Eu e ‘os outros’, somos um só

“A verdadeira Caridade consiste não em dar o que se nos sobra, mas em dividirmos com amor, fraternidade e solidariedade o que temos“.

Escrevi isso há algum tempo. Escrevi, pois é o que sinto. Nada que escrevo, o faço ‘por fazer’. Tenho colocado ‘no papel’ (internet) os meus sentires, os meus pensares, os meus pesares, alegrias, esperanças, vontades: enfim, tudo o que sou – na verdade, sou o que escrevo ou ‘SOU QUEM ESCREVO‘, seja poesia, seja prosa ou artigos diversos, mesmo os de cunho político, científico ou jurídico, refletem a essência de meu Ser… TUDO SOU EU.

Sempre que me sento à frente do PC para escrever, as letras aglutinam-se em palavras, estas em frases, que por sua vez, formam parágrafos, estes títulos… e sigo escrevendo, escrevendo, sobre o que possa vir a auxiliar nossos irmãos nesta vida e não só no espaço que ocupamos, como em terras outras.

Há muitos anos fortalece-se em mim a premente necessidade de elevar minha voz em defesa dos direitos do povo em geral.

Ressalte-se que não pertenço a partido qualquer que seja. Sou advogada e uso o conhecimento que tenho adquirido consoante a passagem do tempo e que,em moto contínuo, é meio para tentar melhorar o que for possível em uma sociedade em geral destituída de valores e princípios, cuja ‘política‘ , há muitas décadas , transmudou-se em ‘politicagem’. ”Ética”, com raríssimas exceções, só é encontrada no dicionário.

O Brasil tem passado por situações constrangedoras com o espoucamento de escândalos sucessivos e muitos dos acusados se dizem inocentes, não se importando com as provas mais do que robustas existentes . Imaginam que somos todos tolos…

Nosso Supremo Tribunal, no entanto, revelou ainda haver esperança de um futuro melhor, com o julgamento dos acusados e condenados membros do conhecido ‘Mensalão’.

Por outro lado, sinto-me profundamente triste e indignada ao contatar seguir ocorrendo o que os governos todos têm feito com nosso povo, principalmente nossas crianças e nossos velhinhos (idosos, melhor idade, ou seja lá qual a forma preferida: dá no mesmo…

Os anos passam céleres, nós nem os notamos. Inicia-se um ano e, quando nos damos conta, já chegou o mês de Junho e, como uma lufada de vento rápido, encontramos novamente o fim do ano que acabáramos de recepcionar)…

No entanto, olhamo-nos no espelho e parece que vemos o reflexo da criança que um dia fomos, pois a alma não envelhece, mas pode tornar-se sábia, se nos esforçarmos.

A sociedade de hoje, com sua mentalidade materialista, consumista e descartável, não está tratando com o devido respeito e dignidade os que têm a alegria de viver durante mais tempo, fazendo por vezes, com que esse privilégio se transforme em um fardo por demais pesado.

O fato é que todos têm direito ao respeito. Todavia – e principalmente- essas duas ‘pontas‘ da existência, Seu princípio e seu fim, necessitam de cuidados especiais. Cuidados diferentes, é verdade, mas cuidados: os que suas faixas etárias requerem.

Os governos todos têm sido engôdos intoleráveis, principalmente para as crianças inocentes, os jovens esperançosos e os idosos indefesos. Temos que fazer o que estiver ao nosso alcance para que tal não se repita, pois não podemos permitir o continuísmo de tanta desfaçatez.

Gostaria muito de ver a atual presidenta cumprindo as promessas feitas por seu antecessor – e por ela mesma, quando em campanha. Nosso povo merece – e aguarda o faça.

Neste novo ano que se aproxima, continuemos na senda da fraternidade, da solidariedade, da ternura, do carinho, da amizade.

Arremato: principalmente com amor por nossos semelhantes.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque

Rio de Janeiro. 30 de Novembro de 2012

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