A grande farra das aparencias
Porque há tanta inversão de valores hoje, e que estranhamente conquistam a credibilidade? Algumas dessas confusões mentais ocorrem muito na política por ignorância plena, ou por sensacionalismo da imprensa mercenária e tendenciosa.
Quando houve o golpe militar em 64, vários políticos que se sentiram ameaçados pela violência do exército Brasileiro naqueles tempos sombrios, principalmente os militantes de esquerda mais facilmente identificáveis, foram covardemente perseguidos e assassinados, em nome da nova ordem. A inversão de valores estava presente nesse episódio sangrento e vergonhoso nas páginas da política Brasileira. Os generais recebiam nomes de ruas e avenidas em todos as principais cidades do Brasil e aqueles que lutavam contra a ditadura, foram considerados parias da sociedade e eram perseguidos como bandidos e traidores da pátria e eram assassinados covardemente em beiras de rios e muros de faculdades. Para os Brasileiros mais conscientes essas vítimas dos golpistas se tornaram heróis mas esse bloco de consciência era e continua muito pequeno, numa demonstração inequívoca de como funciona a mente humana e a lavagem cerebral que se fez, a exemplo do que ocorreu com Geraldo Vandré.
Leonel Brizola, um dos políticos mais corretos, dedicado às causas públicas, nacionalista, e ferrenho inimigo daqueles que em seu tempo, faziam do poder o trampolim nojento para a corrupção, foi um desses mal interpretados quando fugiu para o Uruguai. Oscar Niemayer, ateu, comunista confesso, um dos gênios da arquitetura mundial, faz parte da lista negra de Deus. Vivemos portanto a grande farra das aparências, onde muita coisa existe, somente para desviar o foco.
Querem um exemplo clássico do famoso “me engana que eu gosto”? As fundações. Que lindo, quanta emoção, ver tanta gente rica e famosa, trilhando o caminho da bondade da caridade. O nome correto de tudo isso é isenção de imposto de Renda. Concordo que nesse caso, é melhor não ficar citando nomes (rsss).
A Rede Globo, de Roberto Marinho, inimiga mortal de Brizola, chegou a insinuar maldosamente que esse político teria conseguido sucesso em sua fuga, porque vestiu uma camisola e teria conseguido ultrapassar as fronteiras, se fingindo de velhinha. Não existem fotos, não existem provas, e assim, aquela raposa velha da política Brasileira, um homem honesto, sensato, coerente em toda sua trajetória política, teve sua honra manchada por um ato covarde daquele órgão de imprensa que todos nós sabemos, engoliu a Rede Tupi de Televisão do saudoso Assis Chateaubriand por conveniência dos Generais que fizeram um acordo sujo.
No mundo inteiro essa inversão de valores ocorre e sempre aconteceu através dos tempos, atravessando os milênios.
O cajado de Abraão, selou um acordo sujo com os povos da terra prometida que até hoje, fazem a grande farra dos massacres sujos, das guerras cruéis e o oriente médio, desde o Japão até os países fronteiriços ao norte da Ásia e da África, com a Europa. A mais recente e sangrenta inversão de valores, ocorreu durante a ultima grande guerra mundial, quando os Alemães (Nazistas) marcharam também contra a União Soviética (um Estado comunista, naquele tempo) e foram derrotados solenemente e rendidos. Todos os créditos da vitória foram para os EEUU e a imprensa ocidental covardemente misturam o joio ao trigo (como sempre dizia Brizola) dizendo que propósitos de Nazistas e Comunistas sempre foram os mesmos. Esta é uma parte negra da história onde a mentira impera de forma nojenta e onde a imprensa sempre foi o abrigo e uma espécie de alavanca para criar animosidades políticas e deturpar ideologias políticas.
Estamos agora diante de um incidente internacional que ganha proporções misteriosas e sinistras, já que os eternos guerreiros ocidentais, os senhores das batalhas, poderosos desde que se reorganizaram na America do Norte com o dinheiro que outrora implantara a fome e a miséria na Alemanha, gerando o Hitler de duas facetas, o primeiro um nacionalista, um líder que se agigantara na luta pela independência econômica e financeira da Alemanha e depois o novo Hitler acuado, pressionado induzido a alargar fronteiras, um líder descontrolado, dominado pela violência e pela crueldade e que teve que ser contido, para que o mundo não fosse transformado num inferno incontrolável.
