Romantismo Portugues.

Romantismo Português.

Produto de ideologias políticas e econômicas resultadas da criação do Estado Moderno, influenciado pela Revolução Francesa e Revolução Industrial Inglesa.

Nascimento do pensamento liberal atingindo não só todos os campos da política como também relações sociais. Superação da sociedade antiga e as regras clássicas.

A valorização da razão em desprezo das emoções, novas expressões manifestadas pela literatura. Desse modo o romantismo inaugura o novo modo de ser em toda a Europa e consequentemente em Portugal.

Comportamento humano romântico formulara-se pelo sonho. O devaneio na perspectiva da racionalidade subjetiva diante das coisas e do mundo.

O pensamento romântico português não é apenas o mundo que pode ser verificado, antes manifestado, entendido através do próprio sentimento. O modo cultural que atinge, sobretudo, a burguesia nascente.

O significado do comportamento é o sentimento. O romantismo procura formular um olhar melhor direcionado em defesa do eu lírico, prevalecendo os aspectos melancólicos na expressão solitária e nostálgica dos procedimentos burgueses.

O ideário romântico compreende o mundo subjetivamente, valorizando a sentimentalidade, desconsiderando as atitudes clássicas ligadas ao regime político anterior.

A vida não é mais determinada pela lógica passada, comportamento da nobreza, visão teocêntrica de mundo. Inicia-se nova ideia de antropologia humana, fundamentada no antropocentrismo, relações econômicas entre burguesia e proletariado.

Enfim, o ideal romântico tenta colocar o universo que presenciamos de forma subjetiva sendo a expressão da significação sentimental. O mundo não precisa ser objetivado por leis conservadoras e castradoras.

Portugal, produto de dois fatos fundamentais, marcaram profundamente a Europa, metade do século XVIII, determinando novos padrões comportamentais.

Nas Revoluções Francesa e Industrial a sociedade sofrera profunda transformação, abolição da monarquia, retirada gradativamente da nobreza do poder político, estabelecimento do Estado Moderno e prevalência da Filosofia Iluminista.

A aristocracia foi perdendo poder econômico e político e, aos poucos, por meio da Revolução Comercial.

Posteriormente acontece a Revolução Industrial criando novo Estado, superação do Antigo Regime. Os dois poderes, econômico e político, passaram às mãos da burguesia nascente.

Entre as figuras importantes da literatura portuguesa destacamos Almeida Garrett o qual é obrigado a exilar-se na Inglaterra. Em contato com obras importantes inglesas, ao mesmo tempo presencia o romantismo do país em referência influenciado, sobretudo, pela literatura de William Shakespeare.

Garrett escreve a narrativa de Camões, fundamentada na epopeia Os Lusíadas. O que revela a natureza sentimental de Luís de Camões é o espírito nacional português.

Trabalho considerado pela literatura como introdução do Romantismo em Portugal por apresentar sinais que caracterizaram posteriormente o espírito romântico.

Desenvolvimento da poesia com versos decassílabos, termos técnicos ligados ao mundo subjetivista, comportamento nostálgico, melancolia e a articulação dos gêneros literários.

O romantismo foi entendido como nova forma de expressar as diversidades dos problemas da vida, contrário à visão da sociedade superada correspondente ao Teocentrismo.

A Escola procurava obter a mais absoluta liberdade na processualidade criativa repudiando as formalidades clássicas. Com a ascensão da burguesia ao poder nascera a valorização da escrita. A cultura ensina passando a ser valorizada a profissionalização acadêmica.

O homem torna-se romântico, introspectivamente. Seu eu como fonte indelével, o mundo lírico fluindo ao melancólico substanciado no amor, às vezes com exagero chegando à própria morte.

O homem tinha como perspectiva a natureza e a mulher, sendo a última referenciada e vista como divina, sonhada, desejada, mesmo às vezes não atingível, mas sempre a razão da existência masculina.

O homem quando perdia a mulher de seus desejos, sentia-se infeliz. A vida transformava-se em frustração, o romântico entrava em crise, constante devaneio chegando até ao suicídio.

Para suportar os anseios e o lado dramático da vida procurava fugir da realidade fazendo uso do escapismo, a natureza como mecanismo de proteção sendo a mesma quem o amparava em situação de desespero.

Às vezes procurava pela obscuridade buscando ambientes fúnebres. As desilusões com a vida e com a afetividade levavam a pessoa à morte como válvula de escape, sendo essa parte do cotidiano da poesia romântica portuguesa.

Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/09/2014
Reeditado em 17/09/2014
Código do texto: T4963940
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