Jurgen Habermas: Crítica a Razão Instrumentalizada.

O filósofo da Escola de Frankfurt Jurgen Habermas formulou uma teoria interessante a respeito da lógica da razão de instrumento.

Em primeiro lugar desenvolve o conceito de uma sociedade produtiva alienada do ponto de vista do consumo.

A sociedade contemporânea marcada pelo espírito do liberalismo econômico produz ideologias ligadas ao espírito do consumo.

Portanto, objetiva a cultura de massa a definir padrões comportamentais em benefício do mundo capitalista.

O que está em jogo são as regras da concentração da renda. Com efeito, uma razão alienada sem espírito crítico. Lógicas racionais instrumentalizadas.

Significando que a razão transforma-se em um simples procedimento da irracionalidade, com a finalidade de atingir um determinado fim.

No caso específico levar o cidadão a um comportamento desenfreado para o consumo. Com efeito, de tal modo que o cérebro funcione sem sensor crítico.

A lógica do mundo tão somente o consumo. O homem define pela aparência, não mais pela essência de uma razão libertadora, mas opressora.

Transforma-se em instrumento para atingir alguma finalidade, destruindo, portanto, a natureza do espírito esclarecido.

Nascendo a razão ideológica instrumental, cuja natureza, volta-se pela razão de cálculo, racionalidade que trabalha com os resultados econômicos.

A razão instrumental tem como objetivo desenvolver na sociedade o espírito ingênuo, com a finalidade de prevalecer à lógica do capitalismo dominador. Sendo assim, uma lógica com fundamento de uma pseudoética.

A reflexão desenvolvida pelo filósofo alemão Jurgen Habermas, entendendo que a sociedade política caracteriza por uma forma de colonização da vida humana prejudicial às relações sociais.

Por esse mecanismo, segundo Habermas, a razão de instrumento, substancia o mesmo na produção material das riquezas.

Por meio do modo de produção capitalista e justifica o consumo desenfreado como procedimento de transferência do dinheiro para os dominadores.

Para Habermas compete a Filosofia entender essa mecanicidade, que ocorre no processo acumulação.

Por outro lado, questionar aplicação da referida razão, como não legítima, na defesa do desenvolvimento do ser humano e da razão cognitiva na defesa da cidadania.

O que se entende por razão sapiens, o entendimento pela produção da análise das contradições.

Entretanto, diante da radicalização do espírito de alienação, Habermas propõe a seguinte proposta, como solucionar a questão analítica.

Compete a Filosofia entendê-la particularmente. No entanto, com efeito, em nível da consciência difusa, a saída está na perspectiva da arte.

A mesma terá como função denunciar a referida colonização, que leva ao comportamento automático ao espírito da vida cotidiana.

Não compete mais análise teórica formulada pela Filosofia, sobretudo pela escola de Frankfurt, mas ao mundo artístico por meio do conhecimento intuitivo.

Apresentando através da arte, da música, da dança e do teatro o desenvolvimento crítico em nível da massa, o papel que fora fracassado pela Filosofia.

Portanto, a proposta é o desenvolvimento de uma arte, política e crítica, que venha destruir a razão de instrumento como forma de domínio do liberalismo econômico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/12/2014
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