FELICIDADE, ÉTICA, MORAL, COMPETIÇÃO
FELICIDADE, ÉTICA, MORAL COMPETIÇÃO!
Ética, moral, felicidade, riqueza, pobreza, sucesso, clima, tempo, idade tudo de alguma maneira está ligado.
Moral depende da latitude, da longitude, e de quem está encarando o fato.
Ética depende muito, se é para os outros, ou para si, posso ver o rabo dos outros, mas o meu está inacessível ao meu visual,
Tudo é relativo, nada é absoluto, “Albert ainsten”, o que é riqueza soma de bens materiais disponível, pobreza é a falta, talvez. O Brasil é ainda considerado um pais rural, apesar de megalópoles como São Paulo, Rio, etc., mas é um grande território, com muitas regiões, em algumas as pessoas vivem numa densidade demográfica pequena, poucos Habitantes por quilometro quadrado.
Assim é que no centro oeste, norte, nordeste, e mesmo no sul, e sudeste, existem pequenas aldeias, cidadelas, currutelas, vilarejos, onde o relativismo moral, ético pode ser aplicado de uma maneira muito mais humana, mais adequada, mais conservadora, mais sem competitividade, onde um ser humano se preocupa muito mais, um com o outro.
Quanto existe mais espaço para os seres humanos viverem como rurícolas, competem menos, e às vezes visualiza melhores as necessidades prioritárias de cada um.
Muitos filósofos, afirmam que a melhor forma de viver é no meio rural, e estou de pleno acordo.
Quem vive no norte/nordeste tem a seu favor, a natureza é rica em qualidade natural de vida, ou seja, a água já esta em temperatura ideal para uso, banho, a temperatura está ótima para o corpo nu, se tiver somente proteção para o vento não jogar areia em si enquanto está dormindo, normalmente em uma rede tudo bem, não se precisa de uma casa hiper fechada, a chuva é morna, molha e logo seca, seja o corpo nu, ou a pouca roupa em uso.
Esquemas de Segurança, o que é isso para estes do norte. Cerca elétrica, rolo de faca, alarme, muros de sete metros de altura, grades e mais grades, grades no muro, nas janelas, nas portas, etc. vivem presos à única diferença é que tem as chaves para poder sair.
Dormir na rede é costume para proteger de bichos peçonhentos, se estiverem dormindo no chão haveria riscos de picadas, mordidas. Banho ao natural, água morna dispensa eletricidade, aquecimento solares, aquecimento central. Nestes lugares as árvores frutíferas são abundantes, as vezes a rede é pendurada em uma delas e o alimento está acima da rede, as vezes caindo na própria boca.
Viveres, proteína animal, os pequenos animais da cadeia alimentar humana, também vão para baixo das árvores, e as vezes são caçados com pedaços de pau, as vezes com as próprias mãos. Não existe planejamento, elaboração, estocagem fechada de alimentos para determinada época do ano, pois todo o ano é igual, temperaturas de vinte e cinco a quarenta graus Celsius.
Competição não é necessária, existem de sobra para todos, tudo está na natureza com fartura, não existe preocupação com a posse, a guarda de bens materiais, alimentícios ou não, inclusive o ser humano está na natureza.
Quando vai alimentar é uma festa, pode repartir o que pegou, existe muito mais de onde veio, isto parece ético, moral, humano, mas na verdade porque vem fácil, e se tem em abundância.
Neste mesmo Nordeste, também existem regiões agrestes, onde não se tem água e alimento. Não valendo as regras de convivência acima. Nestas regiões agrestes o homem líder da família sai à busca de alimento e água, e encontra um mínimo que só dá para ele próprio, a mulher e os quinze filhos, ficam as esperas de que mais alimento e água sejam encontrados, e a alimentação será distribuída de acordo com a superioridade de cada ser da família, come e bebe primeiros os mais fortes, e desta forma se não houver sobra para o mais fraco este perece e desaparece, morre. Isto tudo é uma parte do imenso Brasil, um continente com mais de oito mil kilometros de extensão.
Quando duas famílias disputam nestes lugares o parco alimento e água, lógico, que a lei da sobrevivência, o instinto animal disputará pela força se necessário for.
Quando vamos para uma região mais populosa do sul ou sudeste, temos clima mais frio, nestes lugares denomino de região ou lugar por natureza “pobre”, nestes lugares são necessários produzir de forma planejada, com tecnologia, com alta produção, com qualidade, com preparação para estocar, para poder utilizar nos momentos mais difíceis do ano, neste sentido tudo é produzido de forma organizada.
Aqui vemos contraste, onde falamos que a REGIÃO É RICA, o povo com certeza é pobre de bens materiais, ou seja, não é como na região citada onde as pessoas adquire a posse da natureza, não precisa ter posse sobre coisas materiais, a natureza dá de graça e para todos com fartura.
