VIRADA "marginalizada"...
Querem a todo custo e sem qualquer oposição acabar com a já tradicional Virada Cultural de São Paulo. Embora, a mesma neste ano pecasse pela falta de organização, segurança e como sempre, higiene.
Mortes, assaltos, arrastões, brigas, tumultos, se sucederam durante a madrugada de esbórnia. O senador mais Cult do Brasil _ Eduardo Suplicy, foi roubado e logo depois, agraciado com a devolução da carteira, sem o dinheiro; claro.
Havia de fato, um grande número de policiais militares e guardas civis, pelo menos, é o que se observa ao longo do dia, isto no domingo, dando a sensação de alguma segurança. Mas, como proteger os quase 4 milhões de participantes desta edição_ em plena ebulição e movimento.
A Virada é um grande marco na cena cultural paulistana, oferecendo em 24 horas, um vasto e eclético cardápio cultural: música, teatro, dança, circo, cinema, o clássico e o popular em cada esquina desta desvairada cidade que não dorme jamais. Os fatídicos acontecimentos não devem sobrepor a idealização de um evento tão grandioso, deve-se sim; reavaliar todo o cronograma de segurança, disposição dos equipamentos oferecidos, suporte tecnológico ao policiamento, que sem acompanhar de perto os locais com grande circulação, não consegue antever a ação de marginais.
Mas, a cereja do bolo "indigesto", para a maioria das pessoas sensatas, foi a disposição da Prefeitura Municipal, de incluir no evento, o tal Pink Porn, sessões no Cine Dom José, com filmes do gênero; como:Ejaculando Orações: uma prostituta de 15 anos de idade, Escola da Besta sagrada, e Um belo mistério: a lenda do grande pênis, entre outros.
Outro fato aterrador, foi a venda indiscriminada de bebida alcoólica a menores de idade, embora muitos já a trouxessem de casa e o grande número de usuários de droga_ principalmente de maconha, sem qualquer interferência dos agentes policiais.
De resto, retirando-se mortos, feridos e uma juventude desregrada e afoita pela sexualidade... Viva a cultura, irremediavelmente agredida e marginalizada no único dia em que pobres e ricos se tornam iguais.