Depois de tudo sob controle, duas bombas atômicas explodem sobre o Japão, numa demonstração inequívoca de que o holocausto estava sendo vingado de forma indireta e preconceituosa e até mesmo desnecessária, visto que a União Soviética, uma das maiores vitimas da segunda guerra (já que por lá também existiam muitos Judeus), havia posto um ponto final no atrito, derrotando o exercito Alemão em solo Russo. Depois disso, sucessivas guerras de extermínio e táticas implementadas no mundo inteiro, onde o novo império do capitalismo dividia forças e enfraquecia os adversários políticos e por tabela (o objetivo real) a produção interna desses países e o comercio exterior, ficariam a mercê do controle do Tio Sam. Vietnam e Coréia eram divididos em dois (norte e sul). O lado “vencedor” se esbaldava em hambúrgueres e arrotava Coca Cola e o lado “vencido” – o comunista – teria que trabalhar duro para sobreviver ao isolamento imposto.
Os mapas mundiais expressam verdades inexplicáveis e pretensões descabidas. O surgimento do Estado de Israel, sem mais nem menos, uma Alemanha vitima de uma inflação criminosa e destruidora comandada por Judeus que eram os proprietários de todos os Bancos e do sistema financeiro e pouco depois seria vítima da inocência e da burrice de Hitler.
Mostra o Brasil aleijado sem o Estado do Amazonas, sem que ninguém consiga explicar. O mapa é exibido em todas as escolas publicas dos EEUU e inexplicavelmente o Governo Brasileiro não faz um protesto formal e o mundo assistiu durante 50 anos, o massacre econômico imposto por uma potencia militar que ostentou a base de Guantánamo como instrumento da humilhação imposta aos Cubanos que teriam derrubado um dos ditadores mais cruéis da America Latina, o tal Fulgêncio Batista. Sobrou até pra China que teve que amargar um domínio de Londres que ocupou Hong Kong, numa demonstração de que as garras do capitalismo estavam plantadas de forma severa e vigilante nos quatro cantos do mundo. Sem falar no muro de Berlim que não caiu, como todos dizem, mas tinha uma data de vencimento.
O resultado de tudo isto? – A grande farra das aparências, das liberdades fictícias, onde você pode fazer e dizer tudo aquilo e somente aquilo que lhe disser ou autorizar. Fora isto, você está fora e todos os seus defeitos, todas as suas deficiências (e quem não os tem?) serão realçados e transformarão você no inimigo publico numero um de sua comunidade seja ela de que tamanho for. Esse poder avassalador da mentira em forma da verdade e com o aval da esperteza, da eficiência, da malandragem é quase imbatível, dependendo a entidade que o abriga. A Coréia do Norte trabalhou duro e descobriu que o caminho da paz é o equilíbrio de forças. E em qualquer guerra, você não pode se acovardar, você pode recuar e se reorganizar, e a força bruta sempre será derrotada, porque enquanto no poder, ela sempre encontrará um “traidor” um inconformado, uma resistência que se infiltrará e se rebelará, com a consciência de que não vale a pena sacanear pessoas inocentes.
Temos outro exemplo recente com esse “jornalista” Galvão Bueno (será que ele tem formação acadêmica especifica?) que teria induzido recentemente toda a população brasileira a odiar Maradona e a Argentina, simplesmente porque lá se dizia que Maradona era o melhor jogador do mundo e aí usaram o episódio das drogas para desmoralizá-lo aqui no Brasil, como se aqui não houvesse esse tipo de coisas com pessoas famosas envolvidas. Foi então que Edinho filho do Rei, calou a boca da imprensa e principalmente de Galvão, que nunca mais falou mal de Maradona. Enquanto Maradona foi pra Cuba, se recuperou e hoje é o técnico da Seleção Argentina, Pelé vive na sombra da fama, quieto, improdutivo, e ninguém sabe do paradeiro do ex-goleiro do Santos.
Esse é o nosso Brasil, onde tudo começa depois da novela da Globo e os jornalistas poderosos são tão importantes que fazem presidentes da Republica, senadores e deputados se levantarem mais cedo para comparecer aos estúdios na hora marcada para entrevistas com perguntas e respostas tendenciosas de acordo com as conveniências negociadas previamente.
Esse é o mundo em que vivemos, onde não se sabe o que é verdade ou mentira e onde aqueles que protestam e choram o tempo todo, o fazem, por vaidade pessoal, inveja, vingança e a serviço de grupos mercenários, geralmente profissionais especializados no conhecimento e aplicação das Leis vigentes ou da área administrativa buscando sempre lucros absurdos. E assim, poucos sabem a diferença real, entre um boçal que recolheu “ouro para o bem do Brasil” ou Joaquim Silvério dos Reis, amigo da Coroa Portuguesa, que mandou pra forca um homem de valor e que oficialmente foi o grande traidor. Difícil mesmo entender, a linguagem mais idiota do mundo: A fala pelos cotovelos. Estamos vivendo a síndrome da Brasília amarela, cujo berço tem sido invariavelmente o mesmo da turma que gosta de usar melancias penduradas no pescoço usam balangandãs eletrificados sobre caminhões, cantando e pulando para montar o grande circo das minorias ruidosas, incluindo imigrantes fossilizados.