fenômeno da industrialização da cultura.

Fato que atingem todos os aspectos da vida humana e todos os campos científicos da análise epistemológica.

O que significa que o mundo transformou-se na mais absoluta cegueira no campo do mundo artístico, filosófico e político.

A razão moderna não tem mais significação política, motivo pelo qual perdeu o fundamento artístico.

Sua natureza etimológica é essencialmente conservadora, têm como finalidade tão somente a cegueira e a dominação.

Essa ideia tomou corpo, sobretudo, com a falência múltipla do racionalismo materialista, refiro-me a dialética neomarxista. Está muito enganado quem pensa que o capital está no mundo para salvar o mundo. Thomas Piketty.

A linguagem não tem outro objetivo a não ser produzir pobreza, exclusão social. Diante da falência da linguagem dialética, o mundo curvou-se a ilusão da Filosofia do status quo, sem perspectiva de transformação.

Desse modo acabou-se o projeto Iluminista de uma razão esclarecida, libertadora do homo sapiens.

A falência histórica da modernidade e juntos todos os movimentos acadêmicos ligados a tal perspectiva a qualquer disciplina. A modernidade foi exatamente um grande fiasco.

Ser moderno é sinal de atraso, ausência de visão cultural crítica do mundo. O homem moderno é exatamente acrítico, vive a consciência de um narcótico. Um ser drogado academicamente.

Portanto, a nova Filosofia que se denomina pós-moderna, determina-se em parte, pelo final do projeto da Filosofia Iluminista moderna.

A constatação histórica que a razão em referência não levará à sociedade política a emancipação humana.

A grande questão é que o liberalismo econômico fundamenta-se na Filosofia Iluminista anterior, motivo da crítica à sociedade capitalista.

Nesses aspectos a que nova racionalidade pós-moderna, resolveu compreender o mundo em uma perspectiva diversa.

Portanto, denunciado que o liberalismo tem como objetivo controlar politicamente a sociedade pelo caminho da idiotização dos indivíduos, inclusive pessoas acadêmicas.

A epistemologia como instrumento científico, começa entender os fatos sociais, na utilização da análise fragmentária, a valorização das singularidades cotidiânicas.

Perdendo, portanto, uma visão de conjunto. Abandonado, a pretensão da totalidade, uma vez que recusa também parcialmente a dialética racionalista materialista. Valorização das particularidades e o respeito pelo outro.

De certo modo cai no irracionalismo, denominado como ceticismo prático, abandona o sujeito histórico.

Dessa forma nasce o mundo contemporâneo, substrato cultural da descrença, a ideologia em que o homem político perdeu definitivamente o seu futuro para burguesia e o liberalismo econômico.

Lamentavelmente também a contemporaneidade, não tem mais significação para o mundo. O controle total da economia, o sentimento em que chegou a era contemporânea, que o mundo político burguês está fora da ação do cidadão comum.

Os grandes projetos políticos de emancipação acabaram, perdeu-se o sentido de qualquer iniciativa coletiva, todas as propostas de lutas resultam do fragmentarismo, ou seja, dentro da racionalidade do liberalismo econômico.

Portanto, é nessa perspectiva que se entende a formação dos partidos de esquerda no mundo, e a luta contra o neoliberalismo, tendo como finalidade sua preservação.

A linguagem usada à diminuição da exclusão social, mas não a eliminação do mecanismo produtor da pobreza. As questões cruciais da vida continuam sem perspectivas.

Um dos principais autores desse novo momento histórico Michael Foucault, podemos considerar também Jean Baudrillard, Jacques Derrida e Jean François Lyotard.

O mundo contemporâneo não deveria ter nascido, seria melhor saltar essa etapa da História, entretanto, não foi possível.

Por último um grande escritor, que pode ser classificado parcialmente neomarxista, Thomas Piketty, escreveu a grande obra, o que já pode ser considerado um clássico.

O Capital do século XXI, se alguém pensa que o liberalismo está no mundo para resolver os problemas da sociedade política, está muito enganado.

Finaliza o capitalismo não objetiva tal propósito, mas tão somente para desenvolver a sociedade econômica parcialmente, objetivando a concentração da renda. Distribuir renda prejudica a essência da natureza Filosofia liberal econômica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/12/2014
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