Como entender o corpo no mundo, como arte da representação.
Como entender o corpo no mundo, como arte da representação.
Como pensar o corpo.
Não apenas em sua substância biológica.
O corpo é produto químico,
fruto do cérebro.
O mundo cultural visível,
resultados de paradigmas complexos.
O corpo, portanto, é o fundamento perceptivo, desenvolvido na base neuroquímica, do mundo comandado pelo cérebro.
O reflexo de todas as dimensões.
Não se entende o corpo sem a memória e a linguagem.
Com efeito, o corpo é antes de tudo uma produção da mente.
Sendo desse modo, o corpo é apenas, a produção de sínteses relativas mecanizadas pela inteligência desenvolvidas pelo mecanismo de elaborações. Entender o corpo é compreender a memória.
O corpo é o cérebro, mundo neurocientifico Antonio Damásio.
O corpo corresponde às ideologizações
dos mundos representativos.
As composições significativas das ideologias.
A percepção da luz e da cegueira ao mesmo tempo. Nietzsche.
Sendo que as memórias são produções vivenciadas pelo corpo.
Foucault desenvolve uma epistemologia que rebela contra a dominação de controle do corpo, pela a razão instrumentalizada pelas ideologias, Escola de Frankfurt, Adorno.
A alma afeta a materialidade lógica do domínio material, Marx.
O homem composto de um corpo funcional, entendido pela racionalidade lógica ou ilógica no aspecto formal.
Identificação do corpo com o mundo, é a compreensão sintática da estrutura da linguagem, Levi Strauss.
O olhar entende a si mesmo, o fundamento da exploração, da punição do corpo como elemento subjugado a lógica produtiva da sociedade política, Morin.
A importância do entendimento, o apontamento do espírito.
Apenas o cérebro leva a compreensão do prolongamento do mundo pelo corpo, sem o corpo não existe institucionalidade política das relações sociais, Damásio.
Entretanto, não dá para o corpo ser responsável pelo mundo construtivo da arte.
Apenas o mundo neuronômico leva o corpo a sua extensão como coletividades diversas.
Motivo pelo qual o mundo é o prolongamento do corpo, refiro-me especificamente ao homo sapiens. Bachelard.
Somos junções dialéticas dos mundos memoriais. Matéria e razão,
tipicamente das materialidades construtivas.
Diria o mundo do instinto racionalizado pelo campo da memória.
A diferença fundamental entre o cérebro do homo sapiens e corpo comum de qualquer animal. Outros corpos não são politizados, desconhecem as realidades significativas, devido a não existência da memória.
Motivos pelos quais reflete Merleau-Ponty, o homem no mundo, como produto da razão intelectiva, relação de sujeito-objeto, diferentes dos demais corpos não racionais.
As ações dos mesmos conhecimentos significativos, mecanismos de processos sistematizados realizados por sustentações epistemológicas.
As relações móveis perceptivas no mundo da arte representativa, a mobilidade reflexiva. Amplificações de sentidos, o corpo se movimenta pela visão da complexidade das relações de memórias sustentáveis.
O corpo só poderá ser compreendido com olhar da memória, o cérebro determina a funcionalidade do referido pela efetivação do mundo ideológico. A única questão do mundo refere-se às interpretações, quando o sujeito não tem como ser objetivo. Schopenhauer.
O corpo é a percepção do cérebro, operação expressiva da imaginação, as complexidades das significações.
O corpo tem que ser entendido no todo, o mundo reflexivo sustentável na memória, o que pensa o que se vê e o que se define como produto. A significação instaurada no entendimento fenomenológico das coisas, Ponty.
Com efeito, analisa Marx, o reflexivo é a materialidade do espírito, não como lógica hegeliana, o mundo é repleto de significações. Entretanto, são alienações das relações, compreensões não reais do corpo, o mundo artístico não deve representar tais ilusões, o esforço epistemológico da arte.
Portanto, o enigma é o corpo reflexivo, móvel, construindo as experiências vividas o sentido que damos as coisas do mundo, o mundo cheio de significados.
O corpo não está aquém das coisas, muito menos ao meio, a parte apenas visível.
A ilusão de si mesmo, por meios das visões obscuras das realidades significativas, as cegueiras do mundo. Nietzsche.
O corpo a realidade de suas ideologias, dos enganos, suas metamorfoses, ação do conhecimento, processos das coletividades incompreensíveis em suas relações complexas.
A experiência de vida torna-se entendível pela razão, a arte como obra inacabada, o enigma do sujeito, o objeto entrelaçado pelo mundo da experiência perceptiva. Bachelard.
Foucault critica à ideia conservadora do sujeito, contra a dominação do mesmo pela alma do espírito ideológico. As contradições implicativas dos mundos presentes na espiritualidade contemporânea.
A vida transformou-se em vítima do liberalismo, entendimento significativo das relações sociais, a vida é atacada pelo mundo político, que remete a moralidade do poder.
A governabilidade a respeito dos sujeitos.
Foucault imagina o saber produzindo o poder, a mecanização do corpo subjugado ao mundo das relações produtivas, a arte como representação do mundo.
Não existe a relação do poder sem a constituição do corpo, da linguagem sem a memória, do mesmo modo as significações diversas. O que significa no mundo prático das instituições na relação da produção do saber está no jogo de forças pela luta do poder econômico, Karl Marx.
O poder político é o mundo institucionalizado da repressão, não existe mundo político sem a dominação do corpo, mesmo que seja relativamente, o corpo é a força produtiva das ilusões, mediada pelas significações imaginativas da razão.
As instituições culturais produzem o mundo representativo das dominações as relações de forças, cuja objetividade e luta constantes entre os corpos, no desejo do controle das ideias e no estabelecimento das relações políticas por meio do Estado. Marx.
O espaço da determinação do corpo como sujeito subserviente ao seu domínio, o mundo artístico representativo é afirmação de tais continuidades dos corpos e a negação pela realização da arte construída, pelo sujeito memorial crítico, legitimidade e destruição das imaginações prejudiciais a liberdade da construção participativa da lógica de uma memória libertadora.
Edjar Dias de Vasconcelos...