Onde falamos que a REGIÃO É POBRE nas regiões frias do sul, sudeste; o povo com certeza é rico, grandes casas de alvenaria para proteger de ventos fortes e frios, com telhados apropriados para neve, chuvas frias, incomodam o corpo humano com a sua diferença de temperatura, ao contrário de norte com águas quentes.
Eletricidade, energia solar, um bem precioso para estes do sul, para deixar a água na temperatura ideal. Existe às vezes escassez de energia (madeira para o fogo), até isto tem que ser planejada, estocado, pois às vezes no frio e chuva, tudo tem que estar dentro de barracão com toda a proteção.
Casas estas, barracões estes protegidos com paredes e telhados de qualidades, também a sete chaves. Pois como existe competição, também haverá cobiça, possibilidade de roubo, aqui a posse sobre bens materiais tem um interesse diferente, e regras rígidas de sua proteção, bem como paranóia total para protegê-los, como dito, muros altos, grades, alarmes, as propriedades parecem prisão, parece cofre.
Não conseguem imaginar o povo que vive no norte, como vivem as pessoas do sul, até então estamos falando só do Brasil, como dito, pais continental com mais de oito mil quilômetros de extensão do Iapoque ao Chui como se diz.
Enquanto no norte, nem pessoas nem animais se abrigam, não se preocupam os Humanos de fazerem qualquer tipo de abrigo ou proteção para si, muito menos para seus animais, ou os animais que a natureza lhes dão como o coelho, aves, etc., mesmos os bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos, estão a mercê da natureza.
No entanto no sul, como dissemos, os homens se protegem em demasia, e protegem seus animais que servem de alimentos, de uma maneira que não imaginam aquelas pessoas do norte. Todos os animais são literalmente recolhidos para alimentar e dormir no barracão. Existem investimentos grandes nestas estruturas. Coisas impossíveis de um nortista imaginar.
No Brasil, no litoral sul e sudeste vivem oitenta por cento da população em uma área considerada um terço do território nacional, enquanto a área amazônica, dois terços do território nacional, vivem menos de dez por cento da população.
Tudo está mudando, aquelas pessoas que vivem em região pobre, para poder se dar bem, planejam, produzem com qualidade e quantidade, estocam, distribuem a distância, assim tanto a produção, como a estocagem como o transporte, são feitos com grandes conhecimentos.
Estas pessoas que somaram conhecimentos, não podem e não consegue entender também como vivem aqueles da região rica, pessoas pobres que não precisam de nada, pois já tem tudo sobre e sob si, o alimento é fácil.
Em sua competição por melhores condições tecnologia, produção, estocagem, distribuição, acabam por migrar para as regiões do norte e nordeste, e para lá levam o que eles não precisam, leva o planejamento, a capacidade de produzir com qualidade e quantidade, o conhecimento da estocagem, distribuição, constroem casas bem protegidas como se no sul estivem vivendo, com grande proteção de alvenaria e até telhados de neve, e seus hábitos de água quente por energia elétrica ou solar também são implantados.
Mudam a cultura local, mostram aqueles “ do lugar”, como viver melhor, como ser rico.
E aqueles do lugar que nunca precisaram nem de roupa, pois vivem no calor, passam a comprar roupa e usar, em ambientes de ar condicionados parecidos com os do sul. Isto é criam um ambiente, onde a roupa passa a ser necessária, “como se estive frio”.
É assim que o sul, sudeste está migrando para o centro-oeste, norte nordeste, e mudando a cultura.
A geração mais velha é quem pode vivenciar o passado e o presente, viviam sem eletricidade, sem casa, sem banheiro, sem produção de alimentos, sem estocagem, sem geladeira e tinha tecnologia também para viverem daquela forma, sabiam não desperdiçar os “víveres” que eventualmente sobrava, curtiam no sal, em açúcar, guardavam e guardam em banha, e tudo é aproveitado mais oportunamente.
A migração leva uma cultura que os “do lugar” não tinham, e com isso vem a competição, e mesmo aqueles que tinham tudo em abundância, e ainda tem, adquire o temor que os migrantes carregam, medo de faltar no frio, mas estão no norte, e lá não vai haver frio, mas tem o temor, temos de produzir, estocar, etc.
A competição muda a moral, a ética.
Não é que os sulistas não tenham ética e moral, tem sim, aprenderam a viver com a tecnologia, proteção, etc. e criaram um mundo ético/moral próprio para aquele tipo de vida.
Mas aqueles que nunca viveram esta vida, que não aprenderam a estocar bens materiais, ao tentar mudar entram em choque cultural.
Para ajudar tudo isto, vem a comunicação áudio/visual, rádio, tv, jornal, noticias, artigos culturais, e mais uma vez onde tudo é produzido no sudeste/sul, e mais uma vez, quem ditam as regras culturais são estes em detrimentos daqueles.
