Abaixo o purismo linguístico (I)

Quando se forma uma nova nação na qual a língua oral, trazida da mãe pátria e sob os falares regionais em ondas, ora sucessivas ora concomitantes,ainda não desenvolveu uma norma geral linguística, soberana e nítida na língua escrita,que, trazida com o transplante da cultura se torna a materialização do ideal da unidade linguística dentro de um Estado,especificamente, o nosso, onde há pouco houve a tentativa de cortar os laços da nossa língua, com a tradição portuguesa, a fim de fazer surgir o novo padrão escrito.Estamos enraivecidos com a maneira abrupta de quererem nos convencer da grande burrice porque falamos: nóis vai,nóis come,agente somos, mas o que importa é a comunicação.Se o falante consegue transmitir uma ideia e o outro a interpreta e dá o recado,por que não?Mesmo em se tratando apenas do vocábulo “presidente”. Algum abestalhado inventou tamanha bobagem! Em todas as gramáticas que se originaram na Filologia sempre estudamos na categoria gramatical “Substantivos” e na classificação,entre tantos, os, substantivos uniformes, que se falamos ou escrevemos o mesmo vocábulo,tanto para o masculino, como para o feminino, apenas diferenciamos, pelo acréscimo do artigo:o,a,antecedido e esse seria classificado como “substantivo comum de dois gêneros”.Por que passou a valer mais essa corruptela com o uso de “presidenta”?Sabemos que nossa língua é a mais cheia de nós para emburrecer a cada dia que passa nossos estudantezinhos. Nossa presidente não é para sempre. Mas, simplesmente está presidente. Talvez quem a induziu a mudar a terminação do vocábulo não saiba disso ou talvez se enganou com o cabeça, a cabeça.( O cabeça da safadagem e cabeça,uma parte do corpo humano)Variação de sentido, significado diferente não tem nada a ver com presidente macho,presidenta fêmea,não acham? Lamento muito, mas com tanta mazela para ser tratada e resolvida,se prendam a esses pequenos detalhes que nada tem a ver com o peixe!
Maria Augusta da Silva Caliari
Enviado por Maria Augusta da Silva Caliari em 19/09/2013
Reeditado em 10/12/2015
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