Sentimento do Mundo, Matéria de Vestibular em Diversas Universidades no Brasil.

Carlos Drummond de Andrade.

O poeta preocupado com o caminho político do mundo, com o embate entre os dois principais modelos de Estado.

Coletivismo socialista do Estado Soviético e o liberalismo econômico americano.

Por outro lado, o nazismo alemão. Do mesmo modo, com o fascismo na Europa, que influenciava diretamente o governo brasileiro na figura populista de Getúlio Vargas.

Drummond é entendido como humanista, a sua poesia lamenta profundamente a alienação humana, não apenas no mundo ocidental, refere especificamente ao povo brasileiro.

Critica o governo de Vargas, em um primeiro momento, simpático ao movimento nazista alemão.

A indiferença do povo brasileiro, em relação à Segunda Guerra Mundial, o governo de getulista desenvolve a compaixão popular, como forma de sustentação no poder, com o objetivo de ter em mãos o Estado.

Entretanto, não existia um modelo real do capitalismo, que possibilitasse de algum modo ascensão social do trabalhador, muito menos uma burguesia forte economicamente.

Por outro lado, o modelo de desenvolvimento seria a importação da industrialização, o que foi denominado parcialmente errado, como substituição das importações.

De alguma forma, desconfiava do liberalismo americano. No entanto, não havia outra saída para o mundo, sobretudo, naquele momento, em que a História estava travada.

A política sem perspectiva para nenhuma das ideologias postas. Naturalmente para o governo de Vargas.

Segundo aspecto, no entendimento do poeta, não seria solução para o Brasil, a não ser a defesa do liberalismo americano.

Vargas defendia um governo fechado em si, preso a mediocridade sem racionalidade de análise crítica, um modelo absolutista de poder.

Confuso aos caminhos políticos propostos ao mundo, particularmente para o Brasil, de caráter neofacista.

Nesse sentido que não existia futuro para classe trabalhadora, nenhum dos modelos possibilitaria ao país, à distribuição da renda necessária a vida operária.

Carlos Drummond era crítico a todos os modelos, mas entendia que o liberalismo seria mais correto para aquele momento histórico, para o mundo e para o povo brasileiro, sobretudo, a burguesia nacional.

O poeta revela a tristeza do subúrbio, relações políticas desnorteadas, não era possível ser otimista. Todas as perspectivas impediam o sonho do proletariado de uma vida melhor.

A esperança exatamente a ilusão, o que se poderia esperar da vida, a não ser o engano.

Sendo que Getúlio fora exatamente à pedra que impossibilitavam as mudanças no país.

Para o Brasil sem possibilidade de autonomia, com a crítica ao liberalismo econômico.

Porém, teria necessariamente que alinhar aos Estados Unidos, como fez parte significativa do mundo.

O Getúlio o grande entrave, que precisava ser superado politicamente na História política.

A poesia de Carlos, de algum modo substanciou a elite de direita na retomada do poder, eliminando Getúlio.

Posteriormente, João Goulart evitando os movimentos sociais e as reformas de base. Implantando a grande noite de terror, pelo caminho do golpe militar em 1964, durando até a redemocratização, quando o Brasil alinhou definitivamente ao neoliberalismo.

Analogicamente, a redemocratização, com o governo brasileiro de tendência popular à esquerda, retoma-se em outro cenário, a mesma questão refletida pelo poeta.

O desenvolvimento econômico, com o desenvolvimento humano, sendo que tal ideologia política não é muito simpática ao neoliberalismo, motivo da oposição crescente ao governo social brasileiro atual.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 14/11/2014
Reeditado em 14/11/2014
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