Romantismo Alemão.

Romantismo Alemão.

Movimento literário de caráter político que se fundamentou, filosoficamente, no período histórico correspondente ao século XVII, sobretudo, na Alemanha, mais tarde atingindo continente europeu em sua totalidade.

Teve como propósito renovar as raízes culturais do processo civilizatório, contrariando a razão cartesiana resultada, naturalmente, da Filosofia Iluminista.

O racionalismo tinha roubado do mundo o encantamento retirado do cenário histórico a mimética vinculada ao sobrenatural.

Diante de tal contestação restou à juventude alemã uma revolução epistemológica, na procura coerente do desbravamento do universo desconhecido voltando ao entendimento do inconsciente e as compreensões particulares.

Entendia com veemência a natureza, o tempo histórico, as condições econômicas. O mundo seria transformado com a nova realidade proveniente da Revolução Industrial, substancializada na sociedade de classe.

A grande crítica desenvolvida pelo romantismo alemão, a imagem do novo homem não era mais entendida como produto da razão iluminista.

Podemos dizer que o romantismo daquele período estava profundamente articulado com o sentimento humano, com o desejo místico, sobretudo, com a defesa da natureza.

O homem tinha sua essência íntima valorizada, o romantismo definia-se o mesmo na perspectiva da arte interpretativa.

Não credenciado, ao menos, em parte, ao movimento anterior à Filosofia Iluminista, a transição da superação do velho Regime ao novo, mudando, substancialmente, o modo produtivo de feudal à iniciativa privada.

Romantismo alemão foi formulado por August e Friedrich, o famoso poeta Novalis, pelo autor da Arte dramática Ludwig Tieck, a Filosofia como Ciência do fundamento. Todos esses intelectuais usavam como difusão do romantismo a revista Atheanum, 1797.

O movimento atingiu toda Alemanha abrangendo a poesia, a literatura com a participação de Goethe e Schiller. Na música, o compositor Beethoven.

O romantismo entendia que a Ciência não era por natureza exata, sendo que a mesma realizava-se com erros e acertos.

A realidade entendida na sua complexidade ofertava ao homem múltiplas complexidades. Os fenômenos não poderiam ser entendidos em suas particularidades. O fato fenomenológico sofria variações na perspectiva das análises individuais.

Portanto, o romantismo, um movimento revolucionário, superou conceitos tradicionais. O sujeito poderia desenvolver a interpretação do mundo levando sempre em consideração os limites da lógica racionalista.

A Escola literária criticava, essencialmente, o paradigma da razão cartesiana, privilegiando o discurso, possibilitando que outros agentes desenvolvessem também seus entendimentos.

Portanto, desse modo o romantismo entende como obra de Arte a compreensão filosófica, o fundamento científico, favorecendo no conjunto das reflexões epistemológicas.

A análise não é formulada por um campo monopolizador, a epistemologia aberta à complexidade do discurso.

O romantismo alemão desenvolveu sua própria racionalidade na defesa da valorização do saber epistemológico, na perspectiva da desenvoltura no momento histórico da Revolução Industrial.

Os românticos se valem da arte para engendrar seu próprio mecanismo de conhecimento e de evolução do humanismo.

Possibilita um campo amplo na definição do autoconhecimento, pronto para o entendimento em sua suas variáveis, na introspecção dos sujeitos independentes.

Em síntese, a realidade política e literária faz uma trajetória essencialmente materialista e racional numa visão romântica da realidade.

Encontra na natureza a fonte da unidade para a formulação construtiva do conhecimento em defesa do entendimento do discurso que, anteriormente, fora vazio e sem grandes significações, a não ser na defesa principiante do capitalismo.

Edjar Dias de Vasconcelos...

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 11/09/2014
Reeditado em 16/09/2014
Código do texto: T4958287
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