ÉSTÁ TUDO ERRADO?
 
                                                                           
                                                      É de causar estranheza  que as autoridades  recém empossadas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, em reunião com autoridades federais de segurança nacional, informem com antecipação os dias que a “Força Nacional” vai vigiar acessos ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo, inclusive grandes rodovias, para evitar o tráfico de armas e entorpecentes, para combater o chamado crime organizado no País. Trata-se de estratégia nada convencional, nenhum sigilo e sim praticamente um aviso para os marginais e bandidos acharem, antecipadamente, outras alternativas para agir. Isso é inconcebível e ridículo. A iniciativa deveria ser cercada do máximo sigilo e imprudentemente já mostram as regras do jogo... nem mesmo tática estratégica de operação entre órgãos de Estados da federação.
                                                     Desde que comecei mais ou menos a entender este País, ainda na juventude, via-se aquela tradição – com o sem razão – de se esculhambar o colonizador lusitano. Assim, também, igual fenômeno ocorre em outros paises como nos Estados Unidos diante da Inglaterra,  irlandeses frente os ingleses,  latino-americanos de língua espanhola, com maior ou menor intensidade.Cada povo a seu jeito.Chaves da Venezuela,acho que morreu falando,na “revolução bolivariana”... É um fato sem discussão,  e de duvidosa razoabilidade.  Há, alguma conotação de preconceito e discriminação, forma odiosa de se comportar dentro daquilo que se chama : o politicamente correto.Águas passadas não rodam moinhos...  
                                                     Muito embora, o governo português criou o Brasil como Colônia e realmente tinha aqui  um grande fardo, um problema  de imenso tamanho territorial   do País Continente ante a “terrinha”  de Camões, somos dignamente herdeiros de uma língua primorosa, (oriunda do Latim,  Império Romano), rica , bela,musical, além de usos e costumes europeus,latinos e lusos.Ainda,mais negros,mulatos e índios,somos o mundo que nos olha admirado. Com folclore infinitamente incomensurável dando inveja a qualquer outra nação, sem falar na cultura de que formou a miscigenação racial, advinda dos nativos, dos europeus ,asiáticos, negros,  e mulatos,  hoje estes a grande maioria , conforme estatísticas oficiais do IBGE,são  os mais esculhambados. Os índios não fazem parte desta nação,no olhar de muita gente,por aí.
                                                     O que às vezes causa espécie é a transformação do português como  ignorante e alheado da forma mais abominável, por alguns segmentos do povo brasileiro...guardadas sempre as devidas exceções.  Às vezes, convenhamos,até com alguma razão.Outras vezes sem motivo algum ou qualquer fundamento. Por outro lado,  verdade, ainda hoje são os portugueses responsáveis diretos por tudo o que acontece e ocorre ainda em Angola,na África. Veja a morte de Jonas Savimbi.  Tudo a bem da verdade não ocorre só com  portugueses. Certo estava o jornalista-já falecido- Nelson Rodrigues que em entrevista na TV, dizia entre outras coisas que entre cem mil “chamados normais ”, um só, entre cem mil, tem “bom senso” e “alguma genialidade”.Recorde-se que a clonagem não vem só para os transplantes e para a genética, exclusivamente.  Ainda somos seres inacabados, muito embora se apregoe oriundos e  produtos da perfeição divina.... Só para confirmar o que disse Nelson Rodrigues –embora chocante- o caso da febre amarela no Rio x Oswaldo Cruz, em fins do século XIX. Tudo por causa de uma vacina. Houve revolta popular no Rio,contra a aplicação da vacina... Às vezes o imbecil está só, é o  caso do desabamento de parte do Estádio do Vasco, via TV e espetáculo ao vivo e a cores ,anos atrás,uma vergonha, quando um tal de Eurico Miranda, recentemente, dizia que “havia condições de continuar a partida”,depois de mortos e feridos... São muitos os exemplos absurdos,mas vamos por aí afora.
