O Amor
Platão, um filósofo grego disse numa certa ocasião que, “o amor era uma perigosa doença mental”. Não sei sob quais circunstâncias o filósofo fez tal afirmação, mas penso que, ele se referia ao sentimento que invade de forma irresponsável o coração da gente, nos tirando o equilibrio, a razão, nos fazendo perder o sentido e meter os pés pelas mãos. Certamente ele falou sobre essa agonia, vontade de ter a atenção do outro 24 horas, que nos tira o sono, nos faz fantasiar, sentir medo de perder, e que muitas vezes nos impulsiona a fazer loucuras, coisas que vão além de nós mesmos. Isso que muitos chamam de amor, certamente era o que Platão julgava ser uma perigosa doença mental. Concordo plenamente com ele. Amor de verdade faz a gente pensar, refletir, faz bem ao nosso coração, não nos aprisiona, pelo contrário, nos liberta, nos dá coragem, ânimo, nos torna prudentes; não é um sentimento irresponsável, que nos tira o equilíbrio, a razão, pelo contrário, nos move para o bem, nos dá paciência, perseverança. Amor de verdade não se baseia em “beleza, sexo, bens materiais”, porque é preciso mais do que isso pra que possamos nos sentir gente. É preciso amor de verdade pra continuar, pra nos fortalecer, pra nos unir, pra nos fazer querer ficar. Amor de verdade nos estimula a dar o melhor de nós pelo outro, é gratuito e pode até separar, quando julga ser essa a melhor opção. Amor de verdade vem de dentro de nós e pode até nos fazer amar quem não é digno do nosso amor, simplesmente porque amor de verdade não busca seus próprios interesses. Amor de verdade nos convence de que não é preciso muitas coisas para sermos felizes. Agora eu te pergunto, que tipo de amor é esse que você está amando, o amor “platônico” ou o amor “verdadeiro”?
Marina Vertuani em 04/11/2012