Construção Epistemológica do Pensamento de Ludwig Feuerbach.

Cidade de Landshut Alemanha de 1804-1872, filósofo materialista, ligado à esquerda hegeliana, estudioso da Teologia e Filosofia.

Materialista idealista, associado em um primeiro momento, como discípulo de Hegel, sendo aluno do referido.

Entretanto, no ano de 1837, rompeu definitivamente com Hegel, por discordar do pensamento fenomenológico formulado pelo mestre.

Feuerbach não reconhecia o espiritualismo de Hegel, sobretudo, o método absolutista desenvolvido por ele, como mecanismo natural da história.

A dialética método fundamental fenomenológico, como produto natural do desenvolvimento humano. A razão o grande sustentáculo da epistemologia das mudanças pelo caminho das superações permanentes das antíteses.

Entendia Feuerbach tal etimologia como produção da alienação cultural do ponto vista político.

O mundo não caminha apenas, em uma perspectiva de uma dialética de certo modo linear e absolutista.

Desiludido com Hegel, por não considerar seu pensamento como fundamento da história, a natureza das coisas, não se fundamenta necessariamente no absolutismo filosófico.

Não é possível explicar a lógica das mudanças pelo espiritualismo. Entretanto, essencialmente pela materialidade dos fatos históricos. Porém, contrário ao dialetismo dos três instantes.

Como se o caminho da construção da sociedade política tivesse essencialmente fórmula exata, a trajetória política segundo Hegel, dependia essencial das fazes anteriores como mediação da superação, para outro momento de melhor classificação.

Sendo desse modo, não seria a sociedade construtora do Estado político. Pelo contrário, a instituição responsável pelo estabelecimento da sociedade constituída, o que de algum modo, Feuerbach discordava essencialmente.

Sendo que criticou a Filosofia duramente, o idealismo estabelecido por Hegel. Procurou segundo sua acepção, o desenvolvimento da verdadeira epistemologia.

Hegel em defesa do Estado político alemão, tendo como modelo a Revolução Francesa de 1789, colocou como ponto máximo a construção dialética da sua fenomenologia espiritual.

A criação da ideia absoluta, nada mais era que o entendimento de um modelo conservador para o desenvolvimento da sociedade política elaborada por Hegel.

Feuerbach discordava plenamente se colocado à esquerda de Hegel, num primeiro momento influenciando profundamente Karl Marx.

Sendo que o último percebera posteriormente, o equívoco de ambos, colocando Feuerbach com mais um idealista alemão.

Entretanto, Feuerbach influenciado pelo pensamento naturalista materialista, interpretou a ideia teológica de Deus, pelo caminho do naturalismo como fruto das relações econômicas.

Portanto, em seguida, entende hermeneuticamente, a respeito de Deus como uma ilusão psicanalítica.

Condenando o homem ao desenvolvimento do espírito religioso, como alienação das condições reais da vida.

Sendo Deus uma invenção da materialidade humana, resultado do próprio fracasso da existência do homem.

Uma vida sem perspectiva na terra imagina um paraíso como válvula de escape, como solução para tragédia humana.

O homem exegeticamente foi colocado no lugar de Deus, transformando o referido em todo poderoso, uma vez que a natureza humana, naquele momento histórico, encontrava-se sem perspectiva política.

Deus é criado pelo homem como invenção, o céu uma ilusão, já que homem não poderia encontrar sua plenitude na terra.

Foi exatamente dessa ideia magnífica de Feuerbach, que Karl Marx elaborou a morfologia da religião como ópio do povo.

Deus tão somente entorpecente, o homem frágil mergulha no seu próprio envenenamento para suportar os horrores da vida.

A Teologia inverteu tudo, sendo a Filosofia responsável pelo resgate humano. Pois Deus simplesmente transformou-se na imagem do desejo do homem.

A religião alienação do homem, adoração de ídolos criados pelo mesmo, como fonte de esperança para a vida sem nenhuma significação.

Os homens covardemente projetam suas esperanças diante do medo e da fraqueza, em uma suposta realidade espiritual forte.

Sendo que a mesma passaria ser realizada por Deus, projetado como força espiritual de um homem em decadência.

Deus passa ser aquilo que o homem não consegue ser, motivo pelo qual o referido é a mais absoluta ilusão. Sendo Deus uma fantasia do nada humano.

Engels companheiro de Karl Marx entendeu Feuerbach, como filósofo materialista, que contribuiu exuberantemente para o materialismo histórico.

Uma vez que destrói a base da metafísica transcendental, tanto da epistemologia kantiana, como a fenomenologia absolutista hegeliana.

Apesar de Marx posteriormente negá-lo, por entendê-lo como idealista. Mas o que é fundamental foi a compreensão de Feuerbach, que está na origem do materialismo humanista.

Para finalizar nossa análise, formula Feuerbach, os homens criam os deuses exegeticamente, segundo a antropologia humana, a semelhança da condição do homem.

Covardemente preso ao mundo narcótico, transfere para o paraíso, o ideal de justiça. Tudo o que não consegue realizar no projeto humano, desenvolve a fé como ilusão e, cria-se a esperança de salvar a alma que perdeu na Terra.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/12/2014
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