                                       A colonização lusa  advinda da família real ao Brasil em 28 de janeiro de 1808, fugindo da invasão francesa, embora Napoleão não era mesmo uma   “flor que se cheirasse”. O velho Corso – de naturalidade  italiana (um orgulho pessoal dos “oriundi” ,  os franceses querem ignorar),comandante  de capacidade intelectual e brilhantismo pelos seus assessores, ( basta citar o Código Civil napoleônico, até hoje está em vigor na terra da Revolução Francesa). Sem querer,  o grande Corso criou um  clima favorável e benefíciou   este País.  Dom João VI chegou  por aqui(fugido) com toda a Corte e ficou lá pela Bahia, de onde começaram a surgir – necessàriamente – providências para que tudo funcionasse melhor, à moda-real. Obviamente, no interesse imediato dos chegantes. Por tabela, os ficantes se beneficiariam a curto, médio e longo prazo. Com a Corte,por aqui, até os serviçais indistintamente, foram beneficiados, no mesmo estilo da  vida e da política européia. Recorde-se, Napoleão ao invadir Portugal ainda a Coroa estava embarcando, apressadamente...  Já se ouvia o cavalgar dos cavalos do  estrategista ítalo-francês.(quer queiram ou não). A máquina burocrática aqui tinha então que ser besuntada. E assim foi. O velho Corso – que realmente teria sido envenenado   (uma tremenda e inominável covardia dos ingleses- medo de  fuga , volta ao poder, até hoje ainda tudo é mistério...) – isto, sempre  causou  grande e profunda comoção pelo cruel anonimato  histórico.Um mistério.   Napoleão  Bonaparte ajudou,   todos nós daqui.Até pouco tempo ainda muitas casas de famílias tinham e cultuavam a memória de Napoleão. Os brasileiros o admiravam. Já com a chegada da família real e séqüitos,  foi criada a Faculdade de Medicina na Bahia, fundada também a  Imprensa Oficial, os portos foram abertos a todas as nações.  Bons ventos sopravam em favor de nossa  pátria.A criação mais tarde, no Rio, do Jardim Botânico,no Rio de Janeiro.Impávido até hoje. Dom João VI era já na época um “ecologista” ou um sábio.  Por outro lado, veio para nós também novos costumes e formas de vida. Muito embora a língua francesa era usada diariamente pela Corte e o povo falava português, afro e  ou línguas  indígenas.(pequenos segmentos). Havia uma miscelânea de línguas. O então poeta Luiz de Camões,caolho, mais conhecido por “Trincas Fortes” era a rigor um estorvo à sociedade,   baderneiro de procissão, um criador de caso. Foi numa procissão,um desafeto, com espada atingiu, um dos  seus olhos). A procissão era e é  muito a gosto do catolicismo  do povo português. O ato sempre é solene a Camões...   perdeu um dos olhos ao brigar com um rival.Duelo- em meio a uma dessas caminhadas religiosas. Imaginem o escândalo, que isso provocou. Camões era um chato e pior, quando fez “Os Lusíadas” – pelos caminhos às Índias, como forma de não pegar “prisão”.   Tornou-se um autêntico “puxa-saco” da Colônia, fez um laudatório em retribuição a favores oficiais, saindo incólume de uma “cana-brava”. Concedeu-lhe a Corte essa fuga...Viajar. Do ponto de vista por aqui  o maior poeta português é o  eterno Fernando Pessoa, cuja obra suplanta a do poeta “caolho” e ganha igualdade com Shakespeare,  ao tentar desvendar a vida, do “ser ou não ser”... Muito conteúdo e lucidez. Mais filosofia  e metafísica do que  “epopéias” da uma comprometida Corte portuguesa. Embora não viajou  como Camões é dele a frase “navegar é preciso”, que Caetano Veloso transcreveu em bela  canção.  Portugal é um dos mais pobres países da UNIÃO EUROPÉIA,  as coisas NÃO vão muito bem por lá...o mesmo com outros países vizinhos.               
                                                              ABSURDO!!
                                                      Um desserviço ao povo e à nação   – recentemente –  fez  a emissora que já foi chamada de “deusa platinada” –  está perdendo o brilho  – a  TV-, (poderosa)  colocou no ar um escárnio de “estória”- não História- que infelizmente, os menos versados pensarão mesmo que Dom João VI- e outros fidalgos- eram  imbecis, trapalhões. Por conseqüência os portugueses, que de lá vieram teriam o mesmo comportamento. A idéia que se passou, erradamente, foi a rigor crítico, que o brasileiro foi produto-genético de uma imbecilidade histórica também, que causa vergonha a qualquer um. Por isso, talvez até alguma falta de conhecimento e respeito de nações e povos lá fora...  Dizem, em Portugal, os brasileiros também sofrem a jocosidade de fatos absurdos que ocorrem por aqui. Uma herança recíproca. O fato mais recente – cômico-trágico- é essa estrada que passa ao lado do Aeroporto Santos Dumont,no Rio de Janeiro, bem na cabeceira da pista. Como a área de decolagem  é muito curta, colocaram na pista sinalização de perigo, aviso,advertência e tudo o mais. Parece brincadeira. A estrada mal projetada e certamente imprópria ao local,ainda é usada – aliada à costumeira desobediência do motorista brasileiro,distraído, mal educado e estressado.  Os jatos- Boeing 737- na alta turbinagem para decolar – já  mataram motoristas que por lá passavam, imprudentes ou desatentos, além de outras vítimas graves.Segundo se apurou ante o deslocamento do ar pelas turbinas levantam o carro a mais de 3 metros do solo e lançam a 10 metros de distância, no momento crítico da subida. . Até quando essa estrada vai ficar ao lado no Santos Dumont, matando gente? Embora se diga que pela via se chega até a Escola Naval. Não há outro jeito? Uma trapalhada fatal. E ninguém resolve!