A Natureza Epistemológica e Filosófica da Arte Contemporânea.

A Arte contemporânea como Ciência histórica, tem como finalidade heurística compreender o mundo por meio dos fundamentos científicos a representação da realidade social.

De como a sociedade foi construída e interpretada ideologicamente. Contrariamente, seria mistificação.

A identidade representativa artística funciona a coerência lógica por intermédio da ação fundamental do entendimento, o princípio contraditório. Com efeito, não poderá ser compreendida pelo caminho fenomenológico da redução indutiva.

Por técnicas, formas ou métodos, pois é fundamental a compreensão sistemática hermenêutica das diversidades culturais. Portanto, dado ao mecanismo representativo não apenas instrumentos intuitivos, porém epistemológicos.

A verdadeira natureza da Arte, na contemporaneidade, dar ao sujeito por instrumento de materialidade artística a possibilidade do desenvolvimento da consciência crítica.

A perspectiva de um novo caminho que supere as posturas dogmáticas, o entendimento eidético da realidade pelo caminho do uso do método dialético, em razão da realidade ser também de natureza dialética.

Representar o entendimento entre os mecanismos de forças, os princípios da conservação e da transformação, nos diversos níveis culturais, axiológicos, representados em formas de memórias múltiplas.

A Arte tem necessariamente que compreender apreensão crítica objetivada no sujeito libertador, em relação alienação materializada na sociedade política.

Motivo pelo qual a Arte só poderá desenvolver bem o seu papel com ajuda da Filosofia analítica aplicada ao campo da interpretação.

Uma arte não culta não tem nenhuma valoração do ponto de vista da acepção artística, porque sua representação significa apenas a negação da própria realidade heterônima produtiva referente ao mundo artístico empírico.

A Arte tem que desenvolver a priori, abordagem dialética, por ser a única que possibilita aos sujeitos cognitivos, visão realista do mundo. A partir exatamente das estruturas sociais.

É improdutiva a Arte moralista ou metafísica, em consonância com os aspectos hilético do idealismo filosófico.

Desse modo, a Arte não poderá ser presa apenas aos fundamentos da formalidade ideológica do senso comum.

A representação do pensamento contemporâneo remete a necessidade de compreender os motivos dos conflitos estruturais da sociedade política, contrariamente, a Arte transforma apenas em desenho.

Sua interpretação tem como obrigação levar ao mundo da representação o entendimento da funcionalidade das ilusões nas diversas variáveis.

Com efeito, eliminando ideias tolas, como se a materialidade resultasse dos mundos intencionais, vontades individuais.

A representação do deslocamento de forças sociais como responsabilidade histórica, excluindo qualquer possibilidade pessoal, soluções com bases no individuo.

Portanto, como exemplo, a Arte pré-renascimento que acreditava na mudança do mundo pelo despotismo esclarecido.

Por outro lado, a Arte iluminista a sua factibilidade atribuindo às mudanças no mundo, pela Revolução burguesa.

A Arte contemporânea não pode aceitar com objeto epistemológico, concepções fatalistas ou mágicas, como a anterior, nas soluções fundamentais a existência humana, o dasein heideggeriano, explicativo das situações de vida.

Nesses aspectos grandes gênios como Bachelard, Foucault e, sobretudo, a escola de Frankfurt na pessoa do grande filósofo Habermas, viam na Arte uma revolução epistemológica para superação da alienação política do senso comum.

Desse modo, o estudo da Arte como disciplina acadêmica, tendo a Filosofia como instrumento crítico.

Fundamenta axiologicamente o campo da interpretação a uma abordagem material comprometida com a existência sapiens.

Possibilitando aos homens por meio da contemplação, o desenvolvimento intuitivo a uma ação exegética rumo à recuperação da existencial por meio dos sujeitos críticos. Exatamente a perspectiva da Arte contemporânea.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/12/2014
Código do texto: T5069571
Classificação de conteúdo: seguro