CULTURA & LEITURA

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.

Bill Gates

A língua latina é mãe da palavra “cultus”, que significa cultura, ação de cultivar, criar alguma coisa, inclusive é um termo que aparece na terminologia da agrícola quando se fala em agricultura e suas culturas, como por exemplo, em cultura do café, cultura canavieira. Por outro lado, em ciências humanas, o termo cultura tem outro significado, abrangendo dois sentidos: o subjetivo e o objetivo. Assim, no sentido subjetivo quer dizer que conota a idéia de que uma pessoa tem um alto grau de desenvolvimento intelectual, de criação e de saber, isso é cultura. Assim como no sentido objetivo, o termo cultura quer dizer que se refere ao conjunto de criações pelas quais o espírito humano marcou sua passagem ou presença na historicidade loca, regional, nacional e internacional, representadas tais criações pelos acervos dos machados de sílex e das grafitas das cavernas da pré-história, a invenção da aviação e da internet, por exemplo. E isso envolve também o que chamamos de cultura popular, o que não quer dizer que seja uma espécie de cultura em segundo plano e ou desvalorizada, apesar de não pertencer a alguma grupo e ou paradigmas culturais de cultura Greco-romana e ou cultura clássica. Então cultura popular significa: descobrir, desenvolver e valorizar as criações emanadas e espontâneas do povo, onde principalmente, no que se refere às artes e ao folclore de todos os sentidos da palavra. O que vale afirmar de que a cultura popular não é uma cultura inferior a qualquer outro tipo de cultura, temos a responsabilidade de democratizá-la no sentido de exaltar e elevar o povo a um nível de desenvolvimento e de reconhecimento, no sentido de participar ativamente e cada vez mais dos seus valores inventivos da cultura de nossos dias e ou da modernidade. E até porque Voltaire menciona que “a leitura engrandece a alma”.

Em termos literários, a única maneira de adquirir cultura é através de leituras de autores diversificados para estrumar as idéias e o poder da criação e da recriação de novos paradigmas culturas. Devemos criar o interesse pela leitura e leitura de obras que envolvam os nossos interesses pessoais para que aconteça uma evolução significativa do que presenciamos em todos os sentidos em nossos dias. Devemos sempre ler bons livros e de autores diversificados, que tenham visão de mundo diferente do que já conhecemos. Como dicas de leitura, podemos, por exemplo, citar: a obra de Vera Rita de Mello Ferreira, denominada de “A CABEÇA DO INVESTIDOR”, com 240 páginas, publicada pela Editora Évora, onde pela simples leitura temos conhecimento e emoções suficientes para aprendermos investir melhor nossas economias pessoais e até empresariais. Trata-se de uma viagem reflexiva sobre a racionalidade humana, pois, a escritora quer evitar que as pessoas, enquanto investidoras, levadas pela emoção, acumulem prejuízos em seus investimentos. É uma boa leitura, de fácil compreensão, tendo em vista sua ampla experiência profissional no ramo da psicologia econômica, fazendo uma reflexão racional sobre quem quer sobreviver no mercado de aplicações como investidor e enfoca ainda, assuntos como bolhas, emoções, valor, precificação, mercado financeiro e macroeconomia emocional. E assim sendo, René Descartes, tem razão de sobra ao afirmar que “a leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados”.

É um fato de que a Psicologia Econômica na realidade existe que a humanidade a conheça ou não. De modo que “a leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exatidão”, ex-vi a visão de Francis Bacon. É uma realidade que devemos ter ciência e conhecimento próprio sobre o parar para pensar, antes de tomarmos quaisquer tipos de decisões no que se refere ao comportamento econômico nacional e internacional. Tudo neste setor viver em cadeias, quando algo acontece de errado em qualquer parte do mundo, isso reflete imediatamente em todas as economias continentais, direta e indiretamente atinge todas as pessoas economicamente ativas e inativas do Planeta Terra. É um bom exemplo de adquirir cultura através da leitura e ter entendimento capaz e sólido para puder fazer um investimento racional em sua economia pessoal e profissional, para evitar o que Mário Quintana afirma que “os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem”.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 12/12/2013
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