Ideologia da Madrugada.

Ideologia da Modernidade.

Silenciou a madruga.

O sol não pode nascer.

O tempo congelou.

O que era velho.

Ficou mais velho.

O mundo acabou-se.

A ternura transformou-se.

Na revelação desértica.

Dos grandes segredos.

O modo exuberante da dominação.

Uma guerra de tribos.

Mas o mundo é cheio clãs.

Eles não entendem.

As diversidades deles.

As formas ingênuas de serem.

A intensidade da madrugada.

Desesperados querem os trilhos.

Para chegar aos topos das montanhas.

La em cima tenta enxergar os deuses.

Desenvolvendo o ato da contemplação.

São os demônios das exegeses.

Do idealismo hegeliano.

Mas tudo que conseguem ver.

É uma nuvem negra.

Voando em um infinito branco.

Querem compreender.

A energia que conduz o movimento.

Mas não entendem os raios do sol.

Que provoca a velocidade.

As retinas dos olhos foram queimadas.

Por átomos de hidrogênio.

Noites inteiras.

Apegados os sinais interpretativos.

Imaginam que muito distante.

Existe um mundo novo.

Cheio de almas.

Mas quando adormecem.

Esquecem-se de acordar.

O outro dia.

É a mesma noite.

Mas eles não sabem.

As diferenças.

Das semelhanças.

Entao gritam aos quatro cantos.

É o novo, está chegando.

Quando na verdade são ilusões.

Das etimologias.

Qual o sentido.

Das diferenças axiológicas.

As idiossincrasias do destino.

Eles andam dançam e lutam.

Desesperados precisam da instituição.

Se não conseguirem

Não conseguirão a pólvora do domínio chinês.

Na solidão presa à escuridão.

Perguntam ao silêncio do tempo.

Quem são eles?

A resposta é obvia.

Mas as cegueiras cognitivas.

Ferem os próprios desejos.

Entendem apenas.

Quando a sombra da luz.

Desponta no vácuo.

O tamanho da escuridão.

O tempo inteiro.

É apenas uma curva silenciada.

Não servem para nada.

Gritos inúteis.

Gemidos perdidos.

Amanha o sol vai descer.

Entre as montanhas.

As árvores ficarão coloridas.

A energia provocará a primavera.

Mas das flores não nascerão.

O encantamento das pétalas.

Apenas o desabrochar contínuo.

De cada estação.

O murmúrio perturbador.

Da mais doce ilusão.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/10/2014
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