JEAN GABRIEL VILLIN
(Amiens – França) 28-5-1906 + 5-10-1979 (Porto Ferreira-SP)
Jean Gabriel Villin
Excelente ilustrador das obras literária do seu
Amigo José Bento “Monteiro Lobato”, escritor brasileiro.
Na verdade Jean foi convidado para trabalhar na Fábrica de Louças.
Gostou de Porto Ferreira, e ganhou notoriedade, sendo
Amigos de todos e aqui fincou pé.
Boa gente, o tempo passou, aposentou-se
Recebeu o título de “Cidadão Ferreirense”
Importante dizer que foi o criador do “Marco Zero”, Foi realizada uma
Exposição de suas obras no saguão do (Paço Municipal)
Lendas brasileiras era a sua especialidade. Jean Gabriel
Villin aposentou-se em 1964, fixando residência em Porto Ferreira
Ilustrou a obra de Monteiro Lobato “O Sacy” (1932). Conhecido como o mais
Lobatiano dos ilustradores por seu trabalho “Sítio do Pica-Pau Amarelo”
Lola Carlos Mainardi doou recorte de jornal ao Museu. Do
Imaginário popular, a figura do Sacy saiu da pena do desenhista, e
Nas terras brasileiras ele se consagrou eternizando suas obras de arte.
Texto extraído
NOTICIAS EM QUADRINHOS
Museu Histórico e Pedagógico “Prof. Flávio da Silva Oliveira”
Ao ensejo das comemorações Ao ensejo das comemorações da Semana de Monteiro Lobato, realizada na cidade de Taubaté (SP), nos dias 11 a 18 de abril de 1971, organizada pelo nosso amigo Newton Nebel Santos, publicamos, abaixo, o artigo escrito por Jean Gabriel Villin, autor de inúmeros desenhos dos livros do escritor ora homenageado. Villin, amigo de Lobato, vivendo ainda gloriosamente numa cidade do interior paulista, escreveu as palavras abaixo especialmente para esta seção, a pedido de Newton Nebel. Emociona-nos saber que Villin ainda vive que tem 13 netos e adotou o nosso País com sua segunda pátria.
Eu e Monteiro Lobato
Comecei a ilustrar alguns livros de monteiro lobato lá pelos anos de 1929-1930, se a memória não me falha. Monteiro Lobato estava em Nova Iorque, e J. U. Campos também (estudando desenho). O ilustre escritor gostou do brasileirismo de minhas ilustrações. Tive diversos contatos com Monteiro Lobato; a primeira vez em sua residência na Aclimação, a fim de combinar as ilustrações de seu livro “Reinações de Narizinho”, se não me engano. Ele possuía uma grande sensibilidade artística e, embora deixasse o ilustrador à vontade, sabia perfeitamente o que convinha para seus livros. Após diversos contatos puramente profissionais, vi Monteiro Lobato pela ultima vez quando, saindo da prisão, ele me procurou em minha residência a fim de saber o endereço de um amigo comum: Leo Vaza meu vizinho. A prisão era devido a polemica que manteve com sua verve e mordacidade costumeira a respeito do petróleo brasileiro.
Depois ele entrou na política de onde sairia rapidamente para logo morrer em seguida.
Entrei para a publicidade definitivamente, pois a ilustração até hoje não é compensadora.
Agora, aposentado definitivamente, só pinto e desenho por prazer ou por servir aos outros.
Talvez existam algumas ilustrações minhas na Companhia Editora Nacional: elas pertencem ao Presidente da Cia., Octales Marcondes. Não possuo nenhuma.
Sinceramente, minha produção artística não me envaidece; é uma modesta mais honesta contribuição ao meu País de adotação. Tenho mais orgulho dos meus 13 netos e netas que, com certeza, saberão contribuir como honestos brasileiros para o progresso do Brasil.
Aqui, em Porto Ferreira, estou às ordens, na terra onde Thales escreveu seu livro Saudades, no meio das flores e dos beija-flores. “Há sempre uma cama limpa e um prato cheio.”
As três fotografias (réplicas) das obras do ilustre francês - ferreirense Jean Gabriel Villin recebi do ilustre cidadão francês Sr. Charles Bailarat, que é parente da família, por e-mail, hoje dia 18-2-2013. – T@ngerynus