A morte da tragedia grega; Nossa morte ?

A Grécia Antiga, Transmitiu ao mundo, a sabedoria acerca da ciência e religião. O universo grego era o centro do mundo e o Monte Olimpo na Tessália, era a morada dos deuses de onde regiam a vida dos mortais. Existia um deus para cada ato, cada sentimento dos filhos da Grécia. Ares, senhor da guerra, Atena, da justiça, Dionísio do vinho, etc...

A sociedade grega era sagrada, e o estreito relacionamento com os Deuses, os aproximava da natureza através do culto a duas potencias cósmicas; Dionísio e Apolo, de onde viveriam de forma equilibrada e harmônica.

Dionísio inebriava os homens libertando-os de seus deveres e prosa quotidiana, arrebatando-os de vontade de viver para mais alem. Findo o coro dionisíaco, voltavam a razão Apolínea, Este, deus da arte, equilibrado, mais estético e racional do que, Dionísio.

Era através do culto a estas duas pulsões cósmicas que os gregos viveram seu apogeu, ético, estético e religioso. Foi o inicio da tragédia. A cultura trágica falava sobre o saber místico da unidade entre vida e morte, razão e emoção.

Porem com a dialética socrática que considerava a cultura trágica um amontoado de causas sem consequências e consequências sem causas, Dionísio foi esquecido, o pensamento mítico morto pelo pensamento lógico da dialética socrática (Sócrates, para mim um gênio).

A tragédia morreu e para muitos a própria filosofia também, a partir do momento que o homem se afastou da natureza, perdendo referencias seguras de mundo, de tudo o que era determinismo, linear limpo mas sobretudo, do lado obscuro, caustico e inebriante da vida.

Hoje como estão vivendo as pessoas sem seus lados dionisíacos ativados, apenas marionetes, cumpridoras de deveres cada vez mais prosaicos. Não mais se inebriam de viver, nem buscam Deus, dentro de si ou dos elementos da natureza (arche).

Seriam igrejas, túmulos de Deus? Estariam as pessoas ao fazerem caridade, sendo sinceras consigo próprias? Felizes? Esta resposta só cabe a cada individuo em seu processo evolutivo responder. Mas fica aqui uma reflexão. Não seria melhor cultuarmos Deus na própria natureza, sendo, nós, parte dela?

amanhecer poetico
Enviado por amanhecer poetico em 29/04/2013
Código do texto: T4264614
Classificação de conteúdo: seguro