Formulação da Filosofia Neoplatônica.

Neoplatonismo.

A escola neoplatônica a princípio fundada, por Amônio de Sacas 175 a 242 depois da nossa era, um estivador grego, ligado a Alexandria, sintetizou as ideias de Platão.

O primeiro conceito formulado à ideia da alma, defendida como una, a mesma de certo modo seria tudo, sendo a referida o princípio da unidade do universo.

A alma o fundamento da matéria, além da natureza unifica-se de todas as partes do corpo. Teve grandes discípulos entre eles: Orígenes, Longino, Herênio e Plotino.

Amônio de Sacas um grande pensador, entretanto, não deixou nada escrito, a sua doutrina só se salvou, porque posteriormente foi sistematizado por um dos seus discípulos famoso, Plotino.

Portanto, o neoplatonismo é o período da Filosofia de Platão que foi elaborada posteriormente, pelo trabalho efetivado por Plotino.

A primeira característica do pensamento neoplatônico, acreditava que o mal não tinha existência no mundo real, o significando apenas a ausência do bem.

Sendo que a felicidade e a perfeição eram atos de contemplação filosófica. Características essências, o neoplatonismo deve ser entendido como a última etapa da Filosofia antiga grega.

Entretanto, naquela época é fundamental entender que os filósofos já não estavam mais no mundo grego, na cidade de Atenas, mas em Alexandria, localizada no Egito.

Alexandria era uma grande cidade, lá se encontravam os principais sábios do mundo. A cidade era habitada por diversos povos: egípcios, gregos, judeus e romanos.

Nesse aspecto o neoplatonismo foi influenciado por diversas culturas, entre elas podemos referir o ceticismo e o materialismo dos epicuristas.

Plotino nasceu na cidade Lícope Egito, em 204 depois da era cristã. No entanto, descendente de grego, durante onze anos estudou Filosofia com Amônio de Sacas, na cidade de Alexandria.

Após sua formação acompanhou o exército formado pelo imperador Gordiano III 224 a 244 depois da nossa era, sofrendo derrota para exército persa.

Após o fracasso teve contato com a Filosofia persa e indiana. Plotino retornou para Roma, fundando sua escola e desenvolvendo o pensamento neoplatônico, falecendo no ano 270, em nossa era.

Foi sustentado pelo imperador Galieno 218 a 268, como também por outras pessoas ricas da nobreza da sua época. Teve dois grandes discípulos, Amélio e Porfírio, sendo que o último também ajudou publicar suas aulas.

A obra compreende de 54 tratados, somados nas Enéadas, que são seis grupos de nove tratados cada.

A primeira parte trata-se do homem e da moral. A segunda parte do mundo e das leis da Física.

A terceira parte refere-se do destino e da providência. A quarta parte da natureza da alma. A quinta parte uma reflexão a respeito da inteligência. A sexta parte o estudo do ser e do uno.

A doutrina de Plotino fundamenta em três substâncias: o uno, a inteligência e a alma. Sendo que o uno nunca fora Deus, apenas a fonte de toda natureza, da vida e da inteligência.

Portanto, a ideia do uno aplicado como se fosse Deus, erro proposital da fé cristã desenvolvida pela escola Patrística, principalmente Santo Agostinho.

Para Plotino a inteligência apenas derivação do uno, como produto da realidade, seria imaginar hoje como resultado da linguagem.

Sendo que para Plotino a Alma é fruto da inteligência, não é possível a existência da alma sem o desenvolvimento da fala.

Portanto, a alma é o produto da mediação entre o mundo sensível e a inteligência, fundamento empírico.

Plotino defendia a ideia que todas as almas, porque existia uma diversidade delas, visão já de herança aristotélica, procedem da mesma origem, que é a materialidade do universo.

O conceito de alma do neoplatonismo, nesse aspecto é muito diferente do entendimento da alma em Platão, que serviu epistemologicamente, para fundamentar duas ideologias distintas: A reencarnação e a ressurreição.

Utilização ideológica e não epistemológica da escola Patrística por Santo Agostinho, como mais tarde também Kardec, adulteração do conceito. A alma neoplatônica, jamais teve sustentação substanciada na metafísica.

Embora, o pensamento de Platino fosse desenvolvido cinco séculos depois de Platão, conservou parte das ideias do referido, mas sofreram grandes influências do mestre Aristóteles, o que deve ser refletido.

A alma como princípio vital a qualquer coisa, nesse sentido tudo tinha uma alma, a pedra, a árvore e o homem, Aristóteles. A alma como fundamento separado do corpo, realidade exclusiva do homo sapiens, natureza apenas Patrística.

A tradição do cristianismo não considerou a prevalência do pensamento de Plotino, do mesmo modo o movimento Kardecista.

Na sua complexidade, a alma apenas uma realidade material não transcendental, conceito adulterado por Santo Agostino.

A alma separada do corpo, como realidade metafísica responsável pela ressurreição. O que na prática foi fraude epistemológica.

Servindo o mundo ao paganismo grego platônico, não a compreensão neoplatônica do conceito aristotélico.

Sendo posteriormente compreendida a incongruência cristológica, resultada do pensamento hebreu, o que seria ressuscitado, o novo corpo e não o espírito.

Como pensara Agostinho. Portanto, sendo necessária, a reconstrução da Filosofia pelo pensamento tomista aristotélico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/11/2014
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