MENTE ABERTA
O que seria?
Seria ser estar mancomunado com os corruptos e corruptores que acham que todo mundo deve surrupiar os bens e direitos alheios públicos ou particulares?
Seria concordar com tudo o que os outros pensam?
Seria concorrer, acorrer na mesma direção de todos os demais?
Seria “fazer o que todos fazem”? Ter os mesmos amigos de outrem, sem direito de escolher os meus? Frequentar os mesmos lugares que esses supostos amigos freqüentam? Ser considerado “Maria vai com as outras?”
Seria adotar os mesmos cursos que algumas pessoas adotam ou freqüentar os mesmos ambientes – ainda que não degenerativos – que a maioria freqüenta? Ou gostar da mesma matéria que os meus achegados gostam?
Seria participar do mesmo partido político, torcer pelo mesmo time de futebol, estudar no mesmo colégio?
Seria concordar com as idéias ou filosofias dos professores modernos cujas idéias são materialistas e destituídas de Deus, que têm levado muitos alunos à uma vida de sequidão de alma em relação a Deus? Instigando outros até chegarem às raias da depressão, devido à coação psicológica que estes últimos sofrem? (O pior é que se trata, muitas vezes, de idéias antigas e idiotas e que já foram vencidas em outros séculos, mas como os ouvintes são tão inocentes, se deixam levar por tais lorotas!).
Seria participar de uma sociedadezinha moderna, de maior porte, porém, grande também em porcarias mil, cujos cidadãos não estão mais suportando-a devido as injustiças e violências ali dominantes?
Seria aprovar as idéias de Sigmund Freud – o bruxo do século 19? Ou endossar as patacoadas de Karl Marx – o judeu materialista, que, tendo aprendido alguma coisa do judaísmo, apostatou-se daquela crença, tornando-se um ateu que teve muitos discípulos e seguidores da atualidade, dizendo asneiras sobre a religião e a Bíblia?
Seria participar de tudo, viajar para todos os lados, gastando até o que não se tem, entrando, cada ano que passa, no “vermelho” e ainda virando-se para os que sabem poupar, procurando desfazer deles com implicâncias idiotas?
Seria imitar um Caim (pobre Caim e seus imitadores modernos!) que, abandonando o culto a Deus, depois de ter ouvido as incongruências de suas ações, não suportando as críticas que lhe fizeram a respeito de seu trabalho, todo espinhado, saiu praguejando, tornando-se, a partir daquele dia, um materialista, que fundou uma cidade, envolvendo-se em grandes ocupações triviais, para depois dar desculpas que não lhe sobrou tempo para as coisas “de cima”, do Eterno Deus que o criou e estabeleceu víveres na terra para a sua sobrevivência? (Gn 4.16, 17)
Prefiro entender que “mente aberta” é alguém que tem maturidade suficiente para ouvir as críticas que lhe são dirigidas (críticas as suas ações, não críticas às pessoas e muito menos à moral das pessoas, como fazem os “azedos e antipáticos da vida” que apreciam defecar palavras no rosto das demais).
Opto por entender que gente de “mente aberta” é quem tem experiência de vida, que adquire cultura com a vida, com o tempo e com o trabalho, não simplesmente porque adquiriu um diplomazinho (muito fácil nesses dias finais ou neste “contexto do fim” dos tempos), que ainda “anda de fraldas” e cogita que não precisa nem de ouvir conselho dos mais velhos e mais experientes da vida, supondo que está arrazando com pouca coisa e pouco esforço.
Quando um artífice qualquer (ou construtor), constrói uma obra de arte ou um imóvel qualquer, ele entende que está bem, mas ao construir a segunda obra, fará melhor, e assim sucessivamente, sempre melhorando a anterior, fazendo sempre uma autocrítica ou aceitando a avaliação crítica dos alheios.
Vivemos uma geração que não consulta os mais idosos, os maduros e mais experientes que já passaram pelo mesmo caminho. Por isso, são os que erram e ainda não aceitam que erraram, podendo melhorar no próximo passo. Mas, não, preferem ser grossos feito uma mula empacada que dá um passo para frente e dois para trás! Abra a mente, neófito!
E, por falar em neófito, lembro-me que na Coréia é costume (tradição) de que se algum idoso pegar um jovem ou adolescente nos braços para dar-lhe conselho, os demais o acompanham para, todos, ouvirem o que o “vovô” tem a dizer! Bons costumes!
Ouvi do Filósofo Mário Sérgio Cortela, no programa “Roda Viva” da Bandeirantes, no dia 25-08-2013, o seguinte: “Há uma idéia corrente entre os juristas para que haja transição de aposentadoria; que o aposentado possa voltar, para contar histórias; que os neófitos possam ter oportunidade, mas que estes possam dar ouvido aos mais antigos e aposentados”. Disse o filósofo ainda que “Os árabes se cumprimentam da seguinte forma: “Vida longa e morte repentina”.
Muniz Freire, 25 de novembro de 2014
Fernandinho do forum