A cultura se manifesta
A CULTURA SE MANIFESTA
Delasnieve Daspet
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Sexta feira passada, no restaurante Via Imperatore, na Rua da República, 509, Cidade Baixa, em Porto Alegre, estiveram reunidos vários formadores de opiniões da cultura brasileira, com participação das entidades Academia de Letras do Estado do Rio Grande do Sul, Academia Gaúcha de Letras, Academia de Letras e Artes Castro Alves, Casa do Poeta Brasileiro, Casa do Poeta Rio- Grande do Sul, Jornal RS Letras, Instituto Cultural Português, Academia Sul-Brasileira de Letras, Paternon Literário, Representação da Associação Internacional Poetas del Mundo no Rio Grande do Sul e a Associação internacional Poetas del Mundo, e, os escritores, poetas, artistas plásticos, professores universitários, jornalistas, músicos, juristas, entre os quais, José Moreira da Silva, do constitucionalista Sérgio Augusto Pereira de Borja, Avelino Collet, Joaquim Monks, Andrea Jeronymo, Suzete Sózinho, Ilda Brasil, Izabel Eri Camargo, Eveline Silveira, Carlos Atahyde de Lima Alves, Delira, Edinaldo Silva, Luis Ramos, António Soares, Salete Jacques, editores Milton Pantaleão da Alternativa e Rossyr Berni da Alcance; e da poeta sul-mato-grossense Delasnieve Daspet que preside a Associação Internacional Poetas del Mundo.
Com tantas cabeças pensantes percebemos que a vontade de todos deságua num só desejo, o mesmo dos jovens que foram às ruas, ou seja, mudanças. O foco são as mudanças, e, para que isso seja possível, temos de abraçar a mobilização dos jovens pelo país. Eles já estão influenciando nos rumos da política nacional.
E, a cultura não pode ficar de fora de tão importante momento. A hora é agora. A participação da classe considerada " pensante " ajudando e apresentando soluções aos problemas nacionais é imprescindível.
Temos de estar presente nas manifestações sabendo que teremos no bojo os infiltrados de direita, de esquerda, do governo, de partidos que se julgam alijados, repressão, agressões, e, até dos baderneiros... em todos os movimentos essas correntes estarão presentes. Sempre estiveram. Temos apenas de saber excluí-los.
Precisamos trabalhar para que esse viceje o grito que eclodiu da alma dos que já não suportam mais a situação nacional. Precisamos gritar para que esses gritos sejam ouvidos.
E, os cabeças pensantes presentes na reunião de Porto Alegre, uníssonos, se juntam aos manifestantes, clamando pela necessidade urgente do atendimento as pautas das ruas. A força das ruas, a força das criaturas, obrigará a classe política a cumprir os projetos e propostas que se encontram parados no congresso.
A cultura está em sintonia com as reivindicações da população mobilizada. É preciso que a vontade popular seja observada pelas leis e pelos gestores do poder público. Estamos cansados das ditaduras financeiras, do executivo sobre o legislativo, da exploração dos trabalhadores, da corrupção, da falta de ética e de transparência.
O povo precisa mais do que auxílio-bolsa, precisa de Cultura, que será a porta para todos os outros requerimentos.
Delasnieve Daspet - daspet@uol.com.br
Presidente da Associação Internacional Poetas el Mundo e do Conselho Estadual de Cultura/MS