Os indígenas, pequenas ou grandes tribos, tinham um equilíbrio silvícola, viviam da natureza, como os rurícolas (homens brancos que falamos), como os homens brancos estão sendo aculturados de forma diferente. Os indígenas também através dos séculos.
Os Missionários acham que tem que levar a fé, fé que eles já tinham, no deus lua, etc., mas os missionários têm de mostrar uma fé diferente, fé do oriente, fé da civilização.
Logicamente o Missionário vem de um lugar aculturado diferente, como roupa, comida, etc.
Não vai até a aldeia indígena para viver como eles, nem sabem como é, vai para lá, é uma pessoa de fora que chama a atenção de todos, e é diferente.
Quer impor uma fé diferente, fé que está inclusive nos livros, não lembra o missionário de tudo de cabeça, tem que consultar arquivos, arquivos que os índios nunca tiveram, chama a atenção de novo.
Suas vestes chamam a atenção, suas jóias chamam a atenção, seus confortos chamam muito a atenção, não chega a pé, nem nu como os da selva, chega de carro, avião, moto, veículo motorizado, tecnologia de outro mundo, do mundo do missionário. Leva consigo conforto de uma boa faca, rádio comunicação, roupas especiais. Tudo isto chama a atenção, deixa curioso, e o Índio que não é bobo, que é humano, que tem o instinto de curiosidade, logicamente quer aprender, quer ter.
Aí chega outro homem branco, comerciante para fazer trocas, vidro, metais industrializados por matérias primas que na cidade é valioso, e o índio que tem aquilo tudo de graça, logicamente usa como moeda e troca, e a cada dia adquire mais e mais, e vai mudando, aculturado de acordo com o homem civilizado.
Sua ética, moral, competitividade mudam.
Sua busca de felicidade fica diferente. O mesmo com aqueles do norte.
Assim voltamos, a moral depende da latitude/longitude em que vivemos, e mais de acordo com o que aprendemos. Pois depois que aprendemos os segredos do mundo, ficamos ambiciosos, queremos mais, e mais, nos tornamos insaciáveis.
A comunicação globalizada torna o homem um ser intergaláctica não se satisfaz mais com o próprio lugar.
Temos habito de dizer, que os dias de hoje não como os de antes, quem tem mais idade, não cansa de comparar, nada é como antes, a escola, a educação, o relacionamento familiar entre pais e filhos, não podemos esquecer que os tempos mudaram para alguns, os que passaram a integrar o chamado mundo moderno (cheio de tecnologia e conhecimentos), contudo existem muitos vivendo totalmente alheio a este mundo, reportagem da rede globo, mostrou gente do norte/nordeste, que não conheciam rádio, tv, que viajavam dezenas de quilômetros para ouvir pelo rádio de pilha o jogo da seleção da copa do mundo de 2006, muitos que nunca tinha visto, estes equipamentos, bem como veículos motorizados, estão em outro mundo, a ética/moral é totalmente diferente, para estes que vive em um mundo de competição.
Não sou filosofo, não sou sociólogo, então não tenho parâmetros de conhecimento para medir estas evoluções comportamentais.
Sei no entanto que ética/moral tem a ver com necessidade, competitividade, como já foi dito acima, tem a ver também com idade, pelo que passou cada um, só quem viveu, tem ética/moral, e pode transferir aos que vivem em volta de si, isto tudo se não estiver havendo choque entre migrantes, que estão tentando transferir conhecimento alienígena ao grupo local.
Assim se a ética/moral do grupo é viver de saque/roubo, logicamente que aqueles de menos idade que convive com aquilo está se preparando para assumir a responsabilidade dos mais velhos, e para o grupo tudo aquilo é normal, o que é anormal, é o costume que vem de fora e que choca com estes conhecimentos.
Os maiores choques atuais, talvez não estejam acontecendo, no norte nordeste com a migração dos sul/sudeste, e sim com os grandes centros megalópoles, que vem absorvendo população rurícola de vários lugares com diversas culturas.
O choque é tão grande que ninguém sabe o que é ético/moral, como deverão se comportar.
Os mais velhos tentam defender uma ética/moral rurícola, contudo seus rebentos (filhos) que já não tem espaço dentro de casa vão as ruas muito novo, e lá a competição, o conhecimento é totalmente diferente de seus genitores. Chocam culturas, chocam gerações, chocam ética/moral, competem, competem divergem, divergem.
O Governo, que detem um trilhão no orçamento, vinte e cinco por cento só para educação, desvia, desvia e só chegam aqueles que estão procurando uma linha ética moral boa, única, um meio de vida agradável uma parcela deste orçamento. A noticia do “mensalão, do jogo da telesena, dos Ronaldinhos que ganham milhões,
Continua quando houver tempo para conclusão.
ESTRELA DA MANTIQUEIRA 2010