POESIA NÃO MUDA APENAS SE VAI LAPIDANDO, ATRAVÉS DO TEMPO.
Desejar que alguém de senso comum reconheça uma poesia em prosa, é como esperar que um leigo em paladar identifique a qual safra pertence um bom vinho, ou da mesma forma, um leigo de olfato identifique a origem, de determinada fragrância.
Todo o perfume e todo o vinho são identificados pela essência. Da mesma forma a poesia se faz essência no exercício dos sentidos, de forma, cada vez, mais globalizada. Digo isso por saber que para chamar algo de inovador, se faz necessário divulgar, de forma a fazer-se entender por um número cada vez maior de pessoas. Se não estou muito equivocada, eis aí uma das propostas do modernismo: “ofertar textos passíveis de entendimento, a todas as classes sociais”.
O poeta, indiscutivelmente é um inovador, mas é nas esquinas do sonho onde encontra a fonte, das incomparáveis inspirações escondidas. Lá está o jazido de onde desenterra as pedras preciosas. O lapidar é um trabalho delicado, é um trabalho de ourives, aonde naturalmente, as mudanças vão ocorrendo sem com isso, mudar a forma da jóia, para que esta seja identificada na vitrine do tempo, através dos diferentes estilos de vida em sociedade.
Portanto a Poesia é algo naturalmente inovador, sem negar formas de linguagem e estética na apresentação dos estilos passados - INSPIRAÇÃO APRIMORADA.
Cler Ruvver
24-10-12