O que é teoria do conhecimento.

O que é Teoria do Conhecimento.

Em síntese a teoria do conhecimento resulta-se do desenvolvimento filosófico, com objetivo de entender as origens do conhecimento, a sua história e como se formulou em cada tempo, o com seus devidos paradigmas.

Para conhecer precisa dar fundamento ao saber, epistemologizar-se. Quais as possibilidades do conhecimento, os fundamentos, a extensão do entendimento científico do objeto.

Tais proposições vêm desde o pensamento helênico clássico, a cosmologia grega da cidade de Mileto, onde basicamente nasceram as Ciências.

No entanto, foi a partir do Iluminismo já na Idade Moderna que a teoria do conhecimento passou a ser entendida como disciplina específica ligada a Filosofia. Com o surgimento do Estado Moderno.

Nesse período surgiram teóricos de peso entre os quais destacamos algumas figuras: o francês René Descartes 1596-1650, o inglês John Locke 1632-1704 e o alemão Immanuel Kant 1724-1804.

Conhecer é essencialmente entender com fundamento epistemológico a relação do sujeito com o objeto.

O filosofo americano Richard Rorty, define o conhecimento usando uma expressão muito interessante: Conhecer significa tão somente representar com precisão o objeto exterior a mente.

Com efeito, o conhecimento não é um ato de interioridade, mas uma postura de relação complexa, exterior a memória cognitiva.

Mas qual o significado da representação, mecanismo pelo qual a mente possibilita diante dela mesma, a representação da imagem, ideia sistemática ou conceito formalizado de um determinado objeto ou fenômeno cultural.

Com efeito, o conhecimento é uma relação fundamental, entre dois pressupostos essenciais: sujeito e objeto, cada um dos elementos com suas devidas fundamentações, sujeito o elemento conhecedor, o que representa a razão humana, a consciência do homo sapiens.

Qual é o significado do objeto, a realidade do mundo que precisa ser conhecida por meio da análise hermenêutica, ou seja, o mundo e seus diversos fenômenos particularizados.

Apesar da relação dialética entre sujeito e objeto, o que é indispensável à teoria do conhecimento, só acontecerá a epistemologização, ou seja, a efetivação do saber quando o sujeito objetivar o objeto conceptualmente representando na memória.

Existem diversas teorias filosóficas a respeito do fundamento da teoria do conhecimento, acepções diferenciadas, sendo as principais o idealismo e o realismo, motivos pelos quais ambas serão morfologizadas.

Uma explicitação básica o realismo esta substanciado diretamente ao materialismo, quanto ao idealismo na metafísica.

Em que define a axiologia do realismo, heuristicamente são percepções em que o sujeito tem o objeto numa relação de cognição dialética. Indispensável em tal teorização.

Os objetos na realidade determinante na formulação do conhecimento pelo sujeito, o que significa existência de maior materialidade na elaboração do conhecimento pelo mesmo.

Porém, há o realismo filosófico metafísico, não crítico, acredita que o conhecimento é uma simples ação do sujeito sobre o objeto, por meio da memória objetivada como mecanismo de síntese, uma distorção do verdadeiro realismo.

Significando, portanto, que o sujeito apreende objetivamente a realidade num passo de mágica. Sem procedimento dialético, sendo que objeto mostra objetivamente o que é aos códigos de memória do sujeito cognitivo.

Caracteriza tal processo de cognição como realismo ingênuo, objetivação metafísica da realidade epistemológica, conhecimento como manifestação simplificada.

Não refiro a esse modelo de realismo, como científico, mas a acepção, que é essencialmente crítica, que problematiza a relação sujeito objeto, mesmo assim tem na concepção filosófica a determinação do objeto em referência ao sujeito.

Outra acepção importante especifica-se como idealismo, apenas o sujeito predomina em relação ao objeto, sem dialeticidade.

O que significa em tal mecanismo cognitivo, que a realidade é construída pelos códigos da memória do cérebro, a consciência sapiens que determina a realidade do objeto.

A representação elaborada pelo sujeito, nesse caso em especifico, a realidade analítica é cartesiana.

No primeiro exemplo em que se refere à concepção realística acepção é de Locke, a definição do mundo empírico pelo método indutivo, aplica-se também ao mundo das Ciências da natureza.

Kant procurou conciliou as duas teorias, o papel do sujeito e do objeto na valorização da razão e do mundo empírico, o uso indutivo como epistemologização.

Portanto, papeis distintos na formulação do conhecimento crítico, o que significa sua importância para o desenvolvimento da teoria do conhecimento em nossos dias.

Artigo escrito pelo professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/12/2014
Reeditado em 07/12/2014
Código do texto: T5061514
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