A Violência Contra as Mulheres


No Brasil atual a violência vem atingindo níveis alarmantes, não se trata apenas da variedade de atrocidades cometidas contra os vários seguimentos da população, algumas dignas dos mais aloprados carrascos nazistas, tem estupidez e brutalidade temperadas com banalidade para os mais perversos gostos, mas em meio este mundo surreal cotidiano, algo ainda consegue destacar-se, a violência contra a mulher. Como foi dito não lhe cabe exclusividade, mas o problema não é novo, talvez por conta disso é possível se enumerar uma lista de crimes possíveis: tem a lesão corporal, que é a agressão física (socos, pontapés, bofetões, entre outros); tem o estupro ou violência carnal, também tem a grave ameaça, que vai desde a intenção de satisfazer desejos lascivos, ou atos de luxúria até ameaça de morte, todos estes baseados em aspectos concretos, que não contemplam os traumas e eventuais torturas psicológicas. É negócio é tão sério que tem lei específica: a Maria da Penha. Assim tem aquela do velho jornalista que abateu pelas costas a jovem colega que não almejava mais o relacionamento, tem do médico que matou e vertido de açougueiro de carcaça humana picou o corpo da ex-companheira, do outro médico especialista em reprodução que de tão dedicado treinava com as pacientes anestesiadas, tem aquela do advogado que depois de nocautear a ex-noiva afogou-a dentro do próprio carro, tem o ator que matou a atriz juntamente com a ex-mulher a tesouradas, são alguns dos crimes que tem por ai o nomenclatura de passionais, artefato machista para justificar covardes frustrados, incapazes de sentirem a auto-estima arranhada, transformam o ex-objeto de afeto em alvo de seus surtos de crueldade troglodita. São muitos os casos, nestes citados temos o que poderíamos chamar de crime a vista, ou seja, o autor o praticou segundo seus ímpetos de suposta insanidade momentânea,mas tem uma modalidade que poderíamos chamar de a prazo, as parcelas do crime tem como contrapartida não notas promissórias ou coisas do tipo, mas boletins de ocorrência , feitas em delegacias especialmente criadas para registro e apuração destes crimes, neste sentido a mídia estimula constantemente a denúncia, mas seria interessante dia desses algum levantar uma estatística que quantas foram as mulheres abatidas depois de seguirem o ritual das delegacias. O que será que acontece, ora de um lado deveria-se se fazer estudos sobre os atuais papeis do homem e da mulher, a trazerem para os bancos das escolas uma educação comportamental que venha a suprir o vazio existente numa sociedade onde a sensualidade é mercadoria vendida sem contra-indicações, onde o supra-sumo da civilidade do relacionamento sexual é o uso da sagrada camisinha, não se trata aqui de discurso moral, ou pregação de quem não está habilitado para tal, trata-se de civilidade. Mas não para por aí, algo em comum nestes crimes todos é a brandura da punição, no Brasil assassino é tratado como cidadão especial, se for preso, se chegar a ser condenado, ainda tem todo um sistema de descontos para abrandar o seu crime, é como se fosse um coitado, que como ex-peniteciário fosse uma espécie de excluído, por isto talvez ele possa novamente incorrer em outros crimes, afinal ele é um coitado, É algo estranho onde o algoz acaba em última instância protegido pelo Estado e a vítima e os seus familiares que se danem, dos crimes, algo em comum todos foram presos,mas estão soltos segundo os preceitos da justiça brasileira, onde aos magistrados cabem cumprir a lei, sim uma lei defasada e descabida que zomba das vítimas e premia os algozes. Falta sim educação, e está pelo jeito esta no futuro, falta punição, e está é urgente, deveria já ter sido feita ontem.

Professor da UNIFAE, centro universitário em São João da Boa Vista-SP. Ex-Presidente do IPEFAE (2007/2009). Economista pela UNICAMP, pós-graduado em Economia de Empresas UNIFAE, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação pela UNIMARCO. Doutorando em Educação pela UNIMEP Comentarista Econômico da TV UNIÂO. Membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista-SP, Cadeira nº06, Patrono Mario Quintana.


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Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 30/04/2012
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