DISCOS VOADORES - SUA VERDADEIRA ORIGEM

DISCOS VOADORES – SUA VERDADEIRA ORIGEM

Discos voadores não existem. Entretanto, se incluem no imaginário popular, com base no ditado: a mentira repetida mil vezes, torna-se verdade.

Quem inventou os discos voadores – sem propósito de afirmar que eles existiriam – foi o notável americano Alex Raymond, desenhista de HQ - histórias em quadrinhos - criador do atleta Flash Gordon, ex-universitário de Yale e de sua namorada Dale Arden, na série “Flash Gordon no Planeta Mongo’’.

Publicadas inicialmente em 1933 no New York American Journal, a referida série provocou, de imediato, o aumento de tiragem daquele diário.

Alex Raymond era do tipo apressado; ansioso pela velocidade, ante a lerdeza do mundo no início do século 20. Buscando uma compensação para seu estado de espírito, encontrou em suas histórias interplanetárias, uma forma de ver as coisas sempre rápidas e modernas.

Naquela época, um objeto veloz era o torpedo lançado por submarino. Raymond colocou asas nos torpedos e os transformou em naves espaciais. O seu traço é maravilhoso. Os seus desenhos em preto e branco, possuem sombras acentuadas, lembrando os filmes da época, num vigoroso contraste bicolor. Certamente pensava em tecnicolor mas o jornal era impresso em preto e branco...

Vendo em funcionamento uma daquelas piorras que zunem girando em alta velocidade, Alex Raymond criou uma esquadrilha de piorras voadoras girando sobre si mesmas, ao mesmo tempo deslocando-se em alta velocidade e projetando luzes mortíferas. Esses “discos voadores” saíram dos reduzidos espaços gráficos das histórias em quadrinhos e ganharam as telas de cinema em todo o mundo; e daí, para o imaginário popular. Esta é a explicação sobre os discos voadores.

No livro “Flash Gordon no Planeta Mongo” editado em 1933, comprova-se também que Alex Raymond inventou a minissaia para Dale Arden, namorada do Flash Gordon. Muitos anos após, em 1962, a costureira londrina Mary Quant aproveitou a idéia de Raymond e lançou a minissaia.

Outras invenções do grande desenhista, igualmente saíram de sua prancheta de desenhos: o raio laser, o radar, a televisão, a telefonia celular, a astronáutica, a fotocélula e a plataforma vertical de lançamentos de naves espaciais.

Alex Raymond leu os antológicos escritores Júlio Verne e H.G. Wells. Em seguida escreveu: Cheguei à conclusão de que a história em quadrinhos é arte. Reflete a vida e o tempo com mais precisão artística, do que a ilustração de revista, por ser criativa. Um ilustrador trabalha com modelos e câmeras fotográficas; um desenhista de história em quadrinhos começa com uma folha de papel e “sonha” inteiramente com sua obra – ele ao mesmo tempo é roteirista de cinema, diretor, editor e ator.

Alex Raymond nasceu na cidade de New Rochelle em 1909; faleceu em 1956 num acidente de carro em... alta velocidade...

M.R.Gomide – jornalista

mrgomide@yahoo.com.br

M R Gomide
Enviado por M R Gomide em 09/10/2012
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