BUMBA MEU BOI

Bumba meu boi

De origem muito antiga, esta manifestação do folclore

brasileiro, parece que surgiu no Ciclo do Gado, no século

XVII, quando ele foi valorizado nas terras do Nordeste.

Lembra, às vezes, os autos medievais com cenas místicas

entre o bem e o mal... Sendo o boi como uma figura forte,

companheira, resistente, obediente, etc., os participantes

cantam e dançam num ritual resultante de um sincretismo

de culturas e religiões, onde agradecem graças alcançadas

assim como renovam pedidos ao boi ( figura mitológica).

O boi como principal personagem deste imaginário faz

parte de diversos enredos e o mais lembrado foi quando o

casal de escravos Nego Chico e Catirina mataram um boi da

fazenda do senhor de engenho que furioso queria vingança

e a ressurreição do animal. Catirina, grávida desejava comer

a língua do animal numa superstição que se assim não fosse,

seu filho nasceria com a cara da língua do boi, então o Nego

Chico atendeu o seu pedido.

Elenco à fantasia:

O boi (o principal) – chamado Miolo, com vestes variadas em

cada lugar, salpicadas de paetês, lantejoulas, cores, brilhos...

O Vaqueiro – ao lado do Caipora (figura da mitologia tupi).

O Senhor do engenho – dono da fazenda e do boi.

Os Músicos – com ritmos e diversos instrumentos formam

a banda musical.

Nego Chico e Catirina –casal de escravos ou trabalhadores

rurais (dependendo do enredo).

Essa festa popular persiste em menor intensidade, mas traz

sempre no seu bojo, memórias das relações conflituosas entre

o indígena, o europeu e o africano, ou seja índios, senhores de

engenho e escravos negros.

Haley Romario
Enviado por Haley Romario em 20/07/2014
Código do texto: T4889549
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