"É possível minimizar a dor da perda"
Procurando a maneira mais eficaz para não cometer o pecado de fazer aquele que partiu sofrer no ambiente em que foi morar doravante e, enquanto não nos conformamos,encontrei uns assuntos que falam desse momento e nos ajudam a minimizar o imenso sofrimento que causa a partida de entes queridos.Para mim,foi um bálsamo!
A perda de entes queridos não nos causa um sofrimento tanto mais legítimo, quanto é irreparável e independente da nossa vontade
Essa causa de sofrimento atinge tanto o rico como o pobre: é uma prova ou expiação, e lei para todos. Mas é uma consolação podermos nos comunicar com os nossos amigos pelos meios de que dispomos, enquanto esperemos pelo aparecimento de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.
Como as dores inconsoláveis dos que ficaram na Terra afetam os espíritos que partiram?
O espírito é sensível à lembrança e às lamentações daqueles que amou, mas uma dor incessante e desarrazoada o afeta penosamente, porque ele vê nesse excesso uma falta de fé no futuro e de confiança em Deus, e por conseguinte, um obstáculo ao progresso e talvez ao próprio reencontro com os que deixou.
“Estando o espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos estão presos na mesma cadeia; ambos devem ter um dia a liberdade, mas um deles a obtém primeiro. Seria caridoso que aquele que continua preso, se entristecesse por seu amigo ter se libertando antes? Não haverá de sua parte mais egoísmo do que afeição, ao querer que o outro partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece entre dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro foi o primeiro a ser libertado, e devemos felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que também nos libertaremos.”
“A doutrina espírita, pelas provas patentes que nos dá quanto à vida futura, a presença ao nosso redor dos seres aos quais amamos, à continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos permitem entreter com eles, nos oferece uma suprema consolação, numa das causas mais legítimas de dor. O mais isolado dos homens tem sempre amigos ao seu redor, com os quais pode comunicar-se."