QUEM MATOU MAX?
No Brasil, a primeira telenovela foi exibida em 1965, desde então, o Território Brasileiro produz esta tipologia dramática.
O texto ficcional - telenovela - se rotula como intermediário entre o conto e o romance.
Conquanto, as telenovelas brasileiras, no que tange às exibições no horário nobre global, elas seguem o padrão ditado pela tendência, ou seja, a teledramaturgia pode ser considerada uma “OBRA ABERTA”, em razão do enredo poder ser alterado para ir de encontro com a reação do seguidor novelístico.
Ou seja, o telespectador é peça fundamental para construção, quicá, conclusão dessa modalidade literária brasileira.
Por essa razão, há quem aponte contradições, desvínculos e complicações antes do desfecho.
Porque a fruição dita: - A complicação deve aumentar paulatinamente, sem grande alarde, até saturar.
Em razão disso, quando esta abordagem televisiva se apresenta entediante,
muitos de nós, vamos em busca de outras fontes satisfatórias e focamos no outro para nos manter atualizados.
São imagens psíquicas edificadas no inconciente coletivo, geradora da polêmica.
Pronto! A complicação da AVENIDA BRASIL, atinge o máximo de saturação.
O brasileiro retoma o assento preferido e ávido, polemiza:
Quem matou Max?
Este é o ponto grandioso da trama.
Estamos no clímax.
Identificável como “nó”.
As intrigas foram sendo atadas ao longo do enredo e agora, motivada pelo personagem Max, o Brasil assiste estupefado: Protagonista X Antagonista – Antagonista X Protagonista. Amarradas... Expurgando...
Na semana vindoura AVENIDA BRASIL adentrará numa parte integrante da narrativa, chamada, peripécia.
Peripécia? - Passagem brusca, completa, inesperada de uma situação para a situação contrária, ou seja, o enredo teledramatúrgico enveredou personagens chave para o mesmo espaçotemporal “lixão”, ”noite”.
E agora, todos são suspeitos em potêncial.
O Max morreu!
Bem sabemos - telenovela - é uma invenção, memo assim, precisaremos ser convencidos da veracidade.
Os produtores da trama, serão os responsáveis pelo nosso prazer X desprazer.
O assassino do Max vai atender nossas prerrogativas?
Polemizaremos ao longo da semana.
Exercitaremos nossa relação intelectiva até o desfecho da AVENIDA BRASIL.
Depois, nós brasileiros, iremos vivenciar o amargor, a raiva, o contentamento, a ressaca:
- NUNCA MAIS ASSISTO NOVELA e vamos rejeitar a nova exibição.
A aceitação da próxima telenovela virá lenta e gradativa.
Consequentemente, o Patrimônio Cultural Teledramaturgia, nesse momento histórico chamado AVENIDA BRASIL consolida a Identidade Brasileira como Povo.