Razão da emancipação.

Razão da emancipação.

A racionalidade crítica é fundamental para o mundo contemporâneo, por meio da razão o homo sapiens formula o projeto de emancipação, que antes de ser filosófico é necessariamente político, impregnado em um novo olhar da sociedade política.

A razão não se liberta metafisicamente Foucault, muito menos intuitivamente Adorno, é uma construção política da sociedade produtiva, corresponde metodologicamente ao materialismo histórico e dialético, da destruição da velha razão, superação pelo menos em parte do iluminismo, como lógica do liberalismo econômico Luckás.

A Filosofia é o instrumento epistemológico, na reconstrução da razão, sua definição na perspectiva da existência humana não mediada pela alienação.

No entendimento de Bachelard, os significados dos obstáculos de uma razão reconstruída epistemologicamente.

Retardamentos incrustados na epistemologia apresentados como focos conservadores de velhos sistemas sintéticos, os apriorismos lógicos kantianos.

Impossibilitando novas valorizações hermenêuticas. A luta permanente entre os paradigmas de tempos históricos e ideologias distintas. Impõem-se causas da não emancipação. As denominadas experiências do senso comum.

O corpo é de certa forma a produção intelectual do cérebro, o referido significa o mecanismo cognitivo na memória, o mundo neurônico da produção da mente e da linguagem, Antonio Damásio. O homem é o resultado da sua produção memorial.

O que pensa Habermas, a Escola de Frankfurt, Adorno e Max Horkheimer, a respeito da razão cognitiva, contraria a razão instrumental, massificada como instrumento de dominação em defesa do liberalismo político.

A existência de uma razão como instrumento não lógico, com a finalidade de levar o comportamento humano ao cativeiro.

Justifica-se, portanto, a Filosofia instrumento epistemológico em auxilio a fenomenologia. As representações significativas dos novos sujeitos, fenomenologia reconstrutiva Ponty.

A linguagem filosófica como instrumento de fundamento surge da reflexão materializada na linguagem e ação da razão reconstruída, Foucault no entendimento do corpo como mecanismo de escravização de um determinado modelo político econômico, a forma do Estado produtivo.

A linguagem como procedimento metodológico, a Filosofia da razão histórica e, dialética reconstruída objetivando o modelo de Estado coerente com ação da emancipação, comunicação pelo mecanismo processual da cognição epistemológica, a Filosofia analítica reconstrutiva na axiologia de Habermas.

Para escola de Frankfurt, como demais autores, entre eles: Bachelard, a dialética da razão construída na perspectiva do conhecimento aproximativo.

Foucault a razão crítica como instrumento de entendimento para emancipação do corpo, no entendimento de uma razão prejudicada pelos instrumentos ideológicos da memória.

Morin a teoria da complexidade a razão não pode ser particularizada, parcelada, teoria da dialética dos opostos, a epistemologia tem que necessariamente conhecer os múltiplos fatores, na construção da razão da emancipação. A linguagem não pode ser um fenômeno a serviço da dominação.

A razão é o grande mecanismo, para a sociedade dispor de pressupostos com a finalidade de compreender seus antagonismos, na solução de relações políticas problematizadas.

O que significa para os diversos autores, das epistemologias reconstrutivas, do mesmo modo as fenomenologias dialéticas não idealistas, como o modelo Hegeliano, caso específico, contrariamente, a fenomenologia de Ponty.

Objetivo de destruir certas razões não é acabar com a razão, por meio do agnosticismo.

Entretanto, possibilitar pela crítica reconstruída por diversidades lógicas, fundamentadas na dialética do materialismo histórico. Karl Marx.

A Filosofia como instrumento da análise cognitiva, na razão emancipadora, possibilita ao desenvolvimento da elaboração dos consensos fundamentais, na forma de atuar no mundo, com a objetividade do desenvolvimento do modelo político da emancipação.

Nessa perspectiva que se entende a arte, fruto de uma razão elaborada, instrumento analógico de transformação, não se entende o valor artístico desvinculado da razão crítica em beneficio de uma razão que escraviza a serviço de modelos excludentes.

A razão cognitiva tem como obrigação metodológica, a formulação da criação processual contra as razões de lógicas de instrumentalização, Habermas, Adorno e Horkheimer.

Foucault, o corpo como instrumento da razão instrumental ideológica, Morin diz não se liberta de um modelo cultural perverso, sem a reconstrução política da razão dialética crítica.

Com efeito, é necessária a reconstrução da razão, a Ciência não será emancipada, do mesmo modo o cidadão como a velha razão, produto da Filosofia Iluminista ligada aos interesses do Estado liberal moderno, como a renascença foi apenas uma razão intermediria entre os dois momentos: antigo e novo Regimes.

A nova razão, que superará os estágios a serviço da formatação do liberalismo econômico, Escola de Frankfurt, Eclipse da Razão. Com efeito, a memória crítica precisa ser compreendida antes de tudo, como disposição revolucionária.

Os sujeitos cognitivos na razão reconstruída precisam pensar e agir, com obrigatoriedade de superar ideologias conservadoras de tempos históricos distintos.

Superando conceitos ultrapassados, justiçadoras de procedimentos substanciados em mecanismos reacionários, que não servem a racionalidade de nossos dias.

Portanto, é fundamental reconstruir a razão, na perspectiva dos interesses técnicos, cujos objetivos necessários serão sempre na defesa do fundamento da emancipação.

A Arte tem que necessariamente de ser entendida e trabalhada como fundamento do momento histórico em tal perspectiva.

Muito bem pensado e elaborado por Thomas Kuhn, na reformulação da razão como fenômeno de emancipação, explica-se a revolução da razão revolucionando o campo cientifico.

As ciências desenvolvem nas superações das velhas tradições, desse modo quando a razão serve a um modelo de opressão, determinada sociedade política, na construção de um novo paradigma.

Encontra-se o caminho epistemológico para reconstrução da razão de emancipação, modelo aplicado ao campo artístico, como interdisciplinarmente, as demais Ciências Humanas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 30/09/2014
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