Politicamente INCORRETO. Eu sou!
Assistindo ao programa “NBlogs” da Record News, achei oportuno o tema do politicamente correto. Uma corrente de pensamento que voga nos dias atuais, em busca de uma uniformidade de opinião, onde quem pensa diferente da maioria está sujeito ao isolamento social. É fato que é tênue a linha que divide o chato do politicamente correto e o inconveniente do politicamente incorreto. A discussão se baseou no livro “O guia politicamente incorreto da filosofia” do filósofo e escritor Luis Felipe Pondé. Mostrou vários fatores que achei interessantes, como o fato de hoje as pessoas abrirem mão das opiniões individuais para aderirem à coletividade. Tenho que assumir como verdade o que foi dito pela maioria? Por quê? Porque é socialmente aceitável?
Impressionante como a discussão entrou em alinhamento com o que penso. Me parece que as pessoas atualmente não conseguem lidar com a verdade. Temos que mentir o tempo todo para não magoar alguém, tudo tem que ser dito pensando em causar o bem estar, todo o momento tem que ser feito marketing positivo, mentir para ser socialmente bem aceito. Não é a toa que chovem de criticas para aquele que tem opinião contrária. É fato que o bom senso deve sempre ter espaço na vida do politicamente incorreto, obviamente não se precisa ser inconveniente todo o momento, mas também bancar de bom moço e absurdamente adorável não dá, é de uma hipocrisia demasiada.
Esse comportamento do bonitinho e bem aceito está hoje bem difundido na internet, nas redes sociais mais precisamente. Todo mundo é lindo, sorridente, bem arrumado, sem espinhas, com dinheiro e na moda. O photoshop nunca foi tão usado. Em nenhum momento as imperfeições – que são naturais do ser humano – foram tão disfarçadas, transformando todo mundo em seres eternamente felizes, que vivem em um simulacro mostrando o que não são, exibindo o que não tem, para pessoas que, na maioria das vezes, não conhecem. Porque não criticar quem na sua visão deve ser criticado?
Sinceramente não tenho saco para os que sofrem de síndrome de Peter Pan, que passam a vida inteira sendo tratados como bebês, que se chateiam por toda e qualquer crítica recebida. Mal sabem esses que o mundo não tem interesse algum em passar a mão em suas cabeças.
Por fim, não tenho interesse em fazer parte ou compactuar do pensamento da maioria só para ser aceito. Tenho maturidade suficiente para receber criticas e nutrir o que eu acredito ser necessário e descartar a opiniões que eu não aceito. Também não quero perto de mim os sensíveis demais, que se escondem atrás do manto do vitimismo eterno, pois faço parte dos que dão a cara à tapa e assumem as consequências pelo que é dito.
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