Brincando com as cartas do Tarot
Brincando com as cartas do Tarô
O Louco, cansado da solidão, encarnando no Mago, casou-se com a Sacerdotisa e gerou a Imperatriz... Sentindo-se Pai, adquiriu a autoridade do Imperador e buscou no Hierofante a explicação para as coisas que não entendia, quando então, Enamorado, se deparou com o dilema da escolha: teria de tomar em suas mãos a Carruagem de seu destino.
Estas sete primeiras cartas (O Louco não tem posição fixa...) representa o primeiro ciclo de nossas vivências, e também pode ser comparada à nossa infância, de zero aos sete anos de idade...
Com o destino em suas mãos o Louco tem de se ater com a equidade e a Justiça, e sente-se tão isolado como um Eremita, ao mergulhar dentro de si mesmo para compreender os altos e baixos da Roda da Fortuna...
...sem muita saída o Louco tem de renovar a sua Força interior, ao se ver como o Pendurado, com sua vida de cabeça para baixo: é tempo de renascer pela Morte de todos os velhos paradigmas para que o Louco suba os degraus da Temperança.
Este segundo grupo de sete cartas encerra o segundo ciclo de nossas vidas e pode ser equiparado à nossas vivências desde o término da infância, passando pela adolescência e chegando até o momento em que nos preparamos para a entrada na vida adulta...
Já tendo passado por tantos experimentos, o Louco, vitimado pala arrogância, a arma mais potente do Diabo, vê sua vida despencar da Torre mais alta, da qual desaba em ruínas, desprovido de qualquer proteção...
Nessa queda vertiginosa o Louco tem como guias a sombria Lua (dependente de luz) e a Fulgurante Estrela (produtora de seu próprio brilho) em mais uma difícil decisão de sua caminhada: ao ficar com a primeira o Louco hiberna por longo tempo ruminando seus pesares; com a segunda ele já antevê dias melhores, apostando com vigor no futuro dia que virá.
De uma forma ou de outra, após essa última encruzilhada o Louco se depara com a revigorante Luz do Sol, e depois de passar por um Julgamento interno de todas as suas ações, dele recebe de presente o Mundo, para reiniciar mais uma jornada.
Este terceiro e último grupo de cartas dos Arcanos Maiores mostram os ciclos necessários para que nós (com as vestes d'O Louco) evolucionemos de forma positiva neste nosso Universo de Manifestação.
João Bosco