GENIALIDADE DE CHICO ANYSIO. E DUAS GRANDES PIADAS DELE

Primeiro quero deixar aqui registrada minha profunda dor pelo passamento do maior humorista brasileiro de todos os tempos e, quiçá, mundial. Fosse nosso Chico um americano, um anglicano ou francês, certamente estaria no trono do Olimpo onde estão Chaplin, Andy Kaufman, Buster Keaton, Peter Sellers e muitos outros gênios da comédia mundial. Não tivesse existido o Chico de carne e osso, qualquer ficção romanciada que criasse um personagem igual a ele, seria, indubitavelmente, considerada inverossímil. Ter um poder de observação e de penetração na psicologia humana para criar mais de 200 personagens diferentes, tipos convincentes, não é pouca coisa não. Nem Fernado Pessoa (na poesia), nem Shakespeare nem Balzac, nem nosso Machado de 'Memórias Póstumas...' foram tão longe nesse particular. Genial, mais do que isso, ele foi incrível!

Nosso Albert Einstein do humor nada fez que não fosse genial.

Das milhares de piadas e de textos bem humorados, só duas vou citar, a título de homenagem a ele.

Foi no tempo em que ele tinha um espaço no Fantástico.

Certa noite ele se saiu com uma, que foi mais ou menos dito assim:

Solução definiva para a violência nos gramados de futebol:

"Ora, é um absurdo o que ocorre nos campos de futebol: Carrinhos, caneladas, empurrões, bufetes, trancões, xingamentos, enfim, um pugilato entre os jogadores, em vez de jogo. A FIFA, a CBF e as federações de futebol de uma maneira geral, fazem vista grossa para tão grave problema. Um dia os estádios vão abaixo. E todos sabem o motivo de tanta pancadaria: Uma bola só para mais de duas dezenas de másculos atletas brigarem por ela. A solução parece mais que óbvia: É só dar a cada jogador uma redondinha. Adeus, violência!"

Outra vez ele brincou com o pull (puxar) e o push (empurrar) ingleses:

"O inglês é um idioma doido e idiota. Quando querem que alguém empurre alguma coisa, outra grita: 'PUSH!'. E quando querem que puxem, bradam: 'Pull!'.