A NOITE DOS MORTOS-VIVOS (II)

Válido apenas e exclusivamente para elas. Em verdade lutam para sair dos mausoléus de causas sociais que não mais se justificam na perspectiva de uma luta cujos paradigmas culturais não mais podem ser legitimados. É impressionante ver esse saudosismo querer renovar-se na simbologia mítica das pessoas tipo Dilma Pasadena e Chico Malandro Buarque. A ditadura militar que combateram, as diretas já, as conquistas sociais que fizeram parte de suas vidas... Não desejam abandonar esse passado porque não têm um presente que justifique uma atuação pessoal e social que mude os paradigmas que já não são mais atuais. A sociedade implora por novas bandeiras de luta social pertinentes às atuais necessidades políticas, econômicas. Eles recusam a se desvincularem de uma história que não mais existe, exceto para justificar suas vidas passadas que não mais têm em comum sua inserção no tempo da atualidade. Estão ainda, como crianças retardadas, fazendo de conta que lutam contra a ditadura que já foi vencida. Estão reunindo-se para fazer a apologia de um tempo que inexiste. Estão a aplaudir a Dilma ou Estela que não mais existe. A Dilma atual é a Dilma Pasadena. Querem bater palmas para as canções do Chico Buarque que se transformou no Malandro, no personagem de sua Ópera do Malandro, e não se dá conta disso.