PAGANDO UM MICO
Por Carlos Sena
Quem comprou um tal de mico e não pagou? Quem por falta de assunto paquerou a abobrinha pra conversar com ela? Quem furou o papo? Quem lavou a égua? Quem furou a peneira para esconder o sol? Quem inventou prego para ser posto em barra de sabão?
Quem no amor não rimou com a dor? Quem de saudades não morreu tarde? Quem de tanta esperança não morreu verde?
Quem e com que arma tentou matar a sede? Quem escondeu os paus da canoa? Quem comeu a outra banda da lua?
De todos os “quem” e outros que não citei como “quem pintou a zebra, quem envernizou a barata, etc.”, o que mais me encafifa é o tal do mico que foi comprado fiado. Na TV artistas não se cansam de rir diante de um “erro” e dizem que “não esperavam pagar esse mico”... Afinal quem é esse mico e o que fez que todos compram e não pagam? Ainda bem que na minha terra ninguém paga mico. As pessoas ficam “de saia justa”, “faltam terra nos pés”, ficam também “sem saída”, cometem gafes, e por ai vão. Essa história do MICO eu não consigo entender a relação. Explico: dizer que um homossexual é frango é associá-lo à fase em que o pinto está passando a galo. Nesse estágio ele canta parecido com a galinha e... Pimba! O galo tenta pegá-lo como se fosse galinha. Dizer que uma mulher homossexual é sapatão, logo a gente faz o link com o sapato do homem que, no geral caça de 40 acima. Dificilmente uma mulher calça acima de 40. Na minha cidade interiorana, as mulheres gays são chamadas também de “pitomba”. Procurei saber do porquê: as mulheres sapatão, no geral andam em bandos, em “cacho” qual pitomba que só dá em cachos. Poderia citar mais, mas esses servem para o que quero não me encafifar com o MICO que o povo compra e não paga... Claro que sabemos o que significa. O que não sabemos é a lógica simbólica do bicho mico que, coitado, deve ter feito coisa feia no zoológico que ninguém tem coragem de pagar...
Por Carlos Sena
Quem comprou um tal de mico e não pagou? Quem por falta de assunto paquerou a abobrinha pra conversar com ela? Quem furou o papo? Quem lavou a égua? Quem furou a peneira para esconder o sol? Quem inventou prego para ser posto em barra de sabão?
Quem no amor não rimou com a dor? Quem de saudades não morreu tarde? Quem de tanta esperança não morreu verde?
Quem e com que arma tentou matar a sede? Quem escondeu os paus da canoa? Quem comeu a outra banda da lua?
De todos os “quem” e outros que não citei como “quem pintou a zebra, quem envernizou a barata, etc.”, o que mais me encafifa é o tal do mico que foi comprado fiado. Na TV artistas não se cansam de rir diante de um “erro” e dizem que “não esperavam pagar esse mico”... Afinal quem é esse mico e o que fez que todos compram e não pagam? Ainda bem que na minha terra ninguém paga mico. As pessoas ficam “de saia justa”, “faltam terra nos pés”, ficam também “sem saída”, cometem gafes, e por ai vão. Essa história do MICO eu não consigo entender a relação. Explico: dizer que um homossexual é frango é associá-lo à fase em que o pinto está passando a galo. Nesse estágio ele canta parecido com a galinha e... Pimba! O galo tenta pegá-lo como se fosse galinha. Dizer que uma mulher homossexual é sapatão, logo a gente faz o link com o sapato do homem que, no geral caça de 40 acima. Dificilmente uma mulher calça acima de 40. Na minha cidade interiorana, as mulheres gays são chamadas também de “pitomba”. Procurei saber do porquê: as mulheres sapatão, no geral andam em bandos, em “cacho” qual pitomba que só dá em cachos. Poderia citar mais, mas esses servem para o que quero não me encafifar com o MICO que o povo compra e não paga... Claro que sabemos o que significa. O que não sabemos é a lógica simbólica do bicho mico que, coitado, deve ter feito coisa feia no zoológico que ninguém tem coragem de pagar...