Palavras e coisas.

Palavras e coisas.

Michel Foucault.

Magnífica obra formulada pelo filósofo Michel Foucault, cuja finalidade epistemológica é refletir a respeito do limite da antropologia.

Substanciada em uma suposta unidade do pensamento como se tivesse caráter de universalidade, o que não corresponde com a realidade do saber elaborado.

Critica a possível natureza humana, como se o homem fosse definido a partir de uma essência específica.

Sendo que o homem se compõe de naturezas diversas e históricas, indeterminadas pelo tempo e formuladas por ideologias, não por uma substancialidade naturalmente específica.

O que significa que o homem é uma invenção, arqueológica, histórica. Entretanto, melhor entendido modernamente, cheio de ambiguidades, com tempo determinado condenado ao desaparecimento, pela superação dos paradigmas culturais.

Modelado pela perspectiva do recuo a sua origem, como uma sombra do seu pensamento construído e determinado pela natureza da sua finitude.

O que é fundamental ao entendimento é a natureza da instabilidade do homem, como objeto das ciências humanas e ao mesmo tempo sujeito epistemologia das filosofias.

Preso a um terreno movediço inconcluso pela sua própria lógica, o que não é possível de ser compreendido na sua complexidade.

Análise da antropologia humana por meio de conclusões observáveis na investigação de Foucault, tributáveis pela história da arqueologia praticada por meio da concepção da episteme.

O pensamento expressado pela linguagem como mecanismo construtivo do saber operacionaliza o estabelecimento da simultaneidade, estabelecido por diferentes ordens a diversidade do pensamento sistematizado.

Foucault diagnostica por meio da Filosofia, traçando sua arqueologia da consciência no entendimento das palavras e das coisas.

Sua epistemologia do saber consiste metodologicamente, mostrar que o homem e o mundo das suas significações, meras invenções, recorrentes a procedimentos ambíguos.

Posto que homem seja por sua natureza, como objeto de análise empírica, ao mesmo tempo que é objeto, também sujeito, numa relação dialética por princípio incluso, motivo das diversidades de fundamentos.

Como produto das ciências elevado a uma condição de sujeito transcendental, o que operacionaliza aos tempos devidos, numa condição possivelmente de um sujeito transcendental aquele que tem como obrigatoriedade, o tempo histórico, mesmo sendo produto e sujeito ao tempo.

As diversidades de epistemologias formulam em ambiguidades na impossibilidade de postular sua unidade, motivo pelo qual o homem é diverso pela sua essencialidade.

O que é importante a ser refletido, em palavras e coisas. A invenção do homem, sobretudo, na idade moderna, determinado politicamente pela filosofia iluminista.

Determinando a consciência humana, cheia de multiplicidade e ao mesmo tempo dispersa por uma razão multifacetada, não objetiva, frágil na sua constituição por fundamento indeterminado.

O que significa uma razão múltipla e dispersiva, sem substancialidade conclusiva, o saber é o tempo e o parcelamento da sua historicidade.

Através da ciência busca objetivar a compreensão lógica dos procedimentos compreensivos, mas pela natureza do fundamento das coisas e palavras, na construção do pensamento, além de ser apenas o reflexo do momento, por outro lado, o fragmento movediço da dialética, como entendimento das lógicas diversas.

Ao contrário, essa invenção recente do homem, na ordem do saber, é inseparável de sua múltipla e iminente dispersão em razão da frágil constituição das coisas.

As palavras são extensivas às ciências que buscam objetivá-las: as ciências inapreensíveis ao entendimento epistemológico do saber.

Portanto, conhecer é apenas aproximar, na substancialidade do momento histórico, a linguagem não se estende ao futuro, apenas as pressuposições do presente, na incompreensão nas naturezas fundamentais das coisas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/08/2014
Código do texto: T4930637
Classificação de conteúdo: seguro