Coragem pra amar
Talvez uma característica peculiar do ser humano é o ato de amar – nutrir bons sentimentos por outra pessoa, sejam eles racionais ou não. Um desejo de fazer o bem, de sentir-se feliz quando esse amor é correspondido... Mas nem sempre isso acontece – quando despertamos interesse por alguém e essa pessoa não está disposta a retribuir, o amor pode se transformar em ódio, culminando com a frustração e desejo reprimido.
Geralmente, os mais novos idealizam o par perfeito – um príncipe/princesa encantado(a), vistos somente em filmes e desenhos. Quando mais adultos, percebemos que a realidade é outra – não que devemos gostar de qualquer pessoa, mas sim daquela que mais se parece conosco, principalmente no que se diz respeito a gostos, preferências, ideais etc. Este negócio de que opostos se atraem é balela!
Com o tempo aprendemos que não existe relacionamento perfeito, sem problemas, conflitos e desavenças – não que isso seja inevitável – mas estar com alguém implica renunciar diversas coisas, pois nem sempre as decisões irão agradam ambos igualmente. Por isso é necessário muita paciência, tolerância e acima de tudo respeito. Uma relação saudável é permeada por dedicação, cumplicidade e companheirismo.
Homens e mulheres buscam parceiros a fim de complementar sua felicidade, além de unir forças para conseguir algo que talvez não alcançariam sozinhos. Quando a união tem outro propósito a não ser o bem comum, ela pode se tornar uma tortura para ambas as partes. O ser humano foi criado para evitar a dor e o sofrimento, não para ser objeto e escravo dele.
Em suma, o ato de amar alguém exige coragem, disposição e acima de tudo, honra, pois de nada adianta assumir um relacionamento se as atitudes provam ao contrário – fala mal da pessoa com quem está, não a respeita e acredita que está lhe enganando, quando na verdade não consegue esconder de si mesmo a verdade e a frustração enquanto pessoa, incapaz de assumir compromisso e honrá-lo.